Na teologia cristã tradicional, o ser humano é visto como liberto na morte; na Bíblia, por outro lado, diz que o pecador é salvo na redenção oferecida por Cristo, e será salvo da morte na segunda vinda de Cristo – nunca na morte!
Na morte ou da morte?
Para acreditar que a pessoa é salva na morte, é necessário desconsiderar a crença de que existe um dia específico no calendário de Deus para julgar vivos e mortos; é necessário ignorar doutrinas básicas reveladas na Bíblia, tais como a segunda vinda de Cristo e a ressurreição dos mortos, entre outras.
A ideia de que a pessoa é salva na morte surgiu devido ao sincretismo doutrinário; isto é, mistura de doutrinas cristãs com filosofias pagãs, crenças puras com concepções espúrias.
Como isso aconteceu?
Com o passar dos anos, a igreja cristã tradicional foi acrescentando ideias greco-romanas às doutrinas eclesiásticas. Consequentemente, inúmeros cristãos de hoje creem em uma libertação na morte, ofuscando assim uma libertação da morte!
A Bíblia trata a morte como inimiga da vida e do Autor da vida, que é Jesus; a morte não é o meio de obter vida, não é a porta de entrada para o Paraíso, muito menos Portal do Céu. Como pode a consequência final do pecado (que é a morte) ser a recepção (as boas-vindas) para vida eterna?
Estude I Coríntios 15:1-58 com afinco, desprovido das ideias pagãs pré-concebidas e você verá quantas incoerências existem na teologia de muitas denominações que afirmam ser cristãs. Faça isso com muita oração e dependência total do Espírito Santo e verás que muitas crenças consideradas cristãs são, na verdade, pagãs.
I Coríntios 15 mostra Paulo argumentando com base na historicidade e biblicidade da ressurreição de Cristo para demonstrar o cuidado que se deve ter com respeito à espiritualização do evangelho (vs. 1-4). Para a mentalidade grega, o corpo humano era como que o túmulo da alma; contaminado com esta filosofia, muitos cristãos tendem a crer que na morte acontece a libertação da alma. Em contraste, Paulo afirma que na ressurreição, os crentes que estiverem mortos, ressuscitarão com corpo material, embora, transformado. Estude mais para que estejas bem informado, e não sejas enganado!
“O último inimigo a ser destruído é a morte” (v. 26). Por ser a morte um inimigo, a pessoa que receber a vida eterna precisará ser liberta da morte, não liberto na morte! A morte nunca se tornou positiva, nem mesmo após a morte e ressurreição de Cristo. A morte sempre esteve contra a vida e contra os seres humanos. “Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (v. 54).
A morte de Jesus é a garantia de que os mortos em Cristo serão libertos da morte no dia da volta de Jesus, não no dia de nossa morte! Nesse capítulo extraordinário de Paulo, o apóstolo trata com profundidade e maestria a questão da libertação da morte:
1. ...Falando da esperança certa da ressurreição do corpo, não da libertação no corpo. Não há necessidade de sermos libertos do corpo; por outro lado, nosso corpo precisa e será liberto da morte e experimentará a imortalidade. Ao ressuscitar, Jesus tornou-Se as primícias dos que dormem; ou seja, a ressurreição de Cristo é a garantia da ressurreição dos cristãos mortos (vs. 16-20, 53-55).
2. ...Falando da futuricidade do evento em que ocorrerá a ressurreição do corpo (da morte para a vida), não de uma libertação da alma do corpo quando morre. A libertação da morte para o cristão não acontece na morte, acontece na ressurreição. A morte não é positiva, ela é inimiga – sempre foi! A ressurreição do corpo será a vitória sobre a morte, a qual se dará no dia do segundo advento de Cristo (vs. 23, 50-57).
A certeza da ressurreição de Jesus, que garante a ressurreição dos cristãos mortos, é o que nos dá vitalidade e eficiência na existência cristã no presente. Essa certeza deve ser produzida pelo Espírito Santo, que inspirou Paulo a escrever o que escreveu. A certeza da promessa da ressurreição serve de motivação frente a quaisquer provações que nos assolam neste mundo.
O cristão deve viver motivado, não para aguardar a morte, mas, mesmo sabendo que pode morrer, vive evangelizando intensamente, aguardando a ressurreição (vs. 10-11, 30-33, 58). A morte é consequência do pecado, a ressurreição é consequência do plano da salvação provido por Cristo. O evangelho não foca nossa esperança na morte, mas para além da morte; pois, a ressurreição será fato para todo cristão que passar pela fatalidade da morte.
Devemos procurar entender o significado da frase: “O aguilhão do pecado é a morte” (v. 56), para ficar claro que, com a ressurreição dos cristãos mortos, poderá ser dito: “Tragada foi a morte pela vitória” (v. 54); para que, no dia da segunda vinda de Cristo, possam, os vivos transformados e os mortos ressuscitados vibrarem bem forte, como num estrondoso brado de guerra, entusiasmados: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (v. 55).
Não podemos negligenciar a Palavra de Deus, pois, se o fizermos, mergulharemos em fantasiosas especulações, diminuiremos nosso compromisso com a verdade da revelação divina, e, por fim, nos perderemos do foco da salvação. Observe atentamente essas perguntas tendo em vista o capítulo em foco:
1. Se a libertação acontece na morte, como e quando vibrar gritando as palavras de I Coríntios 15:55?
2. Se a libertação acontece na morte, quando seremos libertos da morte conforme aponta a doutrina bíblica da ressurreição?
3. Se a libertação acontece na morte, conforme reza a crença popular, por que as pessoas choram nos funerais em vez de vibrarem conforme indica o texto bíblico?
Que a incoerência de crenças espúrias, as quais trazem como consequência contradições doutrinárias, nos leve a um aprofundamento bíblico, a fim de que haja esperança genuína em nossa mente e em nosso coração! A correta compreensão da ressurreição dos mortos é uma das verdades cruciais da verdadeira religião cristã. Desta forma, pior que estar embriagado com bebidas alcoólicas, é estarmos embriagados com drinques do inferno, taças de vinho cheias de ensinamentos falsos, contrários à Bíblia (v. 34).
Precisamos cuidar para que influências externas não nos levem a uma fé que seja vã (v. 14), sem sentido, e desprovida de ensinamento bíblico (vs. 3-4). Desprezar a ressurreição com a crença de que a libertação seja na morte e não da morte, equivale a desprezar a ressurreição de Cristo (vs. 2, 13).
Jesus morreu e ressuscitou (v. 20)... por isso, os crentes que morrerem certamente ressuscitarão! (veja os vs. 21-23). Diante disso, aguardemos esta promessa! Descansemos nessa certeza! E, avancemos confiantes rumo ao futuro!
Pr. Heber Toth Armí
1 Comentários
Oi boa tarde Pastor Heber. Tudo bem? Sou brasileiro, carioca e quero apresentar o meu Blogger de Viagens e turismo. Novos amigos são bem vindos, não importa a distância. Gostaria de lhe convidar a seguir o meu Blogger. Sou o seguidor número 508. Espero um dia conhecer Santo Antônio da Patrulha, Osório e o litoral gaúcho para tirar fotos do meu Blogger. Sou evangélico também.
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