sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

ARGUMENTOS A FAVOR DA SOBERANIA DE JESUS

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Hebreus 1:1-3

1. O livro de Hebreus apresenta Jesus após a Sua vitória na cruz, depois de ter ressuscitado e retornado aos Céus, destacando Sua superioridade:

a) Jesus é superior aos profetas do Antigo Testamento, Sua revelação sobre as coisas espirituais são mais abrangentes que a dos profetas (Hebreus 1:1-3).

b) Jesus é superior aos mais fortes e poderosos anjos de Deus (Hebreus 1:4-2:18).

c) Jesus é superior a Moisés, o maior líder do Antigo Testamento (Hebreus 3:1-4:16).

d) Jesus é superior ao Sumo Sacerdote Arão, o mais respeitado dos Sumos Sacerdotes do Antigo Testamento (Hebreus 5:1-8:5).

2. O livro de Hebreus nos oferece uma teologia e cristologia abrangente: “Esta epístola assemelha-se mais a um tratado teológico do que a uma carta [...]. A primeira parte da epístola não difere de um tratado teológico e veemente” (Siegfried J. Schwantes).

3. O livro de Hebreus é tão atual hoje como o foi ao ser escrito: “A mensagem de Hebreus ainda é importante para a igreja atual. A epístola demonstra que a teologia bíblica é importante na pregação e também para atender às necessidades humanas [...]. Hebreus é vital por suas afirmações específicas sobre o santuário e ministério celestial ministrado por Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote” (William G. Johnsson).

I. A SUPERIORIDADE DE JESUS SE DÁ PELO FATO DELE SER O FILHO DE DEUS – Hebreus 1:2

1.   O fato de Jesus ser chamado Filho de Deus não quer dizer que Ele não seja eterno. É preciso ler a Bíblia atentamente para não cair nas absurdas heresias que o livro de Hebreus combate em suas páginas.

2.  O fato de Jesus ser identificado como Filho de Deus enfatiza a Sua essência, não Seu início. Aliás, em nenhum momento o texto indica estar se referindo a algum tipo de início de Cristo; aliás, tudo o que existe no Universo é iniciado por Ele.

3.  O fato de Jesus ser reconhecido como Filho de Deus destaca Sua superioridade sobre a revelação transmitida e escrita pelos profetas inspirados pelo Espírito Santo. Por tão boa que fosse a revelação dos profetas, a de Jesus é melhor; Ele é a própria revelação, a autoridade máxima da revelação; por isso, Ele é superior.

II. A SUPERIORIDADE DE JESUS É DEVIDO À HERANÇA QUE ELE HERDOU – Hebreus 1:2

1. Jesus reconquistou o poder que fora dado a Adão e Eva: Após derrotar o usurpador que detinha o poder da morte, Jesus resgatou o mundo e libertou aos seres humanos das grossas correntes do medo da morte (Hebreus 2:14-15); assim, Ele reconquistou os perdidos no pecado, para Si. Os arrependidos e conversos a Cristo são Seus troféus, ou seja, Sua herança que fora sequestrada pelo Diabo (Hebreus 12:1-2; conf. Isaías 53:10-12).

2. Jesus assume o governo de Adão e Eva que fora perdido com a queda: Deus fez os seres humanos para representá-Lo no Planeta Terra administrando tudo no lugar de Deus (Gênesis 1:26-28; 2:15-18; Salmo 8:1-9). Satanás tomou o governo das mãos de Adão e Eva; porém ao vencer o mal e ressurgir da morte, Jesus assumiu toda autoridade tanto no Céu quanto na Terra (Mateus 28:18; Apocalipse 1:17-18).

3. Jesus submeteu-Se para ser exaltado, Sua humilhação Lhe rendeu o nome sobre todo nome: Pelo sacrifício humilhante e degradante, Jesus foi exaltado pelo Pai Celestial “à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos Céus, na Terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus é Senhor para a glória de Deus Pai!” (Filipenses 2:10-11). Como Soberano de todas as coisas, Jesus tornou-Se herdeiro de tudo. Aí encontramos uma das razões de Sua superioridade.

III. A SUPERIORIDADE DE JESUS SE DEVE A SUAS MARAVILHOSAS OBRAS – Hebreus 1:2-3

1. Jesus é o Criador do infinito e vasto Universo: A capacidade de criar sobrenaturalmente é só para Quem possui equivalência com a natureza divina do Pai. Aquele que andou entre os seres humanos, é o Criador dos seres humanos, superior a Moisés, Arão, Maria, João, Pedro e Paulo. Sua superioridade se nota no fato de que “nele foram criadas todas as coisas nos Céus e na Terra, as visíveis e invisíveis, sejam tronos sejam soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele” (Colossenses 1:16).

2. Jesus é o esplendor da esplendorosa glória de Deus: Embora “os Céus declaram a glória de Deus”, e “o firmamento proclama a obra das Suas mãos” (Salmo 19:1), Jesus estava no princípio de tudo com Deus; contudo, tornou-Se carne a fim de que vejamos a Sua glória e a glória do Pai (João 1:1-3, 14).

3. Jesus é a expressão exata da pessoa (ser) de Deus Pai: A declaração de Jesus sobre Si mesmo “quem Me vê, vê o Pai” (conf. João 14:8-11) evidencia Sua equivalência, igualdade e exatidão com a natureza, essência e autoridade em relação a Deus Pai. Por isso, Paulo afirma: “Ele é a imagem do Deus invisível”, e “em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 1:15, 2:9).

4. Jesus é o mantenedor do Universo inteiro: Paulo também afirmou que Jesus “é antes de todas as coisas, e nEle tudo subsiste” (Colossenses 1:17). O mesmo Ser que trouxe a criação à existência através do poder de Suas palavras (Salmo 33:6, 9) mantém tudo em funcionamento ainda hoje. Jesus é poderoso, Ele é o Criador que veio para estar entre Suas criaturas.

5. Ele é o poderoso redentor do miserável pecador: Com a queda da raça humana na desgraça do pecado, surgiu a necessidade de um poderoso salvador. Tal salvador foi representado pelos sacrifícios de cordeiros no Antigo Testamento, por isso no batismo de Cristo, João Batista proclamou ao mundo: “É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Os evangelhos apresentam o que Cristo fez na Terra, e a carta de Hebreus revela o que Ele está fazendo no Céu para salvar o pecador. Na Terra, Ele foi o sacrifício; no Céu, Ele é o Sumo Sacerdote que ministra no Santuário não feito por homens, mas pelo próprio Deus (Hebreus 8:1-2). Assim, Ele está purificando o pecado do crente, e oferecendo-lhe esperança.

6. Ele é o Rei que assentou-Se à direita da Majestade nas alturas: “O ato de Cristo  Se assentar foi formal, uma posse no ofício, uma investidura ou coroação. Foi uma investidura em autoridade, o reconhecimento de Seu direito de exercer a jurisdição. Marcou o começo, não o fim, de Sua atividade como Mediador. É o equivalente ao selo de Deus sobre Sua obra mediadora. Quando Cristo Se assentou à direita da Majestade, Deus colocou Sua aprovação sobre a obra de Cristo executada na Terra e a aceitou. Deus Se dirigiu a Ele como Sumo Sacerdote e O autorizou, a partir de então, a atuar como Mediador, segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 9:17)” (Comentário Bíblico Adventista).

a) Jesus subiu ao Céu no ano 31 d.C. e assumiu a função de superior Sumo Sacerdote no Lugar Santo do Santuário no Céu, função que visa interceder por aqueles que se aproximam de Deus (Hebreus 7:23-25).

b) Jesus entrou no Lugar Santíssimo no Santuário Celestial no ano de 1844, conforme a profecia de Daniel 8:13-14, atuando como Juiz e Advogado.

c) Jesus deixará o Santuário Celestial ao cumprir Seu ofício nele, e então regressará ao mundo para trazer a plenitude da salvação aos seres humanos (Hebreus 9:27-28).

CONCLUSÃO:

1. O Criador é Jesus, e também a comunicação final de Deus com a humanidade. Ele revela com exatidão e perfeição o maravilhoso caráter de Deus que fora deturpado pelo diabo e seus demônios. A autoridade de Cristo advém de Sua superioridade, da qual nos convida a submetermo-nos a Ele caso queiramos nos livrar das desgraças do pecado.

2. O Criador é Jesus, o qual tornou-Se humano para resgatar pecadores mergulhados na fétida e contaminada lama do pecado. Sua entrega total e humilhação na terrível cruz, fez dEle um poderoso Salvador que anseia o resgate de todo miserável pecador.

3. O Criador é Jesus e também o auge da revelação de Deus, superior a tudo e a todos. Jesus é o Soberano do Universo, que reconquistou o poder do mundo das mãos do nosso Inimigo, acusador e destruidor – Satanás. Nas obras poderosas e vitoriosas de Cristo reside nossa única esperança neste mundo asqueroso.

APELO:

1. Estude a Bíblia para conhecer os maravilhosos atos e planos de Deus por e para você.

2. Medite nos ensinamentos da Bíblia para que você tenha uma visão correta e mais abrangente da pessoa de Deus e de nosso Salvador Jesus Cristo.

3. Receba a Cristo Jesus em tua vida como teu Senhor, Ele é a comunicação da revelação final e perfeita do divino plano restaurador do miserável pecador.

Pr. Heber Toth Armí

domingo, 20 de fevereiro de 2022

MENTIRAS E INVEJAS SE RESOLVEM COM BOA CONVERSA

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Gênesis 26:1-33 

1. Existem sentimentos negativos que interferem nos relacionamentos interpessoais; precisamos identificá-los para lidar corretamente com eles.

2. Existem sentimentos que regem decisões e ações provocando problemas desnecessários, dos quais podemos prevenir ou resolvê-los para desfrutar de uma existência de paz.

3. Existem verdades sobre a falsidade e a inveja que servem de sinais para identificar a raiz dos problemas que muitas vezes nem sabemos suas causas

I. A MENTIRA PODE TER SUAS RAÍZES NO MEDO – Gênesis 26:1-11

1. O medo pode nos levar a imaginar coisas: Mesmo depois de um encontro audível e real com Deus, o qual Lhe fez uma proposta com promessas maravilhosas, Isaque confiou apenas parcialmente nEle. Ele permaneceu no lugar onde Deus lhe indicara, mas dependeu da mentira para preservar a vida. Ele temia dizer que Rebeca era sua mulher pensando que os habitantes de Gerar o matariam para tomar-lhe a esposa. Tal possibilidade estava em sua imaginação; pois, após certo tempo entre eles, concluindo não haver perigo, sentiu-se à vontade para acariciar sua esposa; porém, foi descoberto e questionado suas alegações!

a) A mentira quando descoberta resulta em vergonha a quem mentiu. Isaque foi envergonhado pelos pagãos de Gerar por sua mentira.

b) A mentira nos leva a ser reprovados até mesmo por incrédulos e pagãos. Abimeleque demonstrou possuir um conceito de matrimônio mais elevado e bem mais consistente que o conceito de Isaque.

c) A mentira, quando descoberta, revela nossa fraqueza, preconceito e covardia. Através da mentira, ficou claro que Isaque era medroso, egoísta, preconceituoso, covarde e não confiava totalmente em Deus.

d) A mentira pode esconder atitudes ainda piores: Isaque demonstrou egoísmo ao proteger-se deixando Rebeca vulnerável.

2. O medo pode nos induzir a agir contrário aos princípios do Céu: O Deus que preza pela verdade tem aversão à mentira, cujo pai é o diabo (João 8:44); contudo, Isaque depositou sua confiança na mentira para se proteger do que imaginava poder acontecer-lhe. Isso prova que ao ser movido pelo medo, os crentes podem sacrificar os princípios do céu por princípios do inferno:

a) Quantos filhos mentem para seus pais para não serem disciplinados por algo errado que fizeram?

b) Quantos alunos mentem para os professores ao darem desculpas por não terem estudado para a prova ou por não terem feito a tarefa/tema de casa?

c)  Quantos funcionários mentem a seus superiores para se livrarem das consequências das atitudes comprometedoras?

d) Quantos cônjuges mentem para ocultar verdades que poderiam arruinar a vida por algo que fizeram?

3. O medo pode esconder-se atrás de mentira: O medo pode se esconder. No caso da história de Isaque, ele se escondeu atrás da mentira, mas pode se esconder atrás de qualquer comportamento sem fundamento lógico. O medo pode usar máscaras. Pode fantasiar-se de algo que não é – como fantasiou-se de mentira. O medo nos leva a fazer coisas que em momentos tranquilos não faríamos. O medo nos leva a atos de loucuras! Devemos aprender a lidar com ele para que os planos de Deus para nós não se comprometam por sua causa.

II. A INVEJA SE MANIFESTA ATRAVÉS DE AÇÕES ESTÚPIDAS – Gênesis 26:12-25

1. A inveja se esconde tão bem que certas loucuras praticadas contra alguém são identificadas por qualquer coisa, menos por inveja: Em relação ao medo, a inveja é mais cautelosa, mais sutil e se esconde ainda melhor. Os habitantes de Gerar não mataram Isaque como ele temia. Mas, ao ser ricamente abençoado por Deus, seus vizinhos o invejaram a tal ponto de, absurdamente, enterrarem os poços cavados por seu pai Abraão – úteis durante a seca. A inveja levou o rei Abimeleque a expulsar Isaque de suas terras.

a) A inveja impediu que os habitantes de Gerar procurassem Isaque para conversar sobre qual era seu segredo na produção de alimentos e, manter sua fazenda em meio à seca, em terras áridas.

b) A inveja impediu que os habitantes de Gerar visitassem Isaque para propor-lhe o compartilhamento da água dos poços.

c) A inveja bloqueia a sabedoria e libera a loucura; por isso, em vez de buscarem saber qual era o segredo de Isaque ou pedirem que compartilhasse da água, eles enterraram os poços que abasteciam a fazenda de Isaque e depois o expulsaram de sua terra.

2. A inveja é a motivação de tantos males, que muito se perdem na verdadeira identificação do problema: Várias orquestrações sem explicação lógica acontecem contra alguém, ameaçando o trabalho, a família, os bens e as bênçãos recebidas de Deus obtidas com trabalho árduo. Em casos assim, a única razão lógica é a loucura da inveja agindo disfarçadamente.

3. A inveja rege certas ações infundadas que resultam em rompimento de relacionamentos: Vizinhos e amigos rompem laços de amizades por causa da loucura da inveja. Familiares (inclusive irmãos) não se falam por anos por conta do pecado da inveja. A inveja não apenas fez os contemporâneos de Isaque enterrarem os poços de água em plena seca, mas expulsaram Isaque e sua família de perto deles.

a) Para lidar com a inveja, não se usa a loucura, mas a sabedoria divina encontrada na revelação de Deus em Sua Palavra.

b) Para lidar com a inveja sabiamente, é preciso paciência para não rebaixar o nível usando estratégias bélicas.

III. A MENTIRA E A INVEJA PODEM SER RESOLVIDAS COM BOA CONVERSA – Gênesis 26:8-10, 22-33

1. Reconhecer erros, identificar a raiz do problema, e confessar a motivação para mentir, ajudam na resolução de problemas causados pela mentira: Isaque foi descoberto e desmascarado (Gênesis 26:9). A mentira tem pernas curtas. Os habitantes de Gerar questionaram Isaque, indagaram sobre a razão de sua mentira; ele respondeu explicando sobre o medo que ele criou em sua imaginação. Ao confessar suas motivações, o problema se resolveu; então, um decreto de proteção foi elaborado em prol de Isaque e Rebeca (Gênesis 26:11).

2. Aceitar a intenção de reconciliação do inimigo, sem esperar perfeição, favorece a reconciliação: Após Isaque ter sido prejudicado pelos habitantes de Gerar e ser expulso pelo rei Abimeleque de seu lugar, o rei foi procurá-lo na companhia de seu amigo Ausate e Ficol, chefe de seu exército, visando a reconciliação. Toda aquela tensão resultou em uma festa após uma boa conversa de Isaque com seus ex-inimigos, mesmo sem assumirem culpa alguma.

a) A melhor forma de acabar com inimizades é tornar os inimigos em amigos.

b) A melhor forma de resolver problemas causados pela inveja, é sendo paciente, gentil e evitando conflitos desnecessários.

c) A melhor forma de lidar com pessoas invejosas é testemunhando de Deus, levando pagãos e incrédulos a perceberem que as bênçãos da vida é resultado da intervenção de Deus.

CONCLUSÃO:

1. Precisamos aprender a arte de conversar para resolver problemas interpessoais causados por medos e invejas.

2. Precisamos aprender a ler a Bíblia para distinguir nossas fraquezas, medos e máscaras que causam problemas em nossos relacionamentos com pessoas a nossa volta.

3. Precisamos aprender a conversar com habilidade que não promova problemas, mas que os resolva a fim de celebrar a paz.

APELO:

1. Busque a paz usando habilmente a arte da comunicação.

2. Busque ter bons relacionamentos resolvendo problemas, não causando-os.

3. Busque viver a sabedoria prática neste mundo tomado pela loucura da inveja e da mentira.

Pr. Heber Toth Armí

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