Ao ler a mensagem
abaixo, você será convidado a uma reflexão profunda, a qual deve impactar
poderosamente a tua vida. Para começar, reflita nestas três perguntas:
1. O
que você entende por libertação em Cristo Jesus?
2. O
que você realmente sabe do verdadeiro evangelho?
3. O
que você vive tem a ver com a libertação bíblica ou ainda vive como escravo do
pecado?
Para entender melhor a
questão da libertação, Neil T. Anderson relata em seus livros o seguinte:
A escravidão foi
abolida nos Estados Unidos pela Décima-Terceira Emenda à Constituição em 18 de
dezembro de 1865. Quantos escravos havia no país no dia 19 de dezembro? Na
realidade nenhum, mas muitos ainda viviam como se fossem escravos. E fizeram
isso porque nunca souberam da verdade. Outros souberam e até acreditaram que
estavam libertos, mas escolheram continuar vivendo como sempre lhes fora
ensinado.
Muitos fazendeiros
ficaram preocupados com a emancipação.
– Estamos arruinados!
A escravidão foi abolida. Perdemos a batalha para manter nossos escravos.
Mas seu principal porta-voz
respondeu astuciosamente:
– Não necessariamente.
Enquanto essa gente pensar que ainda é escrava, a proclamação da emancipação
não terá nenhum efeito prático. Vocês já não têm direito legal sobre essas
pessoas, mas muitas delas não sabem disso. Impeçam que seus escravos descubram
a verdade, e seu controle sobre eles não será contestado.
– Mas, e se a notícia
se espalhar?
– Não se apavorem.
Temos outro trunfo em nossas mãos. Talvez não seja possível que eles ouçam a
notícia, mas podemos ainda impedir que a entendam. Não é à toa que me chamam de
pai da mentira. Ainda temos o potencial de destruir o mundo todo. Apenas digam-lhes
que entenderam mal a Décima-Terceira Emenda. Falem que eles serão libertos, não
que já estão livres. A verdade que ouviram é apenas verdade posicional, não é
uma verdade concreta. Algum dia, talvez, eles recebam os benefícios – mas não
agora.
– Mas eles esperam que
digamos isso. Não acreditarão em nós.
– Então escolham
alguns dentre eles que sejam persuasivos e que estejam convencidos de que ainda
são escravos, e deixem que falem por vocês. Lembrem-se, a maioria desse povo
recém-liberto nasceu na escravidão e viveu assim toda a vida. Tudo o que temos
de fazer é enganá-los para que continuem pensando como escravos. Enquanto eles
continuarem a fazer o que os escravos fazem, não será difícil convencê-los de
que devem ainda ser escravos. Manterão sua identidade de escravos devido às
coisas que fazem. No momento em que tentarem professar que já não são escravos,
é só cochichar em seus ouvidos: “Como você pode pensar que não é mais escravo
se ainda está fazendo o que os escravos fazem?” Afinal, temos a capacidade de
acusar os irmãos dia e noite.
Anos depois, muitos
escravos ainda não tinham ouvido a maravilhosa notícia de que haviam sido
libertos, por isso continuaram a viver da maneira que sempre viveram. Alguns
escravos ouviram as boas novas, mas avaliaram a notícia de acordo com o que
estavam fazendo e sentindo no presente, raciocinando: “Ainda estou vivendo em
cativeiro, fazendo as mesmas coisas que sempre fiz. Minha experiência me diz
que não deve ser livre. Estou-me sentindo da mesma maneira que me sentia antes
da proclamação; porquanto, ela não deve ser verdade. Afinal, os sentimentos
sempre dizem a verdade”. Assim, continuaram a viver de acordo com o que
sentiam, não desejando ser hipócritas!
Um antigo escravo,
todavia, ouve a boa notícia, e a recebe com grande alegria. Ele confere a
validade da proclamação, e descobre que o decreto se originou na mais elevada
de todas as autoridades. Não apenas isso, mas custou Àquela autoridade um preço
pessoal tremendo, que foi pago de bom grado a fim de que os escravos pudessem
ser libertos. Como resultado, a vida desse escravo foi transformada. Ele
raciocinou corretamente que hipocrisia seria crer nos seus sentimentos e não na
verdade. Quando ele resolveu viver por aquilo que sabia ser a verdade, suas
experiências começaram a mudar de forma drástica. Ele percebeu que seu antigo
amo não tinha autoridade alguma sobre ele e não precisava mais ser obedecido.
Ele passou a servir alegremente aquele que o libertou.
Deste relato, destaco
alguns pontos:
1. Jesus
já pagou o elevado preço para que todos os escravos do pecado sejam
definitivamente libertos. Ele fez isso com Seu precioso sangue, movido de amor
por todo tipo de pecador. Sua vida libertou da morte a todo escravo condenado
pelo pecado (I Pedro 1:18-21).
2. O
diabo, com suas artimanhas, acusa dia e noite aos libertos a fim de que eles
não experimentem os efeitos de seus privilégios (Apocalipse 12:10; Mateus
24:24). Seus agentes se disfarçam de todas as formas para que eles permaneçam
como escravos, agindo como escravos, com atitudes de escravos (II Coríntios
11:13-15; II Pedro 2:1-3).
3. O
evangelho, que é a boa notícia de nossa libertação, a verdade que liberta (João
8:31-36), muita vezes é manipulado e pervertido visando preservar os escravos
no engano (Gálatas 1:6-7). Em fim, o principal objetivo de Satanás é que os escravos não
conheçam ou não entendam realmente o efeito do que Cristo fez e, quais as
implicações de Sua morte e ressurreição.
Portanto, devemos não
só aceitar a verdade, mas viver a verdade do evangelho. Precisamos ser verdadeiramente
libertos para proclamar libertação aos outros escravos. Para isso, vamos
estudar bem a Bíblia, interpretar corretamente Sua mensagem e, anunciá-la
declaradamente ao mundo inteiro.
“A verdadeira religião
consiste em se colocar sob a orientação de Deus em pensamentos, palavras, e ações.
Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, toma o humilde, zeloso e sincero
pesquisador, e diz: ‘Segue-Me’. Ele então o conduz através do caminho estreito
para a santidade e para o Céu. Cristo abriu esse caminho para nós a um elevado
preço para Si mesmo, e não somos deixados a tropeçar em meio às trevas. Jesus
está à nossa mão direita dizendo: ‘Eu sou o Caminho’; e todos os que decidirem
seguir ao Senhor serão conduzidos no caminho real preparado para os resgatados
do Senhor caminharem” (Ellen G. White).
“Deus nos aliviou os
fardos; Ele nos libertou... Nossos inimigos poderão triunfar. Poderão falar
palavras mentirosas, e sua língua caluniosa poderá difamar e inventar
falsidades; mas não seremos abalados. Sabemos em quem cremos” (Ellen G. White).
Viva a plenitude da
liberdade oferecida por Cristo! (Gálatas 5:1).
Pr.
Heber Toth Armí.
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