E... SE JESUS NÃO RESSUSCITOU!

Crenças equivocadas sempre surgiram na história da humanidade. Heresias sempre brotaram na mente fértil de muitos pecadores que buscam promover o seu eu. A apologética sempre foi essencial na história da Igreja Cristã. Tome como exemplo I Coríntios 15.

Quando o apóstolo Paulo combateu as crenças e ideias equivocadas relacionadas à ressurreição em I Coríntios 15, ele argumentou sobre a condição do pecador no presente, caso Cristo não tenha ressuscitado. Observe atentamente suas indagações:

1. “Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não existe ressurreição de mortos?” (v. 12).

2. “Se não há ressurreição dos mortos, então nem mesmo Cristo ressuscitou” (13).

3. “E, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm” (v. 14).

4. Se Cristo não ressuscitou, continua o apóstolo, “seremos considerados falsas testemunhas de Deus, pois contra Ele testemunhamos que ressuscitou a Cristo dentre os mortos” (v. 15).

5. “Mas, se de fato os mortos não ressuscitam, Ele [Deus] também não ressuscitou a Cristo” (v. 15).

6. “Pois, se os mortos não ressuscitam, nem mesmo Cristo ressuscitou” (v. 16).

7. “E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados” (v. 17).

8. “Neste caso”, se Cristo não ressuscitou, “também os que dormiram em Cristo estão perdidos” (v. 18).

9. “Se é somente nesta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão” (v. 19).

10. “Se não há ressurreição, que farão aqueles que se batizam pelos mortos?” (v. 29).

11. “Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que se batizam por eles?” (v. 29).

12. “Também nós”, se Cristo não ressuscitou, “por que estamos nos expondo a perigos o tempo todo?” (v. 30).

13. “Se foi por meras razões humanas que lutei com feras em Éfeso, que ganhei com isso”, se Cristo não ressuscitou?” (v. 32).

14. “Se os mortos não ressuscitam, ‘comamos e bebamos, porque amanhã morreremos’” (v. 32).

Ao ler e reler estas citações, ao refletir e meditar nestes argumentos inspirados, e depois de observar a sociedade ao meu redor, sondar o comportamento dos que afirmam ser cristãos, a ideia que parece sobressair das atitudes humanas, de homens e mulheres, de crianças e idosos, de crentes e descrentes, no geral, é que a doutrina da ressurreição não os afeta. Então eu pergunto, até que ponto as pessoas acreditam mesmo na ressurreição, seja ela de Cristo ou dos mortos cristãos na segunda vinda de Cristo?

Diante dos questionamentos incrédulos dos crentes, “a resposta de Paulo, o resultado de convicções inabaláveis e de argumentação lúcida, demonstra a posição de importância que essa doutrina ocupa na fé cristã. Levando-se em consideração, a ressurreição histórica de Cristo (vs. 3-11), a sua negação não apenas relega o Messias ao túmulo de um mártir, mas torna a fé inútil, o pecado triunfante e a esperança da glória um mito desprezível (vs. 12-19). Em termos de verdade objetiva, o Cristo ressurreto dos mortos dá a garantia para a ressurreição humana, a vitória sobre a morte, a subjugação do mal e a capacitação diária para o serviço cristão (vs. 20-34)” (Paul W. Marsch, Comentário Bíblico NVI, p. 1917).

Paulo é enfático e contundente, ele declara convincentemente: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram” (v. 20).

Sendo que de fato Cristo ressuscitou, é preciso considerar suas implicações: 

1. Se Cristo ressuscitou deve-se evitar associação com aqueles que deturpam ou negligenciam a crença na doutrina bíblica da ressurreição: Por que afastar-se destas pessoas? O versículo 33 apela: “Não se deixem enganar: ‘As más companhias corrompem os bons costumes’”. Andar com hereges e incrédulos pode levar ao naufrágio da fé, a apostasia da verdade. Então, antes que percas a fé e te afastem da verdade, é melhor perder algumas péssimas amizades.

2. Se Cristo ressuscitou, nosso comportamento deve ser impactado e alterado pelo poder do evangelho, o qual tem como base esse fato: Por isso o apóstolo inspirado apelou: “Como justos, recuperem o bom senso e parem de pecar [quanto à incredulidade na ressurreição]; pois, alguns há que não têm conhecimento de Deus; digo isso para vergonha de vocês” (v. 34). Este provérbio [as más conversações corrompem os bons costumes], “era um provérbio grego comum, usado aqui para estimular os coríntios a não pecar [em relação à incredulidade e corrupção da doutrina da ressurreição] e não seguir o caminho daqueles que vergonhosamente não têm conhecimento de Deus. Como diria o provérbio do povo akan, de Gana: ‘Alguns tipos de mandioca não são bons para cozinhar’” (Darchollom Datiri, Comentário Bíblico Africano, p. 1432).

3. Se Cristo ressuscitou, os cristãos devem manter-se firmes sem que nada os abale (v. 58). A fé de quem acredita na ressurreição de fato deve ser firme e inabalável frente a qualquer situação, seja esta de desafio da fé por parte de questionadores incrédulos ou frente às adversidades enfrentadas neste mundo de oposição, injustiça e martírio.

4. Se Cristo ressuscitou, devemos atender ao apelo com o qual Paulo encerra o capítulo: “Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (v. 58). A mesma certeza que motivava o apóstolo a perseverar na missão evangelística, deveria motivar aos cristãos fieis à doutrina da ressurreição a se envolverem efusivamente na evangelização: “Também nós, por que estamos nos expondo a perigos o tempo todo? Todos os dias enfrento a morte, irmãos, isso digo pelo orgulho que tenho de vocês em Cristo Jesus, nosso Senhor” (vs. 30-31).

Anima-te! Levante a cabeça, pois, “Paulo afirma que a ressurreição dos justos com corpos glorificados não é só possível, mas de fato acontecerá”, por isso, vale a pena qualquer investimento ou risco. “Essa é uma das verdades mais encorajadoras aos que lutam contra uma enfermidade e que temem a morte” (Comentário Bíblica Adventista, v. 6, p. 891).

Ao escrever sobre isso, tenho como objetivo fortalecer a tua fé, tua convicção na ressurreição e, te incentivar a um maior envolvimento na missão de testemunhar incansavelmente da ressurreição de Cristo – a qual é a garantia da ressurreição dos cristãos mortos, a qual se dará na segunda vinda de Cristo (v. 23).

Pr. Heber Toth Armí

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