INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Salmo 19:1-14
1. Em nossos dias o ruído do
mundo tenta abafar a voz de Deus: Porém, o Salmo 19 é um eco profético que nos leva
da grandeza dos Céus à intimidade da Lei de Deus, e da beleza natural à
urgência do juízo.
2. No contexto pós-moderno é
importante discernir a voz de Deus: O Salmo 19 apresenta a voz de Deus nos Céus, nas
Escrituras e na consciência.
3. Para muitos, a voz da razão é calada pela gritaria da cultura: Contudo, o Salmo 19 nos revela que Deus está pregando um sermão tridimensional:
a) Na natureza (Salmo 19:1-6).
b) Na Palavra (Salmo 19:7-11).
c) Na consciência (Salmo 19:12-14).
I. A CRIAÇÃO É O PÚLPITO DE DEUS – Salmo 19:1-6
1. A voz de Deus está ecoando
nos Céus:
A criação de Deus não é muda – ela prega sem microfone visando convencer sem
palavras. O Universo é o púlpito cósmico onde Deus proclama que Ele é o Criador
antes de ser Juiz (Apocalipse 14:7).
2. O testemunho de Deus na
criação é universal:
a) A linguagem é contínua –
“Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite”, que “os Céus
declaram a glória de Deus e o firmamento proclama a obra de Suas mãos”. A
natureza é o púlpito cósmico que prega dia e noite a soberania do Criador.
b) A linguagem é silenciosa –
“Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz”. O Céu não tem linguagem,
mas tem mensagem.
c) A linguagem é silenciosa, porém
é abrangente e imparcial – “Mas a sua voz ressoa por toda a Terra e as Suas
palavras até os confins do mundo. Nos Céus [Deus] armou uma tenda para o sol,
que é como um noivo que sai do seu aposento e se lança em sua carreira com a
alegria de um herói. Sai de uma extremidade dos céus e faz o seu trajeto até a
outra; nada escapa ao seu calor”.
3. A ciência moderna lida com
a complexidade da criação, mas só a profecia os entende realmente: O mesmo sol que nasce
sobre justos e injustos seria escurecido como um dos sinais do fim (Mateus
24:29). O silêncio do firmamento em breve se quebrará ao toque da sétima
trombeta, pré-anunciado na sexta trombeta (Apocalipse 6:12-17).
a) Se os Céus proclamam a
glória de Deus, então rejeitar a doutrina da criação significa rejeitar o
próprio Criador.
b) Se o Céu está proclamando
não devemos apenas ouvi-lo, mas também interpretar sua mensagem à luz das
Escrituras.
c) Se os Céus estão testemunhando de Deus sem palavras e muitos não estão ouvindo, a Palavra de Deus precisa ser proclamada a todos, inclusive a cientistas, astrônomos, cosmólogos, astrofísicos etc.
II. A LEI É O GPS DIVINO QUE ORIENTA EM MEIO A CONFUSÃO BABILÔNICA – Salmo 19:7-11
1. Se os Céus declaram a
glória de Deus, a Lei revela Seu caráter: A Lei é perfeita e justa porque reflete o caráter
imutável de Deus – e esse caráter será o critério do juízo (Eclesiastes 12:13-14;
Apocalipse 14:12). A Criação mostra quem É Deus; a Escritura revela o que Deus
quer.
2. Se a glória do Universo impressiona,
é a Lei/Torá que transforma: Sendo o Cosmo um sermão silencioso do Soberano
Criador que proclama Sua existência, a Palavra mostrará Seu interesse em
revelar-Se e orientar-nos.
a) A Bíblia desmascara os
enganos da Babilônia Apocalíptica (Apocalipse 17:1-5) que confunde a humanidade
com suas doutrinas e os naturalistas que pregam contra a existência de um
Criador.
b) A Bíblia não é um livro
para colecionadores – é um mapa para guiar os seres humanos a um encontro com o
Criador.
c) A Bíblia não é um livro
antiquado – é um decreto eterno; por isso, quem rejeita a Lei, rejeitará ao
Rei.
3. Se na natureza inicia a
revelação divina, a Bíblia a complementa: Como a criação testemunha sem palavras, a
Bíblia é a Palavra que falta à natureza. Além disso, a revelação natural foi
corrompida pelo pecado (Romanos 8:22-24); por isso, Deus nos deu a revelação
especial: A Palavra viva que restaura o que o pecado arruinou. A Palavra
revelada mostra Deus desejoso de:
a) Tornar sábio os
inexperientes.
b) Alegrar o coração dos
justos.
c) Iluminar os olhos
embaçados.
d) Adoçar a alma amargurada.
e) Recompensar os fiéis.
III. A VOZ DE DEUS VISA NOS LIVRAR DA CONDENAÇÃO – Salmo 19:12-14
1. Meditar sobre a criação e
o estudo da Torá/Lei incentivam à autorreflexão e transformação espiritual: Saber de onde viemos e Quem
nos criou desperta o desejo de viver de forma alinhada com a vontade divina; alterando,
assim, nosso estilo de vida!
2. Quem contempla sabiamente
a perfeição de Deus na natureza e em Sua Lei, reconhecerá a própria e
pecaminosidade:
Quando vemos a glória de Deus na natureza e respondemos a Sua revelação escrita,
aproximaremos dEle com confiança, reconhecendo-O como o único fundamento seguro
e suficiente Salvador.
a) Quando entendermos a
mensagem Deus admitiremos que a graça não é desculpa nem para o pecado oculto, seremos
conduzidos à cruz, ao arrependimento e à dependência total do Criador antes do
selamento (Apocalipse 7:1-3; I João 1:9).
b) Se reconhecermos nosso
pecado e pedirmos proteção de Deus contra a tentação (Mateus 6:12-13), poderemos
dizer como Davi: “Então serei íntegro, inocente de grande transgressão” (Salmo
19:13).
c) Se nos consagrarmos inteiramente a Deus alinhando nossa vontade com a dEle, reconheceremos quão importante é aproximar do Criador e tê-lO como nosso Deus: “Senhor, minha Rocha e meu Resgatador”.
3. Quem observa seriamente a
natureza e estuda a Bíblia com persistência, terá atitude de humilde
dependência:
A submissão ao Criador, representada na oração “as palavras de minha boca e a
meditação do meu coração sejam agradáveis a Ti”, refletem o chamado ao preparo
espiritual, enfatizado em Mateus 5:8: “Bem-aventurados os puros de coração,
pois verão a Deus”. Portanto,
a) O maior perigo espiritual
dos últimos dias não é o dragão e as bestas lá fora (Apocalipse 12:17-13:11),
mas o pecado escondido dentro do coração.
b) A pureza que Deus espera
de nós não é uma performance exterior, mas uma transformação interior feita
pelo Espírito Santo.
c) No tempo do fim, só permanecerá em pé quem tiver mãos limpas e coração puro (Salmo 24:3-4).
CONCLUSÃO:
1. O Salmo 19 é um sermão profético em forma de poesia: Ele começa no Céu, desce à Palavra e termina no coração. Três revelações, uma só mensagem: O Criador que Se revela em Sua Palavra é o Deus que julga para salvar. A tríplice mensagem angélica (Apocalipse 14:6-12) convoca o mundo a adorar o Criador, a guardar Seus mandamentos e a permanecer firme em Jesus; Ele precisa ser a tua Rocha, o teu Resgatador e o foco de tua adoração diária.
Reflexão: Deus não está em silêncio. Ele fala nos Céus, nas Escrituras e no seu coração. Hoje, a pergunta é: Você ouvirá Seu grito? Ou deixará que o ruído do mundo moderno abafe Sua voz?
2. O Salmo 19 é um mapa escatológico: Ele começa nos Céus que anunciam, passa pela Lei que ilumina, e termina na alma que se prepara. Pode-se dizer que a criação anuncia, a Palavra adverte, e a consciência atenta se converte para se preparar para o grande encontro com o Criador. O tempo passa a não ser contado apenas por dias, mas por sinais que anunciam a volta de Jesus.
Reflexão: Hoje, Deus fala a você: Pela natureza, pela Bíblia e, pela consciência. O que você vai fazer com essa voz?
3. O Salmo 19 ecoa na mensagem do primeiro anjo em Apocalipse 14:7: João apelou: “Temam a Deus e glorifiquem-nO, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem Aquele que fez os Céus, a Terra, o mar e as fontes das águas”. A mensagem celestial é o prelúdio da separação eterna entre os adoradores do Criador e os seguidores da Besta (Apocalipse 14:8-11).
Reflexão: Os sinais da natureza apontam que o tempo está se esgotando. O que mais Deus precisa fazer para te despertar?
APELO:
1. Ouça a voz do Criador na
natureza.
2. Ouça a voz de Deus nas
Escrituras.
3. Ouça e submeta-se conscientemente a Deus.
Pr. Heber Toth Armí.
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