IMPLICAÇÕES DA DERROTA DO DRAGÃO E SEUS ANJOS


 INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Apocalipse 12:7-9

1. Após a cena da mulher e o Filho, e a frustração do Dragão assim que o Filho foi arrebatado para o trono junto ao Pai, o foco se volta para uma batalha no Céu. Miguel e seus anjos lutam contra o Dragão (Satanás) e seus anjos. Miguel, que é Cristo, prevalece, e o Dragão é lançado à Terra com seus anjos.

2. Neste texto encontramos os seguintes tópicos:

· Guerra no Céu.

· Miguel e seus anjos de um lado.

· O Dragão e seus anjos do outro.

· A derrota do Dragão e seus anjos.

· A expulsão do Dragão e seus anjos do Céu.

· A identidade do Dragão e seu paradeiro na Terra.

· As estratégias do Dragão.

3. Levanto as seguintes indagações para iniciar nossa reflexão:

a) Qual é o significado da guerra no Céu descrita neste trecho?

b) O que podemos aprender sobre a natureza do inimigo de Deus?

c) Como podemos aplicar as verdades deste texto a nossa vida hoje?

· Qual a relevância contemporânea desta guerra antiga?

· Quais as implicações para nós do que aconteceu no Céu?

· Com quê objetivo Deus fez questão de revelar-nos estas informações?

I. A NATUREZA DA GUERRA CELESTIAL – Apocalipse 12:7

1. A guerra iniciou sem qualquer motivo lógico ou real, a não ser por inveja: Lúcifer misteriosamente começou a ter inveja de Cristo. Ellen White descreve a cena...

“A inveja e falsa representação de Lúcifer, bem como sua pretensão à igualdade com Cristo, tornaram necessária uma declaração a respeito da verdadeira posição do Filho de Deus; mas esta havia sido a mesma desde o princípio”.

“O espírito de descontentamento que assim se ascendera estava a fazer sua obra funesta. Conquanto não houvesse uma insurreição declarada, a divisão de sentimentos imperceptivelmente crescia entre os anjos. Alguns havia que olhavam com favor para as insinuações de Lúcifer contra o governo de Deus”.

“Com grande misericórdia, de acordo com o Seu caráter divino, Deus suportou longamente a Lúcifer. O espírito de descontentamento e desafeição nunca antes havia sido conhecido no Céu. Era um elemento novo, estranho, misterioso, inexplicável. O próprio Lúcifer estivera a princípio ciente da natureza verdadeira de seus sentimentos; durante algum tempo receou exprimir a ação e imaginações de sua mente; todavia não as repeliu. Não via para onde se deixava levar. Entretanto, esforços quais somente o amor e a sabedoria infinitos poderiam imaginar, foram feitos para convencê-los de seu erro. Provou-se que sua desafeição era sem causa, e fez-se-lhe ver qual seria o resultado de persistir em revolta. Lúcifer estava convencido de que não tinha razão. Viu que ‘justo é o Senhor em todos os Seus caminhos, e santo em todas as Suas obras’ (Salmo 145:17); que os estatutos divinos são justos, e que, como tais ele os deveria reconhecer perante todo o Céu. Houvesse ele feito isto, e poderia ter salvado a si mesmo e a muitos anjos... Chegado era o tempo para a decisão final; deveria render-se completamente à soberania divina, ou colocar-se em franca rebelião; mas o orgulho o impediu disto. Era sacrifício demasiado grande, para quem fora altamente honrado, confessar que estivera em erro, que suas imaginações eram errôneas, e render-se à autoridade que ele procurara demonstrar ser injusta. Um compassivo Criador, sentindo terna piedade por Lúcifer e seus seguidores, procurava fazê-los retroceder do abismo de ruína em que estavam prestes a imergir...”.

2. A guerra começou no Céu, mas não foi fictícia ou ideológica: “Rejeitando com desdém os argumentos e regos dos anjos fieis, acusou-os de serem escravos iludidos... Nunca mais reconheceria a supremacia de Cristo. Resolvera reclamar a honra que deveria ter sido conferida a Ele, e tomar o comando de todos os que se tornassem seu seguidores; e prometeu àqueles que entrassem para as suas fileiras um governo novo e melhor, sob o qual todos desfrutariam de liberdade. Grande número de anjos deram a entender seu propósito de o aceitar como seu chefe. Lisonjeado pelo apoio com que suas insinuações eram recebidas, esperou conquistar todos os anjos para o seu lado, tornar-se igual ao próprio Deus, e ser obedecido pelo exército celestial todo”.

“Declarou que todos os que se sujeitassem à autoridade do Céu seriam despojado de sua honra, rebaixados de sua posição... A única maneira de agir que restava a ele e seus seguidores, dizia, consistia em vindicar sua liberdade, e adquirir pela força os direitos que não lhes haviam sido de boa vontade concedidos... Tinha ele artificiosamente apresentado a questão sob seu ponto de vista, empregando sofisma e fraude, a fim de conseguir seus objetivos. Seu poder para enganar era muito grande”.

“Os anjos que ele não pode trazer completamente ao seu lado, acusou-os de indiferença aos interesses dos seres celestiais. Da mesma obra que ele próprio estava a fazer, acusou os anjos fieis...” (Patriarcas e Profetas, capítulo 1).

Contudo, ele orquestrou seus anjos e intentou tomar à força o governo de Deus. Ele tentou conquistar e usurpar o trono do Universo.

3. A guerra foi literal, real e física:

“Rebelar-se contra o governo de Deus foi o maior crime. Todo o Céu parecia estar em comoção. Os anjos foram dispostos em ordem por companhias, cada divisão com o mais categorizado anjo à sua frente... Declarou então que estava preparado para resistir à autoridade de Cristo e defender seu lugar no Céu pelo poder da força, força contra força... Então houve guerra no Céu. O Filho de Deus, o Príncipe do Céu, e Seus anjos leais empenharam-se num conflito com o grande rebelde e com aqueles que se uniram a ele. O Filho de Deus e os anjos verdadeiros e leais prevaleceram; e Satanás e seus simpatizantes foram expulsos do Céu. Toda a hoste celestial reconheceu e adorou o Deus da justiça... Os anjos do Céu lamentaram a sorte daqueles que tinham sido seus companheiros de felicidade e alegria. Sua perda era sentida no Céu” (História da Redenção, p. 17-19).

“As batalhas entre os dois exércitos são tão reais como as travadas pelos exércitos deste mundo, e do resultado do conflito espiritual dependem destinos eternos” (Profetas e Reis, p. 176).

II. A NATUREZA DO MAL QUE SURGIU NO CÉU – Apocalipse 12:8

1. O mal não é meramente uma ideologia, ele tem um autor: Lúcifer o idealizou e tornou-se ícone do mal, do pecado e da rebelião.

2. O mal é atrevido, ousado, ambicioso, arrogante e egoísta: Podemos ver ao nosso redor tudo isso, mesmo depois da guerra no Céu.

3. O mal é destrutivo, cruel, bélico e insistente: Deus fez de tudo, deu tempo e argumentou de várias formas com Lúcifer. Deus fez uma reunião no Céu, expôs a verdade sobre Cristo e então ofereceu oportunidade de arrependimento a Lúcifer; mas, ele preferiu tornar-se Satanás, o enganador maquiavélico.

III. A ESTRATÉGIA DE SATANÁS APÓS SUA DERRTA NO CÉU – Apocalipse 12:9

1. Satanás não está num lugar chamado inferno, aguardando lá seus súditos: Ele e seus anjos foram expulsos do Céu e encontrou lugar na Terra pelas mãos de Eva e de seu marido Adão, os representantes de Deus no Planeta.

2. Satanás está no mundo fazendo estrago desde que chegou: O governo de Satanás nunca foi e nunca será melhor que o de Deus, e podemos ver isso em cada canto de nosso planeta. Não estamos mais no maravilhoso Jardim do Éden, não moramos em um lugar perfeito; há injustiças, crueldades, perigos, doenças e mortes por causa do pecado.

3. Satanás é o enganador do mundo todo: Satanás age para enganar. Tentou enganar todos os anjos, conseguiu um terço deles para seu lado. E intenta o mesmo com toda a humanidade.

4. Satanás é o acusar dos cristãos (Apocalipse 12:10): Todo o caos que passou a existir no Céu, Lúcifer disse que era culpa de Deus e de Seu governo mal administrado. Ele arma ciladas e depois coloca a culpa em outro. Ele prepara armadilha para você e depois diz que foi você que fez tudo sozinho. Ele é hábil na arte de acusar!

CONCLUSÃO:

1. Apocalipse 12 é essencial na Bíblia para explicar eventos-chave que ocorrem nos bastidores da história da redenção: A expulsão de Satanás do Céu é um evento crucial na história da redenção e demonstra claramente a vitória de Deus sobre as forças do mal.

2. Apocalipse 12:7-9 mostra que a batalha no Céu foi real e veio para a Terra; embora seja espiritual e invisível, ela continua sendo real: O mal está presente no mundo promovido por um poderoso anjo rebelde juntamente com seu exército de anjos caídos. Contudo, Mark Finley salienta que:

a) “Apocalipse 12 nos dá a segurança de que servimos a um Deus poderoso que é maior que nosso adversário”.

b) “Esse capítulo nos lembra que Satanás é um inimigo derrotado. Isso nos dá a certeza de que Cristo já conquistou a vitória em nossas batalhas mais ferozes contra Satanás”.

3. Apocalipse 12 revela a intenção de Deus de que você saiba a origem e a natureza do mal, que visa iludir, enganar, acusar e destruir: Além disso, Deus quer que você esteja ciente que o poder do mal está desmoralizado, derrotado e destruído. Não vale a pena dar ouvidos aos seus enganos, pois, suas acusações aos servos de Deus serão em vão. Estamos em guerra, e note alguns textos bíblicos interessantes:

a) Efésios 6:10-18.

b) II Coríntios 10:3-5.

APELO:

1. Promova o reino de Deus compartilhando a vitória divina para as pessoas.

2. Comprometa-se com o governo de Deus, sendo súdito fiel deste reino vitorioso.

3. Permaneça firme ao lado do vencedor Jesus Cristo para que desfrutes de Sua vitória por nós.

Pr. Heber Toth Armí.

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