quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

AS DUAS FACES DO ECUMENISMO

INTRODUÇÃO: Texto bíblico: Gálatas 2:1-14

1. A ideia de que há tantas denominações para agradar a todos os públicos facilita ao ecumenismo antibíblico. Para Jesus, não existe evangelho à gosto do freguês. Pelo contrário, o evangelho é um convite à renunciar a própria vontade para viver a vontade de Cristo.

2. A superficialidade no conhecimento bíblico favorece a união em torno do ecumenismo contrafeito. Satanás vai tentar meios para que a oração de Jesus em João 17 aconteça conforme seus interesses. Note uma frase do ex-presidente George W. Busch: “Eu acredito que todo mundo, muçulmanos, cristãos ou pessoas de qualquer outra religião, reza para o mesmo Deus. Isso é o que eu acredito”. Se for verdade, para que evangelizar? Para que se desgastar indo a países correndo riscos de perder a família e até a vida?

3. A espiritualidade desprovida de fundamento bíblico é benéfica para as estratégias do inimigo de Cristo. Um grupo de pesquisa conduzido por George Barna, após vários relatórios, concluiu: “A espiritualidade da América é cristã apenas de nome... Queremos experiência mais que conhecimento. Preferimos escolhas a absolutos. Abraçamos preferências em vez de verdades. Buscamos conforto em lugar de crescimento. A fé deve ser de acordo com nossos termos ou não a aceitamos. Nós nos entronizamos como supremos árbitros da justiça, governantes supremos de nossa própria experiência e destino”. Observe o contexto do texto de Gálatas, antes de avançar:

a) Ao visitar a igreja de Antioquía na Síria, Pedro enfrentou “a pressão das críticas de outros judeus que tinham chagado da igreja de Jerusalém, levou Pedro a adotar uma conduta hipócrita. A atitude de Pedro deixou bem claro que os gentios precisavam observar as práticas que caracterizavam os judeus, apesar de Deus ter-lhe ensinado de modo determinante, bem antes, que isso não era verdade (At 11:1-18). Diante disso, Paulo achou necessário confrontar Pedro por causa dessa hipocrisia perigosa” (David S. Dockery).

b) Ao chegar crentes judeus de Jerusalém em Antioquia, Pedro, que estava tranquilamente entre os crentes gentios, rompeu a comunhão com eles “temendo que as notícias do seu comportamento viessem a ser ouvidas pela facção legalista em Jerusalém. Com essa atitude, ele negava uma das grandes verdades do evangelho: todos os crentes são um em Jesus Cristo, e as diferenças de nacionalidade não devem influir em nossa comunhão” (William MacDonald).

c) A repreensão de Paulo em relação à conduta de Pedro ensina preciosas lições sobre divisão e unidade na igreja. “A conduta de Pedro e dos outros judeus criava uma divisão na comunhão da igreja e ameaçava quebrar a unidade em Cristo entre gentios e judeus. A perspectiva era desastrosa. Paulo dirigiu suas observações a Pedro porque a conduta deste era a principal responsável pela crise que se produziu naquela ocasião” (Comentário Bíblico Adventista).

I. A UNIDADE FORA DO EVANGELHO NÃO É PLANO DE CRISTO PARA SUA IGREJA – Gálatas 2:1-10

Quando a tradição ou conveniência rege a unidade eclesiástica (ou das denominações cristãs) haverá tensão com o verdadeiro evangelho da graça de Deus. Qualquer coisa considerada acima de Cristo e Seu evangelho visando promover unidade, não será unidade em torna da verdade.

1. Da mesma forma que existem falsos irmãos, há também falsa união.

2. Se você começar com Cristo e Seu evangelho puro e verdadeiro, experimentará como resultado a libertação do pecado e a santificação como resultado; porém, se ao começar com Cristo, passar para outra coisa, certamente você perderá os dois. É disso que trata o livro de Gálatas!

3. Se a unidade não pode sacrificar o evangelho, é preciso alguém de fibra para levantar-se com maestria e defender a verdade bíblica, ainda que custe a unidade, gerando tensão até mesmo com grandes e importantes líderes eclesiásticos. Não é possível conceber unidade real em torno de crenças equivocadas.

II.     A UNIDADE QUE DEUS PREZA NÃO ESTÁ FORA DE SUA VONTADE – Gálatas 2:11-13

Unir-se a grupos que destoam da verdade apenas para agradá-los ou por conveniência não é sensatez nem prudência cristãs. Paulo confrontou Pedro nesse quesito, e através de seus escritos nós também somos advertidos.

1. Não há aprovação de Deus para unir-se a denominações ou grupos de pessoas que rejeitam partes da revelação bíblica. Ainda que Pedro não tivesse problema com teologia ou cristologia, seu comportamento comprometia a verdade do evangelho, e isso não é correto.

2. Não há consenso entre verdade e falsidade, entre certo e errado. Nossa maior preocupação, como Paulo, deve ser com a verdade do evangelho, cientes de que todo cuidado é pouco e pode haver corrupção da única forma de salvação. Ecumenismo baseado num evangelho pervertido é plano de Satanás, que conta com a aversão e reprovação de Deus (Gálatas 1:6-9).

3. Não há como manter a paz para promover unidade em meio à perversidade, nem a união em meio à corrupção do evangelho. A união desejada por Deus aos cristãos é em torno da verdade do evangelho que liberta do engano e das estratégias ecumênicas do diabo.

III. A UNIDADE QUE ENGLOBA TODAS AS CRENÇAS PODE PARECER BONITA, MAS NÃO SERÁ CORRETA – Gálatas 2:11-14

Sempre haverá tensão entre a verdade e a falsidade. Diante disso, se formam dois grupos: Algumas pessoas que se unem contra a verdade e outras que estão unidas em favor da verdade. Certamente que Cristo almeja o ecumenismo, e seria muito bom se todas as igrejas do mundo se unissem sobre a verdade bíblica. Porém, Satanás atrapalha com seu plano ecumênico; o qual, não devemos aprová-lo, mas reprová-lo.

1. A verdade precisa promover unidade, mas a unidade não pode ser comprometida pelo sacrifício da verdade.

2. A unidade precisa ser almejada, prezada e buscada, mas nunca à custa da verdade.

3. A humanidade deveria promover a unidade, mas sempre fundamentada na verdade do puro evangelho da graça de Deus.

CONCLUSÃO:

1. O evangelho promove unidade entre raças, etnias e povos diferentes, mas não entre crenças contrastantes.

2. O evangelho que não for pautado pela Palavra de Deus e não for centrado em Cristo, estará focado em opiniões pessoais e fundamentado no ser humano; o qual será falso, produzindo falsos irmãos (verso 4).

3. O evangelho verdadeiro deveria unir todas as igrejas na Palavra de Deus e no próprio Cristo, independente da placa; pois, um ecumenismo baseado em filosofia mundana não é correto, muito menos bíblico.

a) Unidade fora da verdade estará fundamentada na falsidade, esse é o plano do Diabo.

b) Unidade focada na verdade bíblica, é o alvo de Deus para a Igreja de Cristo (Efésios 4:1-6).

APELO:

1. Saiba discernir um ecumenismo reprovável de um ecumenismo louvável.

2. Diga não ao ecumenismo que não é fundamentado no verdadeiro cristianismo.

3. Diga sim ao ecumenismo que une as igrejas em torno da verdade bíblica fundamentando-se no verdadeiro evangelho.

Pr. Heber Toth Armí.

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

DESCOBERTAS NA PRIMEIRA PÁGINA DA BÍBLIA

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Gênesis 1:26-31

1. A Bíblia é muito mais que um livro literário antigo, é a Palavra de Deus para toda a humanidade.

2. A Bíblia contas coisas surpreendentes de antes da existência dos curiosos seres humanos.

3. A Bíblia tem 66 livros ao todo, e seu primeiro livro se chama Gênesis, que significa começo, onde revela a origem do mundo e da humanidade.

a) O escritor de Gênesis era alguém versado na literatura da época, seus estudos foram nas universidades egípcias, mas melhores de seu tempo.

b) O escritor de Gênesis tinha comunhão com o Deus que Se revela, seus pais eram piedosos e tementes a Deus e até os doze anos foi ensinado a servir a Deus.

c) O escritor de Gênesis é Moisés, que fora educado para ser um grande faraó, mas Deus tinha um plano maior para ele.

I. QUEM LÊ A PRIMEIRA PÁGINA DA BÍBLIA DESCOBRE QUE NINGUÉM É FRUTO DO ACASO – Gênesis 1:26

1. Você não é resultado de uma explosão: A criação revelada por Deus que foi o Criador e esteve presente no processo da criação apresenta perfeita organização em cada ato criativo.

2. Você não é estilhado do big bang, nem de algum acidente do espaço sideral: Explosões e acidentes interestelares cósmicos não resultam em vida. São fragmentos aleatórios espalhados para todos os lados.

3. Você não é fruto da teoria popular chamada de evolução: Além da Bíblia deixar bem claro que Deus criou homem e mulher, Ellen White afirma que o texto de Gênesis estabelece claramente “a origem da raça humana; e o relato divino refere tão compreensivelmente que não há lugar para compreensões errôneas. Deus criou o homem à Sua própria imagem. Não há aqui mistério. Não há lugar para supor que o homem evoluiu, por meio de morosos graus de desenvolvimento, das formas inferiores da vida animal ou vegetal. Tal ensino rebaixa a grande obra do Criador ao nível das concepções estreitas e terrenas do homem”.

II. QUEM LÊ A PRIMEIRA PÁGINA DA BÍBLIA PERCEBE QUE A ORIGEM HUMANA FOI DIVINAMENTE PLANEJADA – Gênesis 1:26-27

1. Para criar a humanidade houve uma convocação de um concílio da Divindade: Só depois de transformar o caos em um lugar paradisíaco Deus disse: “Façamos o homem...”

2. Para criar a humanidade Deus partiu de Si mesmo como modelo: Tanto o homem como a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus. Essa expressão “imagem e semelhança” visa não deixar dúvidas de que os seres humanos foram criados e formados para serem parecidos com Deus no aspecto espiritual, emocional, moral e físico.

3. Para criar a humanidade, Deus planejou torná-la autoridade acima de todo o Planeta: Diferindo da classificação da biologia secular, a Bíblia não considera a raça humana pertencente ao reino animal. Animais e plantas foram subordinados aos seres humanos. Ellen White destaca que: “Depois que a Terra com sua abundante vida animal e vegetal fora suscitada à existência, o ser humano, a obra coroadora do Criador, e aquele para quem a linda Terra fora preparada, foi trazido em cena”.

III. QUEM LÊ A PRIMEIRA PÁGINA DA BÍBLIA ENCONTRA INFORMAÇÕES QUE DÃO VALOR AOS SERES HUMANOS – Gênesis 1:28-31

1. Deus criou a raça humana distintamente do restante da criação: Deus não disse “haja seres humanos”, como fez ao criar tudo o que criara antes da humanidade. Deus não deu ordens, Ele colocou a mão na massa, modelou o barro e soprou o fôlego de vida (Gênesis 2:7, 21-23). A mulher foi criada da costela de Adão, de forma espetacular.

2. Deus criou a raça humana para relacionar-se com seres celestiais, inclusive com a Divindade: Os seres humanos foram os únicos a receberem orientações de Deus; eram as únicas criaturas cuja “natureza estava em harmonia com a vontade de Deus”. Isto é: “A mente era capaz de compreender as coisas divinas. As afeições eram puras; os apetites e paixões estavam sob o domínio da razão. Ele era santo e feliz, tendo a imagem de Deus, e estando em perfeita obediência a Sua vontade”, analisa Ellen White.

3. Deus criou a raça humana para representá-lO na administração do Planeta: Homem e mulher receberam capacidade intelectual e habilidade administrativa para gerenciar e coordenar toda a criação perfeita de Deus.

CONCLUSÃO:

1. Aquele que lê a primeira página da Bíblia deve ficar encantado com o que o texto revela sobre nossa nobre e divina origem.

2. Aquele que lê a primeira página da Bíblia deve perceber que Seu valor foi dado pelo próprio Criador que o fez à Sua imagem e semelhança.

3. Aquele que lê a primeira página da Bíblia deve perceber seu elevado propósito diante do plano original de Deus, e mesmo depois do pecado deve surtir efeito ainda hoje; por isso, foi revelado por Deus e registrado por Moisés.

APELO:

1. Leia várias vezes a cada mês as primeiras páginas de Gênesis.

2. Creia que sendo Deus o único presente na origem do mundo, é o único que pode dizer como tudo começou.

3. Reconheça teu nobre valor para Deus e ajude outras pessoas a redescobrirem que são valiosíssimas para o Criador também.

Pr. Heber Toth Armí.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

O ECUMENISMO QUE CRISTO ALMEJA PARA SUA IGREJA


 INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Efésios 4:1-6

1. Cristo deseja a unidade do mundo como sendo uma única igreja, isso está claro não apenas no livro de Efésios, como também é nítido na oração de Jesus antes de morrer na cruz (João 17:21-23). Todavia, algumas citações devem nortear nossa compreensão:

a) “Então ouvi outra voz do Céu que dizia: ‘Sai dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem de seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela [a Grande Babilônia] não os atinjam!’”, escreveu João (Apocalipse 18:4).

b) “Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que Eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor”, afirmou Jesus (João 16:16).

2. Cristo almeja reunir a humanidade que o pecado desuniu. Ele morreu para promover união onde o pecado causou desunião. Nisto reside a dignidade do cristão, humilde, dócil, paciente, tolerante e amoroso (Efésios 4:1-2).

3. Cristo anseia tanto pela união, que através do Espírito Santo inspirou o apóstolo Paulo a um apelo incisivo: “Façam todo esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Efésios 4:3).

I. UM SÓ CORPO – Efésios 4:4

1. A igreja é comparada a um corpo humano completo, com diversas partes diferentes.

2. A igreja como corpo é composta de todos os pecadores que se renderam a Cristo.

3. A igreja de Cristo é única, pois Jesus não tem muitos corpos. Embora existam muitas denominações cristãs alegando serem verdadeiras, só há um cristianismo correto.

II. UM SÓ ESPÍRITO – Efésios 4:4

1. O Espírito Santo precisa ser o enviado por Cristo, no dia de Pentecostes.

2. O Espírito Santo não é diferente em cada período da história, Ele é único.

3. O Espírito Santo é o único que tem poder para unir pessoas tão diferentes no corpo de Cristo, Sua Igreja. “O Espírito dissipa as divisões, as desarmonias íntimas que convertem a vida de muitos em verdadeiros campos de batalha. A desunião é um indício certo da ausência do Espírito Santo” (CBASD).

III. UMA SÓ ESPERANÇA – Efésios 4:4

1. A esperança bíblica é clara, mas pode ser confundida com outras esperanças alheias à Bíblia. “É a esperança da consumação final do reino que oferece uma base firme para a paz, alegria, coragem e bom ânimo” (CBASD).

2. A esperança pela qual somos chamados ao cristianismo é única, não existe diversas esperanças para diversos tipos de pessoas, nações ou etnias.

3. A esperança bíblica é única e une as pessoas em torno dela, fazendo o corpo de Cristo focar na mesma direção e caminhar juntos rumo ao futuro.

IV. UM SÓ SENHOR – Efésios 4:5

1. Cristo é o único Senhor, cabeça do corpo; Ele é o Supremo Pastor de Sua Igreja. “Este é o objeto supremo de lealdade. Aqueles que se submetem plena e fielmente ao mesmo Senhor não entram em inimizade uns com os outros” (CBASD).

2. Cristo como único Senhor, não aceita rivais; quando temos pessoas, instituições, partidos ou times como senhores que competem com Cristo, comprometemos nosso cristianismo.

3. Cristo como único Senhor deve receber nossa total submissão, independente da situação.

V. UMA SÓ FÉ – Efésios 4:5

1. A fé, se for múltipla, não produz unidade, mas desunião.

2. A fé verdadeira não conhece diversidade, ela é única. “Há apenas um meio de salvação: a fé” (CBASD).

3. A fé bíblica é um conjunto sólido de verdades absolutas, não relativas; focando Jesus como o único caminho, verdade e vida (João 14:6).

VI. UM SÓ BATISMO – Efésios 4:5

1. Existem várias formas de batismos, por aspersão, por efusão e imersão, porém, a Bíblia só reconhece o batismo por imersão como verdadeiro e válido.

2. Existe apenas um único batismo, que vem do verdadeiro arrependimento, e entrega total a Deus que une o pecador ao corpo do qual Cristo é o Cabeça. “Aqueles que passam a pertencer à igreja visível crescem juntos na semelhança da morte e ressurreição de Cristo (Rm 6:3-5)” (CBASD).

3. Existe um batismo válido no conceito do supremo Líder do cristianismo, do qual devemos todos passar por ele pelo menos uma vez para nos unir a Ele.

VII. UM SÓ DEUS – Efésios 4:6

1. Há vários deuses, tanto é que Deus os reconhece ao ordenar: “Não terás outros deuses diante de Mim” (Êxodo 20:3).

2. Há tantos deuses tentando a nossa devoção quanto há de religiões tentando nos atrair dos caminhos do verdadeiro Deus.

3. Há tantos deuses competindo com Deus verdadeiro, mas devemos ser radicais como exclusivo é o nosso Deus, que nos une como Pai de todos nós; pois Ele é sobre todos, por meio de todos e em todos. “O Pai comum é a fonte de toda unidade” (CBASD).

CONCLUSÃO:

1. O ecumenismo bíblico não pode acontecer em corações desprovidos das virtudes da humildade, mansidão, paciência, tolerância e amor; sem essas características resultantes da conversão em Cristo não é impossível trilhar pelo caminho da unidade no Espírito. Orgulho, arrogância, intolerância e petulância jamais promovem verdadeira unidade.

2. O ecumenismo cristão não pode acontecer à parte da verdade bíblica, a qual exclui todas as outras supostas verdades que não promovem a verdadeira unidade. Unidade real digna do verdadeiro cristianismo passa pela aceitação radical de que há um só corpo (igreja verdadeira), um só Espírito (Espírito Santo verdadeiro), uma só esperança (escatologia verdadeira), um só Senhor verdadeiro digno de submissão, uma só fé (doutrinas verdadeiras), um só batismo bíblico verdadeiro, e um só Deus Pai verdadeiro. Conforme Paulo deixa claro, é obvio que relatividade doutrinária (ou de crenças) não pode ser o caminho da unidade cristã. A unidade proclamada pela revelação de Deus deve...

a) Considerar a Bíblia como única regra de fé e doutrina, autoridade incondicional.

b) Considerar a Bíblia como a inspirada Palavra de Deus, normativa para todas as pessoas.

c) Considerar a Bíblia como fidedigna, a infalível verdade divina revelada pelo Espírito Santo.

3. O Ecumenismo verdadeiro “substitui a pátria, o clube e até a família humana como supremo objeto de afeição” (CBASD) pela verdade revelada em Cristo. Por isso, em Efésios 4, “é claramente apresentado o meio que [Cristo] designou para manter a unidade de Sua igreja, para que seus membros possam revelar ao mundo uma experiência religiosa saudável” (Ellen White).

APELO:

1. Lutemos por uma unidade fundamentada na verdade revelada na Bíblia.

2. Desprezemos qualquer unidade que não tiver a verdade bíblica como base.

Pr. Heber Toth Armí.

terça-feira, 25 de outubro de 2022

QUEM DISSE QUE "ERRAR É HUMANO"?

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Gênesis 1:26-31

1. Deus fez os seres humanos perfeitos para viverem em perfeita harmonia com Sua perfeita vontade. Deus não falhou ao criar o ser humano!

2. Deus idealizou os seres humanos para serem Seus representantes, como Seus corregentes na administração do Planeta Terra. Eles foram feitos sem nenhum defeito, foram projetados para serem perfeitos, e, criados com estrita perfeição!

3. Deus projetou os seres humanos para funções elevadas, para cargos importantes, com capacidade para cumprir responsabilidades nobres. Errar jamais esteve no projeto de Deus para o ser humano; portanto, errar não é essencialmente humano!

I. OS SERES HUMANOS NÃO FORAM PROJETADOS PELO CRIADOR PARA COMETER ERROS – Gênesis 1:26-27

1. Deus é o idealizador e o fabricante do ser humano, portanto não houve falhas: Por três vezes Gênesis 1:27 assegura que a existência humana se deve à ação criativa de Deus. Diversas peculiaridades indicam que a raça humana recebeu destaque especial da parte de Deus:

a) Houve um conselho para criar os seres humanos: Diferente de todas as outras criaturas criadas, antes de encerrar a criação, a Trindade Se reuniu num concílio e declarou: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1:26).

b) Houve uma diferença no ato de criar os seres humanos: No sexto dia, antes de criar a raça humana, Deus deixou de dar ordens como haja... produzam... ajuntem (Gênesis 1:27). A criação da humanidade pela Trindade foi peculiar, especial, diferente. “O Senhor Deus formou o homem” (Gênesis 2:7).

c) Houve uma distinção única ao criar o perfil humano: A categoria humana difere plenamente de qualquer outra criatura. Além de ter sido criados à imagem e semelhança da Divindade, o ser humano foi dotado de capacidade intelectual e moral, diferindo de outras criaturas.

d) Houve uma peculiaridade na constituição dos seres humanos: Na construção do ser humano, Deus juntou o corpo formado do pó da terra com o fôlego de vida que foi soprado por Deus em suas narinas (Gênesis 2:7).

e) Houve uma distinção clara entre os seres humanos: Embora fossem criados à imagem e semelhança de Deus, a humanidade foi claramente dividida em homem e mulher; embora bem distintos entre si, ambos foram criados à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26-27).

f) Houve um propósito claro na criação dos seres humanos: Após criar os seres humanos, Deus os colocou em posição elevada, acima de toda criação e criatura. Eles deveriam gerenciar tudo o que Deus havia criado na Terra (Gênesis 1:28).

2. Deus fez o ser humano perfeito, portanto, não tinha motivo algum para falhar em seus propósitos: Tendo sido criado à imagem e semelhança do Soberano do Universo, os humanos teriam capacidade de dominar sobre todas as coisas e criaturas da Terra. A administração humana representaria a administração divina. Adão e Eva eram representantes de Deus no mundo recém-criado. Eles não foram projetados para errar. Ao contrário, eles foram dotados de características que os tornavam semelhantes ao perfeito Criador:

a) Responsabilidade: A função concedida aos humanos revela que foram dotados por Deus de capacidade para cumprirem o propósito pelo qual foram projetados.

b) Moralidade: Um conjunto de valores foi colocado no DNA dos seres humanos para representar perfeitamente a Deus no cuidado de Sua criação.

c) Racionalidade: A consciência e o raciocínio qualificam o ser humano a ser representante divino que administra com maestria e propriedade como se fosse o próprio Deus.

II. COMETER ERROS NÃO FAZIA PARTE DA NATUREZA HUMANA EM SEU ESTADO ORIGINAL – Gênesis 1:28-31

1. Criados à imagem e semelhança de Deus, a humanidade poderia conversar tranquilamente com seu Criador: Somente quando concluiu tudo e formou o homem e a mulher que Deus afirmou “que tudo havia ficado muito bom” (Gênesis 1:31). O alvo divino era a criação do ser humano. Assim como Deus conversava com os outros membros da Divindade (Gênesis 1:26), também conversava com a humanidade (Gênesis 1:28-30). O Deus eterno projetou o ser humano para a liberdade e para a vida eterna (Gênesis 2:16), não para a imoralidade e a mortalidade.

2. Criados à imagem e semelhança de Deus, os humanos poderiam desfrutar da criação como senhores de tudo o que fora criado: O fato de Deus designar o ser humano para cuidar e cultivar o Jardim do Éden (Gênesis 2:15) revela o interesse de Deus de envolvê-lo no ato de lidar com a criação como Ele fez. Observe atentamente estas citações de Ellen White:

a) “O amor infinito – quão grande é ele! Deus criou o mundo para ampliar o Céu. Ele deseja uma família maior de inteligências criadas” (CBASD, v. 1, p. 1189).

b) “Todo o Céu tomou profundo e jubiloso interesse na criação do mundo e de Adão e Eva. Os seres humanos eram uma nova e distinta ordem. Foram criados ‘à imagem de Deus’, e o desígnio do Criador era que povoassem a Terra” (Idem).

c) “Adão foi coroado rei do Éden. Foi lhe dado domínio sobre todos os seres vivos que Deus havia criado. O Senhor abençoou Adão e Eva com inteligência que não havia dado à criação animal. Ele tornou Adão o legítimo soberano sobre todas as obras de Suas mãos. O homem, criado à imagem de Deus, podia contemplar e apreciar as gloriosas obras de Deus na natureza” (Idem, p. 1190).

3. Criados à imagem e semelhança divina, a humanidade poderia relacionar-se e conviver com Deus abertamente: Todos os dias, Deus ia ao Jardim para estar com os seres humanos (Gênesis 3:8). Essa ruptura se deu com a entrada do pecado. Romper com Deus implica desconectar-se da fonte da perfeição, da harmonia e da vida.

CONCLUSÃO:

1. Quando se justifica que errar é humano a consciência se acomodará no pecado: A acomodação no erro não é o desejo de Deus para o ser humano. Precisamos combater a ideia de que errar é humano, pois sem combatê-la estaremos nos adequando aos planos de Satanás que deseja nossa ruína. Além disso, se errar fosse humano, Deus seria o culpado por nossos erros por ter-nos feito com defeito. Claramente, Deus fez de tudo para que os seres humanos não falhassem; então, a falha humana não se deve à falha divina. O pecado do ser humano jamais é culpa de Deus.

2. Quando se investiga a origem humana, nota-se que Deus não nos fez para errar: O ser humano originalmente falando não tinha em seu DNA a essência do erro, nem defeito algum em sua essência. Criados à imagem e semelhança da Divindade, a humanidade foi projetada para viver a perfeição; a opção e a decisão por falhar da parte do ser humano deturparam os maravilhosos planos originais de Deus.

3. Quando se entende o propósito pelo qual Deus criou o ser humano, teremos aversão por cometer erros: A desgraça que vivemos atualmente se deve à escolha por pecar. Sendo assim, deveríamos ter pavor do pecado. Precisamos desenvolver nojo do pecado para então ficar distante dele. Carecemos de Deus e de Seu plano de redenção por causa de nossos erros. E, através de Cristo e Seu sacrifício, temos esperança de um dia retornar à perfeição idealizada por Deus para nós.

APELO:

1. Valorize nossa nobre origem para desprezarmos o pecado que arruinou os divinos propósitos originais para nós.

2. Conscientize-se que originalmente o ser humano não foi projetado para errar, mas para representar o perfeito Deus neste Planeta criado por Ele.

3. Resgate o conceito bíblico de "ser humano" a fim de não ser influenciado por conceitos dúbios e espúrios que rebaixam nosso valor e diminuem ao nosso Criador.

Pr. Heber Toth Armí.

Postagens mais acessadas nesta semana