quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

LIVROS LIDOS, SUBLINHADOS E ESTUDADOS EM 2020

Este ano de 2020 não foi fácil. Foi necessário reinventar, ser criativo, e, consequentemente, o trabalho pastoral não foi dobrado, na verdade foi triplicado. Contudo, não me abdiquei do crescimento intelectual; por conseguinte, li atentamente a 40 livros, cujos títulos listo abaixo:

1.        Desenvolva o Hábito da Leitura e Aumente a sua Inteligência, por Marco César e Marisandra Mezzomo. Passo Fundo, RS: Gráfica e Editora Pe. Berthier, 1997. 1ª edição (134 páginas).

2.       Neemias: Um modelo de liderança, por Gene A. Getz. São Paulo: Mundo Cristão, 2003. 1ª edição (224 páginas) – Série Homens de Caráter.

3.       Profetas e Reis, por Ellen G. White. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1996. 4ª edição (752 páginas).

4.       Hermenêutica Avançada: Princípios e Processos de Interpretação Bíblica, por Henry A. Virkley. São Paulo: Editora Vida, 2002. 1ª edição (198 páginas).

5.       O Pastor na Modernidade Líquida: Como sobreviver a esta era e ter um ministério duradouro, por Marcos Kopeska. Curitiba, PR: Editora Schütz, 2018. 1ª edição (104 páginas).

6.       Quatro Homens, Um Destino, por Hernandes Dias Lopes. São Paulo, Hagnos, 2008. 1ª edição (118 páginas).

7.       Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, por C. Mervyn Maxwell. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2002. 2ª edição (234 páginas).

8.      Prazer em Conhecer Ellen White: Quem ela foi, o que fez e a diferença que faz, por George R. Knight. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2018. 1ª edição (150 páginas).

9.       O livro de Daniel: Uma profecia para nosso tempo, por Elias Brasil de Souza. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2019. 1 adição (136 páginas).

10.  Música, Adventismo e Eternidade, por Dario Pires de Araújo. São Paulo: Impressões Gráficas Alfa, 1989. 1ª edição (85 páginas).

11.    A Segunda Vinda de Jesus: Nossa grande esperança, por Hernandes Dias Lopes. São Paulo: Hagnos, 2010. 1ª edição (112 páginas).

12.   A Ressurreição de Cristo, por Og Mandino. Rio de Janeiro, Editora Record, s/d. 1ª edição (270 páginas).

13.   Testemunhas Oculares: Histórias de pessoas que conheceram Ellen G. White e creram em seu dom, por Herbert E. Douglas. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011. 12ª edição (142 páginas).

14.   Deus no Banco dos Réus: Culpado ou inocente?, por José Pereira. São Paulo: Scortecci, 2007. 2ª edição, atualizada (160 páginas).

15.   Visões do Céu: Revelações sobre nosso futuro glorioso, por Ellen G. White. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2006. 1ª edição (192 páginas).

16.   Como Jesus Lia a Bíblia: Uma leitura transformadora da Bíblia a partir da hermenêutica de Cristo, por Adolfo S. Suárez. Engenheiro Coelho, SP: Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 2018. 1ª edição (168 páginas).

17.   Donde Está Dios en un Mundo con Coronavirus? Por John Lenox. Colômbia: Poiema Lectura redimida e Sociedad Bíblica Argentina, 2020. 1ª edição (92 páginas).

18.  Primeiro o Reino de Deus: A história de Geraldo Marski, por Odete G. Lima. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1997. 3ª edição (146 páginas).

19.   Coronavirus y Cristo, por John Piper. Colombia: Poiema Publicaciones, 2020. 1ª edição (e-book, 110 páginas).

20. O Santuário e as Três Mensagens Angélicas: Fatores integrativos no desenvolvimento das doutrinas adventistas, por Alberto R. Timm. Engenheiro Coelho, SP: Imprensa Universitária Adventista – UNASPRES, 2002. 4ª edição (236 páginas).

21.   O Apocalipse Revelado, por Roy Allan Anderson. Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1977. 1ª edição (242 páginas).

22.  Justiça Sem Lei: A melhor notícia para o pecador, por José Pereira. São Paulo: Scortecci, 2018. 1ª edição (98 páginas).

23.  Como entender a Bíblia: A arte de interpretar a Palavra, Frank e Michael Hasel. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2019. 1ª edição (112 páginas).

24.  Observações sobre as profecias de Daniel e Apocalipse de João, por Sir Isaac Newton. Traduzido da edição inglesa de 1733 por Julio Abreu Filho. E-book (276 páginas).

25.  Cristianismo Sem Cristo: O Evangelho alternativo da igreja atual, por Michael Horton. Cambuci, SP: Cultura Cristã, 2010. 1ª edição (208 páginas).

26.  Ellen G. White: Seu impacto hoje, organizado por Jean C. Zukowski, Adolfo S. Suárez e Reinaldo Siqueira. Engenheiro Coelho, SP: Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 2017. 1ª edição (356 páginas).

27.  Vida no Campo: Um auxílio para a segurança moral e social, por Ellen G. White. Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1975. 1ª edição (36 páginas).

28. Ministério Para as Cidades: Esperança para os centros urbanos, por Ellen G. White. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012. 1ª edição (160 páginas).

29.  A Mensagem Central do Novo Testamento, por Joachim Jeremias. São Paulo: Ed. Academia Cristã Ltda, 2005. 1ª edição (152 páginas).

30. Risco Calculado: Aprenda a decidir com ousadia, por Bem Carson e Gregg Lewis. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011. 1ª edição (256 páginas).

31.    A Cruz antes da Cruz: Uma empolgante investigação do significado das festas e cerimoniais judaicos e seu cumprimento no cristianismo, por José Pereira. São Paulo: Scortecci, 2015. 8ª edição (158 páginas).

32.  Uma Luz que Alumia: Um trabalho feito por amor aos irmãos sinceros das Igrejas das diferentes Reformas, por Orlando G. de Pinho e Adalberto Simon. São Paulo: Indústria Gráfica Val Ltda, 1976. 2ª edição (160 páginas).

33.  Conselhos Sobre Educação, por Ellen G. White. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007. 3ª edição (284 páginas).

34.  1844: Uma explicação simples das principais profecias de Daniel, por Clifford Golstein. Tatuí, SP: Casa publicadora Brasileira, 2018. 7ª edição (80 páginas).

35.  A Maior Esperança: Prepare-se para uma nova vida, pelos pastores Luís Gonçalves e Diogo Cavalcanti. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2019. 1ª edição (80 páginas).

36.  Naum e Sofonias: Justiça e graça, por Hernandes Dias Lopes. São Paulo: Hagnos, 2019. 1ª edição (140 páginas).

37.  Palavras do Fogo: Como ouvir a voz de Deus nos Dez Mandamentos, por R. Albert Mohler, Jr. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. 1ª edição (160 páginas).

38. Eu Educo, Tu Educas, Ele Educa: E outras conjugações do verbo restaurar, por Gordon Bietz. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2020. 1ª edição (88 páginas).

39.  De Coração a Coração: Meditações diárias, por Zinaldo A. Santos. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2020. 1ª edição (376 páginas).

40. Vivendo Provérbios: Sabedoria divina para os desafios da vida moderna, por Charles R. Swindoll. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2013. 1ª edição (256 páginas).

Foram 7.441 páginas em livros (sem contar revistas e artigos diversos). Publico esta lista visando dois motivos: Te incentivar a ler mais livros, e, também, como dicas opcionais de leituras! Abraço fraternal!

Pr. Heber Toth Armí

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

ENCORAJAMENTO NA CRENÇA DA RESSURREIÇÃO!

A cultura greco-romana desafiava e ainda continua desafiando a crença bíblica no evangelho genuíno. Assim como a igreja de Corinto estava sujeita à invasão de ideias erradas, a igreja de Cristo atualmente também corre risco de alta periculosidade para a verdadeira fé. Consequentemente, muitos crentes de hoje continuam assimilando às suas crenças conceitos errôneos com o nome de “cristianismo”, cujo conteúdo é oriundo do paganismo.

Bem entendida, e destituída de ideias pagãs infiltradas no momento da interpretação bíblica, a doutrina da ressurreição promove motivação diante das situações mais críticas da vida. “A esperança da ressurreição encoraja homens e mulheres a se tornarem cristãos”, destaca David S. Dockery. Por outro lado, destituído da pureza doutrinária da ressurreição, dúvidas sobre esse tema tomam conta dos pensamentos dos cristãos e, o cristianismo torna-se irrelevante aos não cristãos.

Para Paulo, entender corretamente o assunto da ressurreição é relevante ao verdadeiro cristianismo, e essencial para promover verdadeira esperança – a qual nos impulsiona em uma sociedade tão deprimente em que estamos inseridos. Leia todo o capítulo tratando desse assunto em I Coríntios 15, e depois reflita em pelo menos cinco perguntas:

1. Se a alma/espírito não morre, e o corpo é um tipo de prisão para a alma/espírito, como muitos entendem, o que precisa ressuscitar?

2. Se a alma/espírito vai imediatamente ao Céu/paraíso após a morte da pessoa, o quê ou quem Jesus precisará buscar aqui na Terra na Sua segunda vinda?

3. Se a alma/espírito do cristão sobe da Terra para o Céu na hora da morte, como acredita a maioria, por que Jesus deverá descer do Céu novamente à Terra?

4. Se a alma/espírito constitui de eternidade inerente conforme ensinada pela tradição comum do cristianismo, qual a razão de se falar em ressurreição?

5. Se alma/espírito experimenta libertação na morte, e a morte é o caminho para o Céu/paraíso, os crentes não deveriam esperar ansiosamente pela morte como a melhor coisa que pode acontecer?

Para Paulo, a morte não é uma amiga, portanto, não deve ser bem vinda (I Coríntios 15:26). A morte na Bíblia não é vista como algo positivo, mas como um evento negativo. Ela é inimiga da vida, o salário final do pecado (Romanos 6:23), não o portal do Céu – como afirmam não apenas alguns, mas muitos mestres de um cristianismo adulterado.

Observe estes itens, os quais nos levam para longe das ideias pagãos e mais perto das revelações cristãs:

1. A motivação do verdadeiro cristão não deve ser a morte, mas a ressurreição para a vida. Pela graça de Deus, na doutrina da ressurreição baseada na morte e ressurreição de Cristo, encontramos encorajamento para trabalhar incansavelmente em prol da pregação do evangelho (I Coríntios 15:1-11).

2. A motivação do verdadeiro cristão não está nas dúvidas sobre a ressurreição, mas na certeza da revelação divina sobre a ressurreição. A incerteza em relação à ressurreição põe em dúvida o ministério evangelístico, ameaça à fé cristã e enfraquece a esperança no futuro. A verdadeira crença na ressurreição promove o evangelismo, reaviva a fé cristã e fortalece a esperança num futuro promissor (I Coríntios 15:12-19).

3. A motivação do verdadeiro cristão não está na incerteza da ressurreição provida por incrédulos, mas na vitória do Cristo ressurreto. Desde o início do capítulo, Cristo é referência para o apóstolo, cuja ênfase aumenta no decorrer das exposições de seus elaborados e criativos argumento a favor da certeza da ressurreição. A teologia da vitória de Cristo sobre a morte garante um futuro brilhante a todo dependente dEle (I Coríntios 15:20-28).

Saber que os mortos ressuscitarão na segunda vinda de Cristo (v. 23), entendendo que os ressuscitados não terão corpo frágil, desonroso e corruptível, mas espiritual, glorioso, poderoso e incorruptível (vs. 29-57) ao “ressoar da última trombeta” (v. 52), nos encoraja a:

1. Deixar de lado a filosofia humanista imediatista e pessimista do “comamos e bebamos, que amanhã morreremos” (v. 32).

2. Fugir das más conversações que corrompem os bons costumes, dos influentes hereges e dos que deturpam à verdadeira doutrina bíblica da ressurreição (v. 33).

3. Tornar-nos sóbrios, equilibrados e focados como deve ser o cristão, para não cair em tentação, e submergir no mar das ilusões fantasiosas das ideias e conceitos pervertidos que visam solapar nossa fé (v. 34).

4. Sermos firmes e inabaláveis diante das adversidades da vida que tentam minar nossa convicção de que a missão não deve parar, independente de qualquer situação (vs. 58, 10, 30-33).

5. Estarmos cientes de que trabalhar intensamente para o Senhor, confiando perseverantemente no Senhor, será beneficente a cada crente (v. 58).

O evangelho perde seu pleno poder quando a ressurreição é deturpada ou colocada em dúvida. É certo que, se não dermos o devido valor à doutrina bíblica da ressurreição seremos levados a desprezar a pregação, nos desmotivará no cumprimento da missão, além de estagnar nossa fé no Jesus que deu a vida na cruz para nos libertar de nossos pecados; e, também nos roubará a esperança real de vida eterna no lar celestial (vs. 16-19).

A “boa nova sobre a ressurreição é a informação mais interessante sobre o futuro. Ela transforma a vida no presente, enchendo-a de significado e esperança. Por confiar em seu destino, os cristãos já levam um novo estilo de vida. Os que vivem na esperança de partilhar da glória de Deus são transformados em pessoas diferentes. São capazes de regozijar no sofrimento, porque sua vida é motivada pela esperança” (John C. Brunt, Ressurreição e glorificação, em Tratado de Teologia, p. 392).

Por conseguinte, foque na doutrina correta da ressurreição e sinta-se encorajado(a) a viver uma vida diferente daqueles que vivem nesse mundo depravado. Reflita no verdadeiro conceito que a Bíblia apresenta em relação à ressurreição a fim de que a tua vida obtenha uma motivação perseverante e um encorajamento constante nas mais densas lutas que temos de travar em um sociedade moralmente decadente!

Pr. Heber Toth Armí

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

QUE CORPO TERÃO OS JUSTOS RESSUSCITADOS?

A curiosidade humana suscita perguntas, e Deus tem prazer em respondê-las segundo a capacidade que temos de entender. Paulo, em I Coríntios 15, levantou a questão que muitos poderiam estar fazendo em sua época e podem estar se questionando nos dias atuais: “Mas dirá alguém: Como ressuscitam os mortos? Com que corpo vêm?”

Na visão geral do capítulo observa-se pelo menos cinco pontos da revelação divina sobre a doutrina da ressurreição:

1. A ressurreição dos mortos faz parte das doutrinas cristãs; tal crença é verdadeira e nossa esperança, pois Cristo morreu e ressuscitou a fim de dar-nos essa certeza (vs. 1-19).

2. A ressurreição de Cristo é base para acontecer a ressurreição dos cristãos mortos em Sua segunda vinda (vs. 20-23).

3. A ressurreição dos justos está vinculada à consumação escatológica do Reino de Deus (vs. 24-28).

4. A ressurreição de Cristo promove esperança de ressurreição do cristão a tal ponto de motivar a fé em meio ao sofrimento, o afastamento das pessoas com más conversações, a firmeza na fidelidade e o envolvimento na missão (vs. 29-34, 58).

5. A ressurreição de Cristo fala da vitória sobre a morte concedendo vida eterna aos justos que ressuscitarão e aos justos vivos, os quais serão transformados para herdar o Reino de Deus (vs. 50-57).

Após esse apanhando geral, observaremos como será o corpo dos justos ao ressuscitarem:


· O corpo do ressurreto será de natureza espiritual, sem deixar de ser um corpo físico, palpável e visível: As ilustrações das sementes e plantas, das diversas carnes e dos corpos celestes, servem para esclarecer que o corpo na ressurreição manterá as mesmas características originais. Sim, o corpo é semeado corruptível, em desonra e fraqueza e ressurgirá corpo incorruptível, em glória e poder; deixará de ser natural, e tornar-se-á espiritual, mas não deixará de ser físico. O tornar-se espiritual não anula o material, o corpo espiritual continuará sendo físico (vs. 35-49).

 

· O corpo do ressurreto será o mesmo, mas passará por uma misteriosa e miraculosa transformação: A mudança se dará pelo fato de nosso corpo ter sido projetado para um mundo em decomposição e pela natureza corrupta, caída, perversa e pecaminosa que o mal inseriu em nossa carne; por conseguinte, até mesmo os vivos deverão ser transformados para, então, adentrar aos portais do santo Reino de Deus. Tal transformação se dará naqueles que ressuscitarem e nos que nunca experimentarão a morte; contudo, o corpo continuará sendo o mesmo (vs. 50-57). Consequentemente:

 

a) Reconheceremos nossos amados parentes e queridos amigos após a ressurreição e a transformação.

b) Poderemos abraçar os ressurretos e assim matar a saudade provocada pela morte.

c) Poderemos conversar, contar histórias e relembrar as experiências de quando convivemos com nossos conhecidos antes de serem ceifados pela morte.

d) Seremos levados ao Reino de Deus e nunca mais nos despediremos de ninguém num velório, funeral ou cemitério.

Comentando sobre esse magnífico tema, Ellen G. White é bem explícita quanto ao significado da ressurreição. Três citações são de extrema importância para ampliar nossa compreensão. Cada uma das frases a seguir vale nossa total atenção:

1. “A ressurreição de Cristo era um símbolo da final ressurreição de todos quantos nEle dormem. O semblante do Salvador ressurreto, Sua maneira, Sua linguagem, tudo era familiar aos Seus discípulos. Como Jesus ressurgiu dos mortos, assim hão de ressuscitar os que nEle dormem. Reconheceremos nossos amigos, da mesma maneira que os discípulos a Jesus. Talvez hajam sido deformados, doentes, desfigurados nessa vida mortal [mas serão vistos] ressurgindo em plena saúde e formosura; no entanto, em corpo glorificado, será perfeitamente mantida a identidade (1Co 13:12). No rosto, glorioso da luz que irradia da face de Cristo, reconheceremos os traços daqueles que amamos” (Desejado de Todas as Nações, p. 804). 

2. “Os justos vivos são transformados ‘em um momento, em um abrir e fechar de olhos’. À voz de Deus foram eles glorificados; agora se tornam imortais, e com os santos ressuscitados, serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares. Os anjos ‘ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus’. Criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito tempo separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus” (O Grande Conflito, p. 544-545).

3. “Nossas mais acarinhadas esperanças são aqui muitas vezes frustradas. Nossos queridos são-nos tirados de nós pela morte. Fechamo-lhes os olhos e vestimo-lhes a mortalha, depondo-os para além de nossa vista. Mas a esperança nos ergue o ânimo. Não nos separamos para sempre, pois haveremos de rever os queridos que dormem em Jesus. Hão de voltar da terra do inimigo. Virá o Doador da vida. Milhares de santos anjos O escoltarão em Seu caminho. Ele romperá os laços da morte, partirá os grilhões da tumba, e os preciosos cativos sairão, com saúde e imortal beleza [...]. O Doador da vida vem para quebrar as cadeias da sepultura. Ele trará para fora os cativos e proclamará: ‘Eu Sou a ressurreição e a vida’ (João 11:25). Eis ali a multidão ressuscitada! O último pensamento foi o de morte e suas agonias. Os últimos pensamentos que eles tiveram foram os da sepultura e da tumba, mas agora eles proclamam: ‘Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó sepultura, a tua vitória? (1 Cor. 15:55). As agonias da morte foram as últimas coisas que eles sentiram. Quando acordarem, todo o sofrimento terá passado” (Visões do Céu, p 45, 42). 

Vivendo num tempo e numa sociedade tomada pelo pecado, pelo diabo, pelo sofrimento e pela morte, os quais promovem angústias, aflições e desesperos fortes, precisamos reavivar a crença da ressurreição, que os que descansaram em Cristo experimentarão. Na ressurreição, o corpo do ressurreto será o mesmo corpo original, o antigo corpo, porém renovado, restaurado e glorificado – nunca mais sujeito à morte nem inclinado a uma natureza corrupta! Além disso tudo, nos reconheceremos... Graças a Deus!

Pr. Heber Toth Armí

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

E... SE JESUS NÃO RESSUSCITOU!

Crenças equivocadas sempre surgiram na história da humanidade. Heresias sempre brotaram na mente fértil de muitos pecadores que buscam promover o seu eu. A apologética sempre foi essencial na história da Igreja Cristã. Tome como exemplo I Coríntios 15.

Quando o apóstolo Paulo combateu as crenças e ideias equivocadas relacionadas à ressurreição em I Coríntios 15, ele argumentou sobre a condição do pecador no presente, caso Cristo não tenha ressuscitado. Observe atentamente suas indagações:

1. “Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não existe ressurreição de mortos?” (v. 12).

2. “Se não há ressurreição dos mortos, então nem mesmo Cristo ressuscitou” (13).

3. “E, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm” (v. 14).

4. Se Cristo não ressuscitou, continua o apóstolo, “seremos considerados falsas testemunhas de Deus, pois contra Ele testemunhamos que ressuscitou a Cristo dentre os mortos” (v. 15).

5. “Mas, se de fato os mortos não ressuscitam, Ele [Deus] também não ressuscitou a Cristo” (v. 15).

6. “Pois, se os mortos não ressuscitam, nem mesmo Cristo ressuscitou” (v. 16).

7. “E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados” (v. 17).

8. “Neste caso”, se Cristo não ressuscitou, “também os que dormiram em Cristo estão perdidos” (v. 18).

9. “Se é somente nesta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão” (v. 19).

10. “Se não há ressurreição, que farão aqueles que se batizam pelos mortos?” (v. 29).

11. “Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que se batizam por eles?” (v. 29).

12. “Também nós”, se Cristo não ressuscitou, “por que estamos nos expondo a perigos o tempo todo?” (v. 30).

13. “Se foi por meras razões humanas que lutei com feras em Éfeso, que ganhei com isso”, se Cristo não ressuscitou?” (v. 32).

14. “Se os mortos não ressuscitam, ‘comamos e bebamos, porque amanhã morreremos’” (v. 32).

Ao ler e reler estas citações, ao refletir e meditar nestes argumentos inspirados, e depois de observar a sociedade ao meu redor, sondar o comportamento dos que afirmam ser cristãos, a ideia que parece sobressair das atitudes humanas, de homens e mulheres, de crianças e idosos, de crentes e descrentes, no geral, é que a doutrina da ressurreição não os afeta. Então eu pergunto, até que ponto as pessoas acreditam mesmo na ressurreição, seja ela de Cristo ou dos mortos cristãos na segunda vinda de Cristo?

Diante dos questionamentos incrédulos dos crentes, “a resposta de Paulo, o resultado de convicções inabaláveis e de argumentação lúcida, demonstra a posição de importância que essa doutrina ocupa na fé cristã. Levando-se em consideração, a ressurreição histórica de Cristo (vs. 3-11), a sua negação não apenas relega o Messias ao túmulo de um mártir, mas torna a fé inútil, o pecado triunfante e a esperança da glória um mito desprezível (vs. 12-19). Em termos de verdade objetiva, o Cristo ressurreto dos mortos dá a garantia para a ressurreição humana, a vitória sobre a morte, a subjugação do mal e a capacitação diária para o serviço cristão (vs. 20-34)” (Paul W. Marsch, Comentário Bíblico NVI, p. 1917).

Paulo é enfático e contundente, ele declara convincentemente: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram” (v. 20).

Sendo que de fato Cristo ressuscitou, é preciso considerar suas implicações: 

1. Se Cristo ressuscitou deve-se evitar associação com aqueles que deturpam ou negligenciam a crença na doutrina bíblica da ressurreição: Por que afastar-se destas pessoas? O versículo 33 apela: “Não se deixem enganar: ‘As más companhias corrompem os bons costumes’”. Andar com hereges e incrédulos pode levar ao naufrágio da fé, a apostasia da verdade. Então, antes que percas a fé e te afastem da verdade, é melhor perder algumas péssimas amizades.

2. Se Cristo ressuscitou, nosso comportamento deve ser impactado e alterado pelo poder do evangelho, o qual tem como base esse fato: Por isso o apóstolo inspirado apelou: “Como justos, recuperem o bom senso e parem de pecar [quanto à incredulidade na ressurreição]; pois, alguns há que não têm conhecimento de Deus; digo isso para vergonha de vocês” (v. 34). Este provérbio [as más conversações corrompem os bons costumes], “era um provérbio grego comum, usado aqui para estimular os coríntios a não pecar [em relação à incredulidade e corrupção da doutrina da ressurreição] e não seguir o caminho daqueles que vergonhosamente não têm conhecimento de Deus. Como diria o provérbio do povo akan, de Gana: ‘Alguns tipos de mandioca não são bons para cozinhar’” (Darchollom Datiri, Comentário Bíblico Africano, p. 1432).

3. Se Cristo ressuscitou, os cristãos devem manter-se firmes sem que nada os abale (v. 58). A fé de quem acredita na ressurreição de fato deve ser firme e inabalável frente a qualquer situação, seja esta de desafio da fé por parte de questionadores incrédulos ou frente às adversidades enfrentadas neste mundo de oposição, injustiça e martírio.

4. Se Cristo ressuscitou, devemos atender ao apelo com o qual Paulo encerra o capítulo: “Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (v. 58). A mesma certeza que motivava o apóstolo a perseverar na missão evangelística, deveria motivar aos cristãos fieis à doutrina da ressurreição a se envolverem efusivamente na evangelização: “Também nós, por que estamos nos expondo a perigos o tempo todo? Todos os dias enfrento a morte, irmãos, isso digo pelo orgulho que tenho de vocês em Cristo Jesus, nosso Senhor” (vs. 30-31).

Anima-te! Levante a cabeça, pois, “Paulo afirma que a ressurreição dos justos com corpos glorificados não é só possível, mas de fato acontecerá”, por isso, vale a pena qualquer investimento ou risco. “Essa é uma das verdades mais encorajadoras aos que lutam contra uma enfermidade e que temem a morte” (Comentário Bíblica Adventista, v. 6, p. 891).

Ao escrever sobre isso, tenho como objetivo fortalecer a tua fé, tua convicção na ressurreição e, te incentivar a um maior envolvimento na missão de testemunhar incansavelmente da ressurreição de Cristo – a qual é a garantia da ressurreição dos cristãos mortos, a qual se dará na segunda vinda de Cristo (v. 23).

Pr. Heber Toth Armí

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