INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Romanos 6:23
1. O maior de nossos
problemas: A morte.
2. A raiz de nosso maior
problema: O pecado.
3. Há solução para nossa situação: A graça divina.
I. A REALIDADE DO PECADO, NOSSA SITUAÇÃO É DEPRIMENTE – Romanos 6:23
Está
escrito: “Pois o salário do pecado é a morte”. Essa é uma verdade
sombria e dura de nossa realidade.
1. O pecado gera a morte como
sua retribuição:
É como um veneno mortal. O pecado é pior, pecar implica ir contra a vontade de
Deus, é uma rebelião contra Seu governo amoroso e soberano. É a escolha de
seguir nosso próprio caminho em vez do caminho de Deus.
2. A morte não é uma punição
arbitrária, é uma consequência inerente: Todos pecaram e estão sujeitos à morte (Romanos
3:23). O pecado não ignora o pagamento aos seus súditos.
3. O pecado não é
brincadeira:
Como ele nos afasta de Deus, a fonte da vida, pecar não é algo trivial. O
pecado cria uma barreira entre o ser humano e Seu Criador, resultando em
alienação, culpa e vazio existencial; assim começa o processo devastador da
morte.
4. A lei serve para nos
diagnosticar:
A Lei de Deus é como um Raio X para diagnosticar nossa real situação (Romanos
7:7). A essência do pecado consiste de três aspectos:
a) Atos: Idolatrar, matar,
mentir, roubar, adulterar, caluniar, etc. (Êxodo 20:3-16).
b) Atitude: inveja, ciúme,
orgulho, vaidade, cobiça, etc. (Êxodo 20:17; Mateus 5:22, 28; Gálatas 5:20-21).
c) Natureza depravada: Nascemos filhos da ira, com inclinação para o mal (Salmo 51:5; Romanos 3:10; Efésios 2:3; Marcos 7:21-23).
II. A GRAÇA DE DEUS, UM MARAVILHOSO PRESENTE – Romanos 6:23
Está escrito: “Mas o dom gratuito de Deus...”. Aqui Paulo nos surpreende com uma reviravolta gloriosa. O “mas” neste versículo aponta para um contraste radical, uma esperança que vai além da condenação do pecado.
1. Contraponto o salário
(merecido) está o dom (imerecido): Se fosse para receber o que de fato merecemos,
nosso único destino seria a morte; mas Deus reverte essa situação de forma
graciosa, nos ofertando o que não merecemos.
2. A salvação não é uma
conquista humana, é um presente divino: Quando algo é comprado ou conquistado não é
presente. Para não ficar dúvidas, o texto diz “dom/presente gratuito de Deus”.
a) O contraste entre
“salário” e “dom gratuito” é fundamental para a compreensão da mensagem de
Romanos 6:23.
b) Enquanto “o salário” é
algo que se recebe por mérito, “o dom” é algo que se ganha sem merecimento, por
pura graça.
c) Deus não esperou que nos
tornássemos dignos; em Sua infinita misericórdia, Ele ofereceu a solução para
nossa deprimente situação (Romanos 5:8).
3. O caminho das obras nunca levará realmente à salvação: Isso porque salvação é somente pela graça, nunca pelas obras (Efésios 2:8-9).
III. O MEIO PELO QUAL A GRAÇA É OFERECIDA, JESUS CRISTO – Romanos 6:23
Está escrito: “é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A vida eterna contrasta com a morte. O contraste mostra que o texto vai além da morte natural, aponta para a segunda morte, a morte eterna (Apocalipse 20:14-15).
1. Jesus é o meio exclusivo
da salvação:
Ele é o caminho, a verdade e a vida; sem Ele, ninguém chegaria ao Pai (João
14:6). Ellen White nos leva à profunda reflexão em seu livro “Caminho a Cristo”,
que merece nossa consideração:
a) Muitos “pensam que não
pode chegar a Cristo sem primeiro arrepender-se e que é o arrependimento que os
prepara para o perdão de seus pecados. É certo que o arrependimento precede o
perdão dos pecados, pois unicamente o coração quebrantado e contrito é que
sente a necessidade de um Salvador. Mas terá o pecador de esperar até que se
tenha arrependido, antes de poder chegar-se a Jesus? Deve fazer-se do
arrependimento um obstáculo entre o pecador e o Salvador? A Bíblia não ensina
que o pecador tenha de arrepender-se antes de poder aceitar o convite de
Cristo: ‘Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos
aliviarei’. Mateus 11:28. É a virtude de Cristo, que conduz ao genuíno
arrependimento... Assim como não podemos alcançar perdão sem Cristo, também não
podemos arrepender-nos sem que o Espírito de Cristo nos desperte a
consciência” (p. 26).
b) “Só em Deus há socorro
para nós. Não devemos esperar apelos mais fortes, oportunidades melhores ou um
temperamento mais santo. Por nós mesmos nada podemos fazer. Temos de ir a
Cristo exatamente como estamos” (p. 31).
c) “O amor, sofrimento e
morte do Filho de Deus mostram quão terrível é o pecado, e revelam que não há
como escapar do seu poder, nem esperança de uma vida melhor, a não ser pela
entrega do coração a Cristo” (p. 31-32).
2. Jesus é o centro do plano
da salvação:
Sua morte substitutiva aponta Sua exclusividade no processo de salvação (Atos
4:12).
a) Na cruz, Jesus não apenas
morreu; Ele recebeu o salário do nosso pecado. Ele Se tornou pecado por nós,
para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus (II Coríntios 5:21).
b) Na cruz, Jesus tomou sobre
Si a condenação que era nossa, satisfazendo as exigências da justiça divina. Sua
morte foi o sacrifício expiatório que tornou possível a remissão dos pecados e
a reconciliação entre Deus e os pecadores.
c) A ressurreição de Cristo é
a garantia que não precisamos permanecer no pecado (I Coríntios 15:17). Sua
ressurreição vitoriosa demonstra que a morte foi vencida e que há poder para
uma nova vida.
3. Jesus deve ser o foco de todo pecador que deseja ser salvo: Não é apenas crer nEle, mas submeter-se inteiramente a Ele. Ao renunciar a nós mesmos, Ele Se torna o Senhor de nossa vida. Pertencemos a Ele e Ele nos torna novas criaturas (II Coríntios 5:17).
CONCLUSÃO:
1. Romanos 6:23 revela a
reversão de nossa situação como resultado da graça de Deus.
2. Romanos 6:23 nos apresenta
um contraste dramático e inescapável:
a) De um lado, a sombria realidade das consequências do pecado;
b) Do outro, a gloriosa e graciosa provisão de Deus para a vida eterna.
3. Romanos 6:23 mostra três
contrastes que devem impactar nossa vida:
a) O contraste entre o “salário” e o “dom”: O salário se recebe por merecimento, o dom é o que se recebe por graça. Um é fruto da justiça retributiva; o outro, da misericórdia divina. O pecado paga seus servos com destruição, mas Deus surpreende os pecadores com salvação. O salário é resultado do esforço humano; o dom/presente é a expressão do amor divino. Esse presente não é barato, embora seja gratuito. Foi pago com o sangue do Filho de Deus.
b) O contraste entre a “morte” e a “vida eterna”: A morte é o fim natural de quem se afasta de Deus, a fonte da vida. Por outro lado, a vida eterna não é apenas viver para sempre – é viver com Deus, e para Deus. A morte é separação, vazio e fim; a vida eterna é comunhão, plenitude e satisfação. A morte eterna é o destino inevitável sem Cristo; mas a vida eterna é o destino glorioso com Cristo. A eternidade está diante de você – e o presente que muda seu destino está nas mãos do próprio Deus.
c) O contraste entre o “pecado” como rebelião e “Jesus Cristo, nosso Senhor”: O pecado nos escraviza em um falso senso de liberdade; Jesus nos liberta para viver em obediência voluntária por amor e gratidão. O pecado ilude, promete prazer e entrega miséria e morte; Jesus, por outro lado, promete renúncia e entrega paz e vida eterna. Só há dois caminhos: viver como senhor de si mesmo e morrer eternamente, ou entregar-se a Jesus como Salvador e Senhor e viver para sempre. Aceitar o presente de Deus não muda apenas o teu destino; muda teu coração, tua vida, e a tua eternidade!
APELO:
1. Abrace a humildade de um
coração que se reconhece pecador e necessitado de um Salvador.
2. Não espere ser digno nem tente mudar por conta própria; simplesmente aceite a graça de Cristo como ela é;
receba o presente de Deus!
3. Entregue tua vida a Cristo e submeta-se à Sua vontade todos os dias; confie nEle como Salvador e Senhor, e Ele te libertará e te fará uma nova criatura!
Pr. Heber Toth Armí.
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