INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Números 14:1-11, 25-35
1. O medo é um sentimento negativo que veio junto com o pacote
das consequências do pecado (Gênesis 3:10).
2. O medo pode nos levar a
decisões loucas e ao caminho da morte, fazendo o medroso pensar que era a
melhor opção.
3. O medo precisa ser destruído antes que ele nos leve à desgraça, até nos destruir completamente.
I. NOTE QUE O MEDO PODE AGIR EM NOSSA VIDA SEM QUALQUER RAZÃO LÓGICA – Números 13:1
1. O medo é promovido por pessoas sem fé: Ao ouvir as informações negativas dos dez espias pessimistas sobre a Terra Prometida (Números 13:31-33), toda a congregação se levantou e gritou em alta voz, chorando a noite inteira (Números 14:1). Isso porque o povo preferiu ignorar tudo o que o Senhor Deus fizera desde a saída do Egito (dez miraculosas pragas, libertação sobrenatural das mãos do poderoso Faraó, abertura do mar vermelho para o povo atravessar, afogar ao maior exército do mundo, maná por cerca de 2 anos alimentando aproximadamente 2 milhões de israelitas). Será que o Deus que pode fazer tudo isso não pode vencer os gigantes da Terra de Canaã?
2. O medo é um sentimento geralmente infundado: Ao infamarem a terra que haviam espiado, os dez espias incrédulos fizeram afirmação falsa de que a terra devora seus moradores (Números 13:32). O povo não questionou essa mentira, pois só chorava (Números 14:1). Note que é ilógico chorar a noite toda diante de um Deus que já Se mostrara Todo-poderoso! O medo ignora tudo o que Deus faz, despreza toda estratégia pedagógica que Deus utiliza para revelar Sua onipotência; isso explica o choro do povo. Será que os gigantes eram mais fortes e poderosos do que o Soberano Deus do Universo?
3. O medo limita a visão real das coisas, sufoca a fé e deturpa a interpretação da realidade: Precisamos parar e analisar qual a razão de nosso medo e avaliar qual é a base para esse sentimento dominar nossos sentidos. Observar a história do que Deus tem feito por nós nos dá o caminho para vencer o medo. A realidade inclui o mundo espiritual, reconhecido pela revelação de Deus em Sua Palavra.
II. NOTE QUE O MEDO IMPEDE O BOM FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO – Números 13:2-4
1. O medo pode surgir pela paralisação do funcionamento da mente humana: Certa loucura se apossa de quem esquece a Deus e se apega ao medo. Houve uma murmuração em massa contra Moisés e Arão (Números 14:2). Por qual razão? Veja o argumento do povo: “Seria melhor se tivéssemos morrido no Egito ou mesmo nesse deserto” (NTLH, Números 14:2). Uma noite de choro por uma suposição absurda! O cérebro não estava funcionando mais – eis a razão de tanto medo!
2. O medo impossibilita de enxergar boas opções: Veja qual nível de argumentação desce a loucura oriunda do medo: “Por que será que o Senhor Deus nos trouxe para esta terra? Nós vamos ser mortos na guerra, e as nossas mulheres e os nossos filhos vão ser presos. Seria melhor voltarmos para o Egito” (Números 14:3). Retornar ao caminho da escravidão seria melhor que a vida em liberdade? Desistir de entrar na terra que mana leite e mel e voltar para o Egito devastado pelas pregas divinas seria melhor? Será que pensaram que não haveria boa recepção para os fugitivos que saíram e ainda deixaram para trás um Egito destruído com os primogênitos mortos de todas as famílias?
3. O medo precisa ser paralisado para que não nos leve à desgraça: A visão do medroso vai além de conduzir-nos ao pessimismo, faz o indivíduo tomar decisões estúpidas. Veja a proposta dos medrosos frente ao portal da Terra Prometida: Diziam uns aos outros: “Vamos escolher outro líder e voltemos para o Egito” (Números 14:4). Tal decisão implica na rejeição do líder que Deus escolhera para guiar Seu povo. Assim o povo descartava ao Deus que miraculosamente os libertou da escravidão, demonstrava que a libertação foi um erro, como se continuar na desgraça da escravidão é melhor que ser livre. Que loucura! Precisamos da sabedoria divina para nos libertar da nossa tolice!
III. NOTE QUE O MEDO CONDUZ A ATITUDES TOLAS, COM CONSEQUÊNCIAS INDESEJADAS – Números 14:5-11, 25, 28-35
1. O medo alcança proporções inimagináveis quando lhe damos espaço: Diante da entrada da Terra Prometida, diante as evidências trazidas pelos espias de que a terra realmente era muito boa a tal ponto de precisar de dois homens para transportar um cacho de uvas, diante das palavras de ânimo e incentivo dos líderes fiéis, o povo ameaçou matar a Moisés, Arão, Josué e Calebe a pedradas como se fossem cachorros do mato (Números 14:5-10).
2. O medo vai além de tentar tirar a vida de inocentes, afronta a Deus: Ao falar do povo com Moisés e Arão, Deus desabafa: “Eu tenho ouvido as reclamações dos israelitas. Até quando vou aguentar esse povo mau, que vive reclamando contra mim?” (Números 14:27). Afrontar a Deus é o cúmulo do absurdo. Evidencia até onde chega a loucura humana. Agir com arrogância, orgulho e prepotência contra o Deus Onipotente é perder completamente a noção do perigo. Deus já havia reconhecido a rejeição do povo ao refletir com Moisés e Arão: “Até quando este povo vai me rejeitar? Até quando não vão crer em mim, embora eu tenha feito tantos milagres entre eles?” (Números 14:11).
3. O medo, além de nos impedir de receber as bênçãos divinas, nos faz desperdiçar a vida: Rebelar-se contra o Autor da vida é preferir morrer antes que viver. Rejeitando a fonte da vida, a morte entra como última consequência. O povo que preferia ter morrido no deserto ou voltar ao Egito antes que usufruir as bênçãos da Terra Prometida (Números 14:2, 4), recebeu o que desejou: Voltou rumo ao deserto, pelo caminho do Mar Vermelho até os homens acima de 20 anos morrerem no deserto – demorou 38 anos para Israel entrar na terra prometida (Números 14:25, 28-35).
CONCLUSÃO: Esta reflexão deve terminar de forma positiva. Para isso, vamos focar em Números 14:8-9.
1. O medo precisa ser diagnosticado e enfrentado.
2. O medo precisa ser
tratado; o texto nos oferece três passos para tratá-lo:
a) Enfrente o medo
agradando a Deus, tendo fé em Seus planos.
b) Confie na promessa de
Deus, Ele certamente a cumprirá.
c) Não seja rebelde contra
Deus, mas obediente.
3. O medo precisa sair para
dar espaço à confiança em Deus em nosso coração, pois quem teme a Deus não tem
medo dos rebeldes – ainda que sejam gigantes. Tenha fé!
4. O medo perde seu poder quando confiamos no poder de Deus, e nos dá coragem para agir contra inimigos desamparados. Experimente!
Pr. Heber Toth Armí
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