O PODER DE UMA VIDA ATRAENTE!


 INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Provérbios 11:30

1. Provérbios 11 serve como um espelho que reflete os valores do Reino de Deus, onde a honestidade, a generosidade e a integridade são exaltadas, enquanto a falsidade, a soberba e a avareza são condenadas.

2. O livro de Provérbios é um compêndio de sabedoria prática, inspirado pelo Espírito Santo, aplicado à vida diária. O capítulo 11 contrasta o justo e o ímpio, destacando que a integridade traz vida e segurança, enquanto a maldade conduz à ruína.

3. Em Provérbios 11, o sábio trata da “falsidade dos ímpios que os destrói” (v. 3), da retidão que livra da morte (v. 4), do “desejo dos infiéis que os aprisiona” (v. 6) da crueldade do mal que causa a ruína e morte de quem o pratica (v. 17-18), do “castigo dos ímpios” (v. 21, 23) e do destino do ímpio e pecador (v. 31). O verso 30 serve como clímax desta seção, ele declara positivamente o poder transformador e ativo da justiça. O sábio não trata apenas de evitar o mal, mas de produzir um bem tão vital que se torna uma fonte de vida para outros e demonstra a mais alta forma de sabedoria: Libertar pessoas da loucura que conduz à ruína e à morte!

I. O JUSTO NÃO É ESTÉRIL, ELE É FRUTÍFERO – Provérbios 11:30

Está escrito: “O fruto da retidão é árvore de vida”. O texto não diz que o justo é o fruto, ele é árvore que produz fruto, a vida. Em Provérbios, a “árvore de vida” é associada à sabedoria (3:18), ao desejo realizado (13:12) e à língua que cura (15:4). Assim,

1. O justo é comparado à árvore de vida porque sua retidão alimenta, sustenta, refrigera e influencia para o bem: Uma vida reta influencia não só quem a vive, mas aqueles ao redor, como uma árvore que dá sombra e frutos.

2. O justo é comparado à árvore de vida porque sua influência é regeneradora, sua vida restaura a vida: A prática da justiça exerce um poder transformador e se torna uma fonte de bênçãos a todos ao seu redor.

3. O justo como árvore de vida produz vida – vida em sua plenitude, vitalidade, saúde integral e bem-estar: Uma vida justa e íntegra, não é estéril, mas frutífera. O justo, portanto, não é uma árvore seca, sem vida, nem uma árvore infrutífera, sem propósito. Pelo contrário, sua existência é marcada pela vitalidade e pela capacidade de gerar vidas:

a) Não se trata de uma retidão legalista ou de uma observância externa de regras, mas de uma condição do coração que se reflete em ações. É a bondade (Provérbios 11:17), a honestidade (Provérbios 11:1, 3), a generosidade (Provérbios 11:24-26), a compaixão, a paciência e o amor (Provérbios 11:18, 23, 27-28) que emanam de um caráter transformado pela graça divina.

b) Assim como uma árvore frondosa oferece sombra, alimento e abrigo, a vida do justo se torna uma fonte de refrigério e sustento para a comunidade, irradiando vida, esperança e cura em um mundo sedento, faminto e ferido.

c) A retidão não é um fim em si mesma, mas um meio pelo qual a vida de Deus flui através de nós para impactar o mundo. O justo, ao produzir o fruto da retidão, demonstra que está conectado à fonte da vida (João 15:1-5), não sendo uma entidade isolada e sem impacto.

II. O SÁBIO NÃO COAGE, ELE CONQUISTA – Provérbios 11:30 

Está escrito: “aquele que conquista almas é sábio”. O verbo hebraico aqui pode significar “tomar”, “adquirir”, “atrair” ou “resgatar”. Alma se refere a vida ou pessoa viva (Gênesis 2:7). “O sentido do hebraico é que o justo tem uma influência que vivifica, e que o sábio conquista outros para a sabedoria” (Derek Kidner).

1. O sábio não manipula, não impõe, mas convence pela bondade, compaixão e pela influência: Não se trata de uma conquista forçada, manipuladora e coerciva, mas de uma atração pelo amor, pela verdade e pelo testemunho de uma vida transformada.

2. A missão do sábio é atrair, não afastar; é convidar com amor, não impor com pressão; é conquistar, não forçar as pessoas: Aquele que age com sabedoria se dedica a uma missão nobre: Investir sua vida no resgate e na transformação de outras vidas. Esse é verdadeiramente sábio aos olhos de Deus, pois sem forçar, ele atrai pessoas da morte para a vida.

3. A vida do sábio cativa a vida dos miseráveis ímpios e pecadores: Não somos vendedores de uma ideologia, mas portadores de uma vida que transforma, e essa vida é o nosso maior argumento. Quando as pessoas veem a paz, a alegria e o propósito em nós, elas desejam o que temos.

a) A sabedoria não consiste em melhores argumentos, mas em criar bons relacionamentos: “Cristianismo é a revelação do mais terno afeto de uns pelos outros. A vida cristã constitui-se de deveres e privilégios cristãos” (Ellen White).

b) A conquista implica em um processo de atração, de ganhar o coração: “Nenhuma influência que possa rodear a alma tem mais poder do que a de uma vida abnegada. O mais forte argumento em favor do evangelho é um cristão que sabe amar e é amável” (Ellen White).

III. O SÁBIO PRATICA A JUSTIÇA E CONDUZ OUTROS À VIDA – Provérbios 11:30 

Entre a primeira e a segunda frase do provérbio em análise há um “e”. As duas metades do versículo não são independentes; elas formam uma cadeia causal divina. O estilo de vida do justo é a ferramenta principal que Deus usa para libertar pessoas do caminho da morte. 

1. A sabedoria de conquistar vidas é a aplicação prática da retidão na vida de outras pessoas: A árvore e seus frutos atraem, e a sabedoria alcança o coração e guia o pecador até a fonte da vida, que é Jesus Cristo.

2. A vida de retidão nos prepara, e a sabedoria nos capacita para a ação que produz transformação: A tentação é separar as duas partes do verso. Contudo, no texto, as duas frases se unem:  A vida reta e a missão de conquistar vidas não podem ser separadas. Quem vive a justiça de Cristo naturalmente influencia outros para a vida.

3. O justo vive para ser influência transformadora: O propósito da retidão do justo é ser uma influência libertadora aos que estão no caminho da morte. Nossa vida justa (“O fruto da retidão é árvore de vida”) encontra seu pleno significado quando é usada para libertar pessoas da morte (“Aquele que conquista almas é sábio”).

a) A retidão produz um fruto que é “árvore de vida”, e essa vida se manifesta na influência que “conquista vidas”, libertando-as do caminho da morte.

b) Essa libertação, por sua vez, leva à retidão na vida daqueles que foram alcançados. Estamos diante de um círculo virtuoso.

CONCLUSÃO:

1. Há dois provérbios que confirmam e ampliam a mensagem de Provérbios 11:30.

a) Provérbios 13:14 – “O ensino dos sábios é fonte de vida e afasta o homem das armadilhas da morte”.

b) Provérbios 24:11 – “Liberte os que estão sendo levados para a morte; socorra os que caminham trêmulos para a matança!”

2. Provérbios 11:30 revela que o justo não é passivo; sua sabedoria se manifesta na disposição de agir em favor de quem precisa, buscando oportunidades para intervir, oferecer ajuda, e resgatar as pessoas das armadilhas do pecado, cujo salário é a morte (Romanos 6:23).

3. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem um projeto social chamado “Quebrando o Silêncio”. Cada ano com uma temática diferente, o qual convida seus membros a viver a mensagem de Provérbios 11:30, atuando na sociedade por meio de materiais como revistas, folders, cartazes, palestras, passeatas, carreatas, ações comunitárias e mobilização da comunidade em oito países da América do Sul. Com temas estratégicos, tais como:

a) Dizer não à violência.

b) Combater as brigas.

c) Lutar pela proteção da família.

d) Promover o cuidado dos idosos.

e) Batalhar pela paz em um mundo melhor.

f) Ajudar pessoas com tendências suicidas.

g) Alertar contra os perigos da internet.

h) Combater o Bullying.

i) Promoção da inclusão social.

j) Restaurar vítimas de abuso e violência.

APELO:

1. Viva com retidão a fim de ser bênção para as pessoas a tua volta.

2. Busque a sabedoria prática visando restaurar e libertar pessoas que caminham para a morte.

3. Seja um ativo instrumento de Deus para reverter as consequências do mal na vida das pessoas.

Pr. Heber Toth Armí.

Postar um comentário

0 Comentários