INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Tiago 5:7-11
1. A expectativa de um futuro de glória sempre marcou a jornada
dos sofredores em todas as eras deste mundo vil, desde a entrada do pecado.
2. A expectativa dos
crentes sobressai devido às promessas da Bíblia, e ainda se torna mais forte e
grande diante das tribulações e sofrimentos que surgem neste mundo turbulento.
3. A expectativa dos cristãos focada na esperança imputada por Cristo (de que retornaria a este mundo) é afirmada, confirmada e reiterada enquanto percorremos a leitura do Novo Testamento. No livro de Tiago não é diferente!
I. HÁ NO TEXTO TRÊS PROPÓSITOS DIVINOS PARA OS CRISTÃOS ADVENTISTAS DIANTE DAS AFLIÇÕES DA VIDA:
1. O cristão adventista deve
viver pacientemente apesar das circunstâncias: Em dias de agitação,
agenda lotada, correria incessante, tomados pelo cansaço físico e mental,
ficamos irritados, intolerantes e impacientes. Consequentemente, lamentamos a
vida, reclamamos de tudo, falamos mal dos outros, criticamos e desprezados a
tudo e a todos. Nesse contexto, devemos sempre cultivar a paciência, suportar
as aflições e lidar com as injustiças sem apelar para a vingança. Entregue tudo
a Deus e confie nEle. Faça com que a paciência se converta em perseverança.
2. O crente adventista tem como alvo fortalecer o coração
porque a vinda do Senhor se aproxima: A paciência não é inatividade, mas submissão à
soberania divina esperando a gloriosa recompensa que será outorgada no advento de
Cristo. Saber esperar assim é tão importante que Tiago trata da paciência no
versículo 7 e reitera seu imperativo no versículo 8. Sendo paciente em meio às
tribulações, permanecendo fieis a Deus e ativo no serviço ao próximo, nos
fortalecemos no poder que o Espírito Santo nos concede. A fé ativa, prática e
constante, e a paciência persistente são importantes para fortalecer o coração,
moldar nossas ações e orientar nossas decisões.
3. O fiel adventista tem o elevado propósito de ser ético, como evidência de sua paciência: É parte da ética cristã deixar de queixar-se das pessoas, principalmente dos irmãos de fé – isso também é paciência. A razão dada para isso é evitar a condenação (v. 9). Saber que o Juiz está às portas deve nos levar a proferir cautelosamente as palavras. Se isso estiver sendo considerado, levaremos a sério o imperativo: “Não vos queixeis uns dos outros” (v. 9). Precisamos aprender a ser pacientes diante das pessoas ao nosso redor.
II. HÁ CINCO ENCORAJAMENTOS PARA APLICARMOS O PRINCÍPIO DA PACIÊNCIA:
1. O lavrador é um exemplo
de paciência (v. 7):
Desde plantar até colher, esperar é fundamental. Além de saber a época da chuva
do plantio (a temporã) e a chuva que prepara para a colheita (a serôdia), é
preciso esperar as plantas germinarem, crescerem e produzirem; contudo, não se
deve esperar de forma inativa, pois há muito que fazer antes e após o plantio.
A recompensa da espera cristã vai além da espera do agricultor pelos frutos de
sua plantação. Vale a pena esperar!
2. O tempo de espera sendo breve, deve nos estimular à
paciência:
Sendo que a vinda do Senhor está próxima, o tempo de espera não é infinito (v.
7). Conscientes de sua brevidade, devemos estar confiantes, não impacientes; cientes,
não ignorantes; não devemos ser briguentos, mas pacificadores; amáveis, não intolerantes.
3. O fato do Juiz do Universo estar às portas deve nos levar à
paciência:
Como há Juiz, também há tribunal (v. 9). Considerando isso, atenderemos ao
imperativo: “Não vos queixeis uns dos
outros, para que não sejais condenados”. Em vez de nos queixamos dos
outros, precisamos encorajar uns aos outros nesses dias difíceis que vivemos.
4. O legado de paciência no sofrimento deixado por grandes
nomes do passado é de grande motivação à paciência hoje (vs. 10-11): Os profetas de Deus
foram os maiores exemplos de pessoas que atravessaram grandes turbulências na
vida; apesar disso, foram os maiores ícones da paciência. Estudar a vida deles
nos faz absorver um pouco de sua perseverança e paciência.
5. O paciente Jó diante dos gigantes desafios deve nos instigar à paciência diante do sofrimento (v. 11): A recompensa da paciência de Jó é a garantia de que podemos avançar com fé, dependendo da misericórdia e compaixão de Deus; pois, no final concluiremos que vale à pena ser inteiramente fiel apesar das mais adversas dificuldades e dos mais diversos sofrimentos na jornada da fé.
III. HÁ NA REVELAÇÃO ASPECTOS IMPORTANTES DO CARÁTER DO DEUS QUE NOS INSTRUI A TER PACIÊNCIA:
1. Deus é o Juiz prestes a
vir, aguarde-O para resolver cada caso: “A vinda
do Senhor”, apontada no versículo 7, é afirmada que “está próxima” no versículo 8. Ele mesmo é “o Juiz que está às portas” no versículo 9. Ele virá para absolver
os que nEle esperaram. Ele virá dar fim ao sofrimento, e nos tirar do olho do
furacão do grande conflito entre o bem e o mal.
2. Deus é o Senhor que
possui terna misericórdia e compaixão: Quando bem compreendido, o nobre e puro caráter
do Juiz do Universo torna-se uma fonte de consolo e conforto em meio às
injustiças da vida regada de sofrimento. Em Deus podemos encontrar consolo e
conforto ao nosso ferido e aflito coração. Assim podemos ser pacientes em meio
a pessoas impacientes e intolerantes.
3. Deus é Aquele que recompensará aos que aceitam ser pacientes segundo Suas orientações: Após mencionar a paciência de Jó, Tiago foca no resultado de sua perseverança e fidelidade: “... vistes que fim o Senhor lhe deu” (v. 11). Sendo misericordioso e compassivo, o Senhor do Universo recompensará toda pessoa paciente que confia inteiramente em Sua soberania.
CONCLUSÃO:
1. Para ser paciente nesta
sociedade impaciente, é preciso conhecer a essência da paciência revelada nas
Escrituras para uma cultura que sempre teve dificuldade de esperar: O apóstolo Paulo nos
deixa as seguintes orientações que somam aos ensinamentos de Tiago: “E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz
perseverança e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a
perseverança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração
pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Romanos 5:3-5).
2. Para ser paciente até a segunda vinda de Cristo, é
necessário exercitar sempre a perseverança: Para os dias que antecedem a vinda de
Cristo, Deus colocou este pensamento no coração de Ellen White, e o escreveu
para nosso tempo: “Companheiro peregrino,
nós ainda estamos em meio às sombras e tumultos das atividades terrenas; mas
logo nosso Salvador deverá aparecer para nos dar livramento e repouso. Olhemos
pela fé ao bendito futuro, tal como a mão de Deus o pinta. Aquele que morreu
pelos pecados do mundo, está franqueando as portas do Paraíso a todo aquele que
nEle crê. Logo a batalha estará finda, e a vitória ganha. Breve veremos Aquele
em quem se têm centralizado nossas esperanças de vida eterna. Em Sua presença
as provas e sofrimentos desta vida parecerão como se nada fora” (Profetas e
Reis, p. 731-732).
3. Para ser paciente como Deus espera, é essencial que as revelações das Sagradas Escrituras nos molde nesta cultura perversa: O caráter do cristão deve ser modelado diariamente pelo poder das chuvas do Espírito Santo, a fim de que nosso estilo de vida esteja repleto do fruto do Espírito hoje e, principalmente, no dia da colheita final.
APELO:
1. “Portanto, irmãos, sejam
pacientes até a vinda do Senhor”;
2. “Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a
preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e
da primavera”;
3. “Sejam também pacientes e fortaleçam o coração, pois a vinda
do Senhor está próxima”;
4. “Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam
julgados. O Juiz já está às portas!”
5. “Irmãos, tenham os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência diante do sofrimento”.
Pr. Heber Toth Armí
1 Comentários
Que texto maravilhoso e oportuno para o momento que vivemos.
ResponderExcluirObrigada Pr.Heber,sempre partilhando conosco conteúdos edificantes.
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