terça-feira, 25 de outubro de 2022

QUEM DISSE QUE "ERRAR É HUMANO"?

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Gênesis 1:26-31

1. Deus fez os seres humanos perfeitos para viverem em perfeita harmonia com Sua perfeita vontade. Deus não falhou ao criar o ser humano!

2. Deus idealizou os seres humanos para serem Seus representantes, como Seus corregentes na administração do Planeta Terra. Eles foram feitos sem nenhum defeito, foram projetados para serem perfeitos, e, criados com estrita perfeição!

3. Deus projetou os seres humanos para funções elevadas, para cargos importantes, com capacidade para cumprir responsabilidades nobres. Errar jamais esteve no projeto de Deus para o ser humano; portanto, errar não é essencialmente humano!

I. OS SERES HUMANOS NÃO FORAM PROJETADOS PELO CRIADOR PARA COMETER ERROS – Gênesis 1:26-27

1. Deus é o idealizador e o fabricante do ser humano, portanto não houve falhas: Por três vezes Gênesis 1:27 assegura que a existência humana se deve à ação criativa de Deus. Diversas peculiaridades indicam que a raça humana recebeu destaque especial da parte de Deus:

a) Houve um conselho para criar os seres humanos: Diferente de todas as outras criaturas criadas, antes de encerrar a criação, a Trindade Se reuniu num concílio e declarou: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1:26).

b) Houve uma diferença no ato de criar os seres humanos: No sexto dia, antes de criar a raça humana, Deus deixou de dar ordens como haja... produzam... ajuntem (Gênesis 1:27). A criação da humanidade pela Trindade foi peculiar, especial, diferente. “O Senhor Deus formou o homem” (Gênesis 2:7).

c) Houve uma distinção única ao criar o perfil humano: A categoria humana difere plenamente de qualquer outra criatura. Além de ter sido criados à imagem e semelhança da Divindade, o ser humano foi dotado de capacidade intelectual e moral, diferindo de outras criaturas.

d) Houve uma peculiaridade na constituição dos seres humanos: Na construção do ser humano, Deus juntou o corpo formado do pó da terra com o fôlego de vida que foi soprado por Deus em suas narinas (Gênesis 2:7).

e) Houve uma distinção clara entre os seres humanos: Embora fossem criados à imagem e semelhança de Deus, a humanidade foi claramente dividida em homem e mulher; embora bem distintos entre si, ambos foram criados à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26-27).

f) Houve um propósito claro na criação dos seres humanos: Após criar os seres humanos, Deus os colocou em posição elevada, acima de toda criação e criatura. Eles deveriam gerenciar tudo o que Deus havia criado na Terra (Gênesis 1:28).

2. Deus fez o ser humano perfeito, portanto, não tinha motivo algum para falhar em seus propósitos: Tendo sido criado à imagem e semelhança do Soberano do Universo, os humanos teriam capacidade de dominar sobre todas as coisas e criaturas da Terra. A administração humana representaria a administração divina. Adão e Eva eram representantes de Deus no mundo recém-criado. Eles não foram projetados para errar. Ao contrário, eles foram dotados de características que os tornavam semelhantes ao perfeito Criador:

a) Responsabilidade: A função concedida aos humanos revela que foram dotados por Deus de capacidade para cumprirem o propósito pelo qual foram projetados.

b) Moralidade: Um conjunto de valores foi colocado no DNA dos seres humanos para representar perfeitamente a Deus no cuidado de Sua criação.

c) Racionalidade: A consciência e o raciocínio qualificam o ser humano a ser representante divino que administra com maestria e propriedade como se fosse o próprio Deus.

II. COMETER ERROS NÃO FAZIA PARTE DA NATUREZA HUMANA EM SEU ESTADO ORIGINAL – Gênesis 1:28-31

1. Criados à imagem e semelhança de Deus, a humanidade poderia conversar tranquilamente com seu Criador: Somente quando concluiu tudo e formou o homem e a mulher que Deus afirmou “que tudo havia ficado muito bom” (Gênesis 1:31). O alvo divino era a criação do ser humano. Assim como Deus conversava com os outros membros da Divindade (Gênesis 1:26), também conversava com a humanidade (Gênesis 1:28-30). O Deus eterno projetou o ser humano para a liberdade e para a vida eterna (Gênesis 2:16), não para a imoralidade e a mortalidade.

2. Criados à imagem e semelhança de Deus, os humanos poderiam desfrutar da criação como senhores de tudo o que fora criado: O fato de Deus designar o ser humano para cuidar e cultivar o Jardim do Éden (Gênesis 2:15) revela o interesse de Deus de envolvê-lo no ato de lidar com a criação como Ele fez. Observe atentamente estas citações de Ellen White:

a) “O amor infinito – quão grande é ele! Deus criou o mundo para ampliar o Céu. Ele deseja uma família maior de inteligências criadas” (CBASD, v. 1, p. 1189).

b) “Todo o Céu tomou profundo e jubiloso interesse na criação do mundo e de Adão e Eva. Os seres humanos eram uma nova e distinta ordem. Foram criados ‘à imagem de Deus’, e o desígnio do Criador era que povoassem a Terra” (Idem).

c) “Adão foi coroado rei do Éden. Foi lhe dado domínio sobre todos os seres vivos que Deus havia criado. O Senhor abençoou Adão e Eva com inteligência que não havia dado à criação animal. Ele tornou Adão o legítimo soberano sobre todas as obras de Suas mãos. O homem, criado à imagem de Deus, podia contemplar e apreciar as gloriosas obras de Deus na natureza” (Idem, p. 1190).

3. Criados à imagem e semelhança divina, a humanidade poderia relacionar-se e conviver com Deus abertamente: Todos os dias, Deus ia ao Jardim para estar com os seres humanos (Gênesis 3:8). Essa ruptura se deu com a entrada do pecado. Romper com Deus implica desconectar-se da fonte da perfeição, da harmonia e da vida.

CONCLUSÃO:

1. Quando se justifica que errar é humano a consciência se acomodará no pecado: A acomodação no erro não é o desejo de Deus para o ser humano. Precisamos combater a ideia de que errar é humano, pois sem combatê-la estaremos nos adequando aos planos de Satanás que deseja nossa ruína. Além disso, se errar fosse humano, Deus seria o culpado por nossos erros por ter-nos feito com defeito. Claramente, Deus fez de tudo para que os seres humanos não falhassem; então, a falha humana não se deve à falha divina. O pecado do ser humano jamais é culpa de Deus.

2. Quando se investiga a origem humana, nota-se que Deus não nos fez para errar: O ser humano originalmente falando não tinha em seu DNA a essência do erro, nem defeito algum em sua essência. Criados à imagem e semelhança da Divindade, a humanidade foi projetada para viver a perfeição; a opção e a decisão por falhar da parte do ser humano deturparam os maravilhosos planos originais de Deus.

3. Quando se entende o propósito pelo qual Deus criou o ser humano, teremos aversão por cometer erros: A desgraça que vivemos atualmente se deve à escolha por pecar. Sendo assim, deveríamos ter pavor do pecado. Precisamos desenvolver nojo do pecado para então ficar distante dele. Carecemos de Deus e de Seu plano de redenção por causa de nossos erros. E, através de Cristo e Seu sacrifício, temos esperança de um dia retornar à perfeição idealizada por Deus para nós.

APELO:

1. Valorize nossa nobre origem para desprezarmos o pecado que arruinou os divinos propósitos originais para nós.

2. Conscientize-se que originalmente o ser humano não foi projetado para errar, mas para representar o perfeito Deus neste Planeta criado por Ele.

3. Resgate o conceito bíblico de "ser humano" a fim de não ser influenciado por conceitos dúbios e espúrios que rebaixam nosso valor e diminuem ao nosso Criador.

Pr. Heber Toth Armí.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

CONHECENDO DEUS ATRAVÉS DO LIVRO DE JOSUÉ

INTRODUÇÃO: 

1. Ao fazer a leitura da Bíblia, devemos procurar adquirir o conhecimento de Deus, que a Escritura comunica ao leitor que se permite ser guiado pelo Espírito Santo.

2. Mais do que contar a história de Israel, as páginas sagradas visam apresentar ao Deus que está acima da história, atua na história, está no controle da história, e faz as coisas acontecerem segundo Seus propósitos visando salvar pecadores.

3. Para compreender a mensagem que Deus revela no livro de Josué, precisamos de três coisas extremamente importantes: Ouvir, ouvir, e ouvir. Não podemos cooperar com o conhecimento de Deus, tudo o que podemos saber dEle, é o que Ele nos revela.

I. DEUS É DEUS DE UM POVO QUE LHE PERTENCE (Josué 1:11, 13, 15; 9:18):

1. Israel pertence a Deus, e Deus é o Deus de Israel: Várias vezes o livro de Josué usa a expressão “o Senhor, vosso Deus” para referir-se a Deus. Israel tinha um Deus, e Deus tinha Israel como Seu povo. Israel no passado, e a igreja cristã no presente, ambos pertencem ao Senhor e têm a sua história dirigida por Ele.

2. A igreja pertence a Deus, e Deus é o Deus da igreja: A igreja cristã é a Casa de Deus, é a Igreja do Deus vivo (1 Timóteo 3:15). Diante disso, “não há necessidade de duvidar, de temer que a obra não terá êxito. Deus está à frente da obra, e Ele porá tudo em ordem. Se, na direção da obra, houver coisas que careçam de ajustamentos, Deus disso cuidará, e operará para corrigir todo erro. Tenhamos fé em que Deus há de pilotar seguramente ao porto a nobre nau que conduz o povo de Deus” (Ellen White, Igreja Remanescente).

II. DEUS NÃO ESTÁ LIMITADO A UM POVO, ELE É SENHOR DE TODA A TERRA E TAMBÉM DO UNIVERSO (Josué 2:11; 3:11, 13):

1. O Planeta Terra pertence a Deus: Em Levítico 25:23, Ele mesmo declarou: “A terra é minha, vocês são apenas estrangeiros e imigrantes”. O Deus revelado na Bíblia administra a Terra toda, sem deixar escapar nada (Josué 23:15-16).

2. Como proprietário do Universo, Deus atua em todo o Planeta Terra: Sendo Deus o Soberano do Universo, Ele pode e tem direito de realizar milagres impressionantes e grandes maravilhas (Josué 3:5). Ele controla as forças da natureza para prover vitória ao Seu povo (Josué 3:14-17; 10:12-14). Com isso, Ele é reconhecido inclusive fora do contexto e território israelita (Josué 2:9-11).

3. Deus faz o que é melhor pelo Planeta e pela humanidade: Josué trata da conquista da Terra de Canaã pelos israelitas. A Bíblia não trata da morte dos cananitas arbitrariamente ou com pouco caso. Pelo contrário, a partir de Gênesis 15:16 o Espírito Santo prepara o leitor para esse tema complexo. Deus concedeu mais de 400 anos a Israel no Egito para que os amorreus mudassem seu estilo de vida. Levítico 18:24-30 revela que o povo de Canaã continuou deploravelmente envolvido em práticas imorais, abomináveis, repulsivas, as quais obrigavam Deus a julgá-los. O que acontece no livro de Josué não é uma missão odiosa ordenada pelo Senhor do Universo. É, sim, juízo divino para o pecado que vem sendo parcial e relutantemente castigando desde o Jardim do Éden. Em Deuteronômio 27 e 28 Deus alertou que, se Israel pecasse de forma parecida aos cananitas, também sentiria os efeitos da Sua ira contra o pecado. Nesses relatos, Israel não estava isento de responsabilidade moral. Era apenas o instrumento da intervenção divina nos negócios humanos e estava nessa missão com base numa revelação sucedida na história, da parte de Deus por intermédio de Moisés. É Deus Quem administra a Terra, a História e Seu povo!

III. DEUS É FIEL POR ISSO SEMPRE CUMPRE O QUE PROMETE (Josué 11:23; 21:43-45):

1. Deus cumpriu tudo o que prometeu ao Seu povo: Ele não falha, pois é fiel em tudo aquilo que promete. A posse de Canaã pelos israelitas é prova de Sua evidente fidelidade no livro de Josué. Assim, esse livro “é permeado por uma atmosfera de otimismo jubiloso. A sua ideia central é o cumprimento da promessa feita aos antepassados quanto à possessão da terra de Canaã. Da abertura do livro, que registra as palavras de Deus em relação à iminente travessia do Jordão, até seu final, com o sepultamento de várias personalidades no solo da tão sonhada Terra Prometida, dá-se ênfase permanente ao cumprimento das ‘palavras’ de Deus”, afirma Marten H. Woudstra. 

2. Deus é fiel apesar das circunstâncias desfavoráveis: Mesmo quando tudo parece não se encaixar com a promessa divina, Deus continua no controle. Foi assim para Israel mesmo tomando posse da promessa e é assim ainda hoje. “Na presente era de insegurança e medo, de problemas e desafios atordoantes no mundo inteiro, a necessidade primária é pôr em evidência a verdade da fidelidade eterna de Deus, conforme exposta no livro de Josué... Israel ainda passaria por tempos muitos perigosos. Exércitos inimigos assolariam a terra. A apostasia campearia frequentemente. Ainda lhe aconteceriam ruína, deportação e cativeiro. Naqueles dias, os fiéis precisavam conhecer a alegre palavra de que Deus Se mantém fiel à palavra dada”,  diz Marten H. Woudstra. Nos complexos dias atuais, também precisamos da teologia e da mensagem do livro de Josué. Mesmo que estejamos sofrendo neste mundo após a vitória de Cristo na cruz sobre o pecado e o diabo e Sua ressurreição vitoriosa sobre a morte; e, ainda que enfrentemos experiências desafiadoras conforme as revelações do Apocalipse, certamente chegaremos e desfrutaremos do Novo Céu e Nova Terra, e da Cidade Santa, a Nova Jerusalém (Apocalipse 21:1-2).

3. Deus é um Ser que pretende relacionar-Se conosco: Deus é fiel para conosco e deseja que lhe sejamos fieis também, comprometidos com Ele. Deus espera de nós lealdade, amor, temor; espera que guardemos aos Seus mandamentos e acheguemo-nos intimamente a Ele (Josué 22:5; 24:15).

IV. DEUS É SANTO, INTOLERANTE AO PECADO, MESMO ASSIM OFERECE MISERICÓRDIA AO PECADOR ARREPENDIDO (Josué 7; 24:19):

1. Santidade não combina com pecaminosidade: A santidade de Deus é percebida no episódio em que Acã havia pecado. A perversidade desse indivíduo levou Israel a perder a batalha contra os habitantes de Ai (Josué 7). Deus não tolera o pecado; e, por isso, Josué teve de tratá-lo de forma radical no arraial para que Seu povo voltasse a contar com as Suas bênçãos.

2. A santidade de Deus não O impede de atuar entre Seu povo: Prestar culto diante de um Deus santo e zeloso é impossível (Josué 24:19). Contudo, Ele é o Deus que, sob o emblema da Sua arca da aliança marcha adiante de Seu povo nas águas do rio Jordão (Josué 3:3, 14-16). Mas, para isso, Ele pede que Seu povo se santifique (Josué 3:5).

3. Embora seja santo, Deus pretende salvar pecadores: É evidente no livro de Josué que Deus é intolerante ao pecado, mas não é intolerante aos pecadores que se arrependem de seus pecados. Embora seja santo, Deus poupou a prostituta Raabe da destruição que caiu sobre os cananitas (Josué 2 e 6), deixando claro que Ele é misericordioso para quem quer que se voltar para Ele com fé, confiando em Sua infinita misericórdia.

CONCLUSÃO:

1. Conhecer a Deus é ponto fundamental de salvação e Satanás sabe disso: Não podemos perder o foco quando estudamos a Bíblia; Jesus, antes de Seu sacrifício de amor pela humanidade, orou ao Pai dizendo: “Esta é a vida eterna: Que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste” (João 17:3).

2. Conhecer a Deus é o que Satanás não deseja para nós: O Diabo quer perverter nossos conceitos sobre o verdadeiro Deus. “A Palavra de Deus revela o Seu caráter. Ele mesmo proclamou Seu amor infinito e Sua misericórdia... Apesar de todas as evidências, o inimigo do bem cegou o entendimento dos homens, de maneira que foram levados a olhar a Deus com medo, considerando-O severo e inflexível. Satanás levou as pessoas a imaginar Deus como um Ser, cujo principal atributo fosse a justiça sem misericórdia, um rigoroso juiz, um credor exigente e cruel. Retratou o Criador como alguém que fica espreitando desconfiado, procurando sempre descobrir os erros e pecados dos homens, para castigá-los em Seus juízos. Foi para apagar essa negra sombra, revelando ao mundo o infinito amor de Deus, que Jesus veio viver entre os seres humanos” (Ellen White, Caminho a Cristo, p. 10-11).

3. Conhecer a Deus é tão importante que devemos colocar esse propósito como prioridade: O profeta Oseias apelou: “Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lO. Tão certo como nasce o sol, Ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra” (Oséias 6:3).

APELO:

1. Estude a Bíblia para conhecer melhor a Deus a fim de não ser moldado pelas influências do diabo.

2. Assuma compromisso sério com o Deus da Bíblia sendo leal a Ele durante toda a tua vida.

3. Creia que Deus está no controle de toda a história, e em breve nos levará não à Terra Prometida aguardada por Israel, mas ao Novo Céu e Nova Terra, preparados para os fiéis.

Pr. Heber Toth Armí.

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