INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Lucas 2:36-38
1. Teologia da graça no nome de uma profetiza: Ana significa “Graça”, “Graciosa”, “Cheia de graça”, “Favorecida de Deus”. Seu nome pode muito bem ser ressaltado como uma conexão com a graça e o favor de Deus manifestados através do cumprimento das profecias messiânicas.
2. O dom de profecia é fruto da graça divina: Uma das chaves para entender a conexão teológica do significado do nome Ana com o evento em seus dias está na própria identidade dela como profetisa. Os profetas eram instrumentos escolhidos por Deus para comunicar Sua vontade ao povo e revelar Suas promessas graciosas. Ao designar Ana como profetisa, Lucas está sinalizando que ela é uma pessoa especialmente capacitada por Deus para discernir e anunciar o cumprimento das promessas divinas às pessoas desgraçadas no pecado.
3. A vida na graça é de compromisso sério com o Deus da graça: O texto ressalta que Ana era viúva e vivia no Templo, servindo a Deus com jejuns e orações. Essa dedicação intensa e constante de Ana é um testemunho de sua fé profunda e seu compromisso em buscar a Deus. Sua vida de devoção e serviço no templo é um reflexo da busca pela presença divina e da espera do cumprimento das profecias messiânicas. Ao encontrar-se no templo, Ana experimenta a manifestação do favor e da graça de Deus. Ela reconhece em Jesus o cumprimento das profecias feitas pelo próprio Deus ao Seu povo. Sua reação é de gratidão e louvor, e ela compartilha a boa notícia com todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.
a) A presença de Ana na narrativa de Lucas destaca a ação graciosa de Deus em cumprir Suas promessas através de Jesus, o Messias: Ana se torna um símbolo de esperança, fé e graça para o povo que aguardava ansiosamente a vinda do Salvador. Sua história demonstra que, mesmo em tempos de espera prolongada e dificuldades, a graça de Deus é manifestada na hora certa, trazendo cumprimento às promessas feitas ao Seu povo.
b) Ana representa a ligação entre a graça e o favor de Deus e o cumprimento das promessas messiânicas, pois ela foi agraciada com o privilégio de reconhecer e testemunhar a vinda do Messias, Jesus Cristo: Sua história nos ensina sobre a importância da fé perseverante, da busca constante pela presença de Deus e da confiança de que as promessas divinas serão cumpridas no tempo e da maneira em que Deus achar que deve ser.
Ana apresenta três características do remanescente perseverante do tempo do fim:
I. PRIMEIRA CARACTERÍSTICA: DEVOÇÃO NO SERVIÇO AO GRACIOSO DEUS – Lucas 2:36-37
“A presença permanente de Ana no templo testemunha do amor com que ela servia ao Senhor” (CBASD, v. 5, p. 773).
1. Como Ana, o remanescente perseverante deve demonstrar um dedicado serviço a Deus, no templo, por meio de:
a) Jejuns constantemente: Jejum é uma forma
de se consagrar a Deus.
b) Orações dia e noite: A oração é um meio
de comunicar-se com Deus.
c) Adoração e louvor: É a resposta de um coração agradecido a Deus.
2. Como Ana, o serviço a Deus deve resultar de um relacionamento íntimo com Ele, o que acontece através de uma vida de oração e adoração constante.
II. SEGUNDA CARACTERÍSTICA: ESPERANÇA FERVOROSA NA VINDA DE CRISTO – Lucas 2:37
“Até então, ela [Ana] havia falado de profecias que apontavam para a vinda do Messias. Por fim, ela poderia falar por experiência pessoal, que o Messias tinha vindo” (Idem).
1. Como
Ana aguardava a redenção em Jerusalém e reconheceu o cumprimento das profecias
na pessoa de Jesus, o remanescente perseverante também deve estar focado na
esperança da redenção mundial e esperando o cumprimento das profecias futuras
na segunda vinda de Cristo, um momento apoteótico da misericórdia divina (Judas
20-21).
2. Como Ana, o remanescente fiel tem uma esperança ardente, atuante e dinâmica vinculada a uma fé inabalável na segunda vinda de Cristo como o clímax da expectativa humana, a qual é fortalecida pelos profetas de Deus.
III. TERCEIRA CARACTERÍSTICA: BUSCA PELA GRACIOSA PRESENÇA DIVINA A FIM DE COMPARTILHAR A GRAÇA – Lucas 2:37-38
A vida de Ana era sempre na presença de Deus, “sua vida era absorvida no serviço de Deus; ela não tinha outros interesses” (Idem, p. 774). Isso a levou a testemunhar de Jesus, o Messias, com todos os que ela tinha contado.
1. Quando o remanescente perseverante tem uma experiência marcante com a graça, ele a compartilha com outros: Ana encontrou Jesus como um bebê, e nós podemos encontrá-lO espiritualmente. Assim que ela encontrou Jesus, passou a compartilhar a boa notícia, o evangelho; o mesmo devemos fazer, mas antes precisamos ter um encontro com Jesus.
2. Quando o remanescente aprofunda na graça, ele almeja que outros a experimentem também: Assim como Ana compartilhou a mensagem presente para sua época, o perseverante remanescente é chamado a compartilhar a mensagem de esperança e salvação encontrada na Palavra de Deus; mas, isso só deve acontecer após encontrar-se com Jesus.
CONLUSÃO:
Ao contemplarmos a história de Ana em Lucas 2:36-38, somos levados a reconhecer a maravilhosa conexão entre a graça e o favor de Deus e o cumprimento das profecias messiânicas. Ana, uma mulher devota e perseverante, personifica a esperança e a fidelidade de todo aquele que ansiava pela vinda do Messias. Seu encontro com Jesus no templo revelou o cumprimento das promessas divinas e a manifestação da graça de Deus na história da humanidade. Baseado na interpretação das profecias bíblicas, cremos que vivemos em uma era preparatória para a segunda vinda de Cristo, e temos muito a aprender com Ana que aguardou a Sua primeira vinda:
1. Primeiramente, a vida de Ana nos ensina
sobre a importância de perseverar na fé e na espera pelas promessas divinas:
Assim como Ana esperou pacientemente por décadas, também somos convidados a
confiar em Deus mesmo quando as circunstâncias parecem adversas. Sua história
nos encoraja a permanecer firmes na busca pela presença de Deus e a manter a
esperança viva, mesmo em tempos de espera prolongada. Ao encontrar Jesus no
templo, Ana pode ter reconhecido a importância de Sua primeira vinda como
cumprimento das profecias messiânicas. A partir desse encontro, a segunda vinda
de Cristo será o cumprimento final das promessas divinas de salvação e
estabelecimento de Seu reino. A segunda vinda de Cristo é aguardada com a
expectativa da plena redenção e restauração de todas as coisas.
2. A história de Ana também nos inspira a
reconhecer e testemunhar o cumprimento das profecias referentes a Cristo:
Assim como ela compartilhou a boa notícia com todos os que esperavam a
redenção, somos chamados a proclamar o cumprimento das promessas de Deus por
meio de Jesus Cristo. Somos portadores da mensagem de salvação e esperança;
somos convidados a compartilhar o amor, a bondade e a graça de Deus com aqueles
que nos rodeiam.
3. Por fim, a experiência de Ana nos direciona à verdade central de que a graça e o favor de Deus são plenamente manifestados no cumprimento das promessas messiânicas em Jesus Cristo: O momento do nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus foi a explosão da graça, na qual encontramos perdão, reconciliação e salvação que garante a vida eterna. Em Cristo, todas as promessas divinas se cumprem, e encontramos nEle a plenitude do favor e da graça de Deus para a humanidade caída e condenada no pecado!
APELO: Vamos ser remanescentes perseverantes, não apenas de nome, mas de fato e de verdade? Então...
1. Que
a história de Ana nos inspire nestes dias que antecedem a breve vinda de Cristo
a viver em comunhão com Deus, confiando em Suas promessas e experimentando Sua
graça e favor em todas as áreas de nossa vida.
2. Que
possamos ser perseverantes na fé, testemunhando o cumprimento das promessas de
Deus na primeira vinda de Cristo e a garantia do cumprimento das promessas
divinas relacionadas à segunda vinda.
3. Que possamos viver e crescer na graça de Deus e compartilhar a mensagem da graça e do amor de Deus a um mundo que carece de esperança e salvação.
Pr. Heber Toth Armí
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