A garantia de “um amanhã da ressurreição” está na certeza de que Cristo morreu e ressuscitou, criando assim essa maravilhosa possibilidade à humanidade.
Se Cristo não tivesse ressuscitado, todos os cristãos teriam perdido tempo ao acreditar na mensagem do cristianismo, teriam vivido por nada e morrido por nada! Tudo não passaria de uma grandiosa ilusão, uma decepcionante fatalidade. Porém, como Cristo ressuscitou, se negarmos a ressurreição dos mortos, estaremos negando o evangelho, e também estaremos desacreditando a ressurreição de Cristo! Acreditar na ressurreição é essencial à fé cristã! Se o evangelho não garante a ressurreição dos mortos, de que valeu Jesus ter morrido e voltado à vida?
Quanto maior nossa confiança na soteriologia, maior será nossa esperança na escatologia!
A Lei revela o pecado, o pecado nos conduz à morte; porém, Jesus, com Sua morte substitutiva, nos concede a vitória total sobre a morte! Não agora, mas na Sua esplendorosa segunda vinda a este planeta! Diante da morte, os olhos da fé se erguem para além das circunstâncias terrestres, possuindo uma percepção de uma perspectiva positiva no futuro: Os mortos ressuscitarão! Assim, ainda que seja real nos despedirmos dos mortos, a saudade durará pouco tempo; pois, em breve, na segunda vinda de Cristo, nos despediremos da morte para sempre!
Na segunda vinda de Cristo, em vez de nos despedirmos dos mortos, nós, juntamente com os recém ressuscitados, nos despediremos da morte!
Cada funeral ou enterro em que participamos ou cada vez que entremos em um cemitério, nossa mente deveria avivar a crença de nosso coração em relação à história do pecado e conscientizar-nos de que essa história logo chegará ao fim. Jesus veio a este mundo, nasceu, cresceu, amou, confiou, obedeceu, curou, ensinou, pregou, Se entregou, Se humilhou, morreu, ressuscitou, venceu, foi assunto ao Céu obtendo autoridade para dar um basta no pecado e suas terribilíssimas consequências – dentre as quais está a morte!
Pelo fato de Cristo ter vencido à morte em Sua primeira vinda, Ele tem condições de chamar os mortos à vida em Sua segunda vinda!
O revestir-se de imortalidade no dia da vinda de Cristo, implica que a imortalidade não é inerente ao ser humano: Somos todos mortais, aguardando em Cristo a imortalidade que não possuímos. Não é possível adentrarmos na eternidade com nosso corpo terrestre e pecaminoso (mortal). É imprescindível uma transformação, mas sem perder a essência e a personalidade do nosso ser.
Nos convêm apegarmo-nos à Palavra de Deus e levar à sério às promessas que ela contém. O retorno de Cristo será tão real quanto Sua primeira vinda; Seu poder para ressuscitar os mortos é tão literal quanto Sua vitória sobre a morte; consequentemente, Seus planos de transformar mortos e vivos devem estar em nosso coração produzindo esperança e certeza! Tão certo quanto Cristo viveu, morreu e tornou à vida, a morte de um cristão não é o ponto final de uma história, é uma vírgula para uma nova história em um reino de glória! A ressurreição de Cristo nos dá a certeza de que os que morreram em Cristo irão ressuscitar em Sua segunda vinda!
I Coríntios 15 é um capítulo de esperança a todo aquele que viu ou vê partir um ente querido que confiou no sacrifício e mérito de Cristo.
O pecado e a morte vieram por meio de Adão; a salvação e a ressurreição para a vida eterna vêm por meio de Cristo. Portanto, em Cristo temos um futuro seguro!
A fim de que você possa estudar esse tema, e encher teu coração de fé viva e esperança real, leia e analise I Coríntios 15, do qual deixo um esboço a você:
1. Prólogo: O cristianismo é um convite a crer e a pregar a real e sobrenatural ressurreição de Cristo (considere os versículos de 1 a 11).
2. Note as consequências de acreditar que a ressurreição de mortos não é real (assimile a mensagem dos versículos 12 a 19).
3. Perceba as desvantagens de duvidar de que as ressurreição dos mortos ocorrerá (examine os versículo 29 ao 34).
4. Observe as vantagens de acreditar na ressurreição dos mortos não como uma possibilidade abstrata, mas como uma certeza absoluta (estude os versículos 35 ao 49).
5. Epílogo: O cristianismo é um convite a aguardar a transformação sobrenatural que acontecerá no final de nossa história de sofrimento (analise atentamente os versículos 50 ao 58).
Antes de encerrar esta reflexão, acrescento uma nota do Dr. Samuele Bacchiocchi, do seu livro “Imortalidade ou Ressurreição?”, onde diz, na página 18 e 19 que: “No Novo Testamento a parousia ressalta uma consumação final realizada por um movimento de descida de Cristo à humanidade, antes que de almas individuais subindo até Ele. A esperança do advento não é uma vaga expectativa sem nexo, mas um encontro verdadeiro sobre a Terra entre os crentes incorporados e Cristo no glorioso dia de Seu retorno. Por ocasião dessa reunião real ocorrerá uma transformação que afetará a humanidade e a natureza”.
É importante e vale a pena estudar com
atenção e aprofundar-se na doutrina da ressurreição, ainda mais porque em nossa
sociedade evangélica secularizada com filosofias pagãs, a grande expectativa da
realidade da ressurreição, foi “obscurecida
e eliminada com a crença da imortalidade individual e ventura celestial
imediatamente após a morte”, alerta Bacchiocchi.
Pr. Heber Toth Armí.
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