quarta-feira, 28 de abril de 2021

LIVRE-SE DE PALAVRAS IMPACIENTES E IRRITANTES


1.   Como você tem usado as palavras?

2.  Qual é o teu propósito ao falar ou escrever?

3.  Qual é teu critério na escolha do que falar ou não falar? 

Note a força desse pensamento:

“Cumpre submetermos um temperamento impulsivo, e dominar nossas palavras; e a esse respeito conseguiremos grandes vitórias. A menos que controlemos nossas palavras e nosso temperamento, somos escravos de Satanás. Achamo-nos sujeitos a ele. Ele nos leva cativos. Todas as palavras de altercação, palavras desagradáveis, impacientes, irritadas, são uma oferta feita a Satanás” escreveu Ellen G. White no livro O Lar Adventista, p. 437.

Conta-se que um médico entrou num hospital apressado, logo após ter recebido a chamada para uma cirurgia de urgência. Assim que chegou, rapidamente trocou de roupa e sem perder tempo, foi direto em direção ao bloco operatório. Pelo caminho, encontrou o pai do rapaz que seria operado. O pai estava impaciente, andando de um lado para o outro, à espera do médico. Assim que viu o médico, o pai gritou:

– Por que demorou tanto para vir? Não sabe que a vida de meu filho está em perigo? Você não tem o mínimo de consideração, sentimento e responsabilidade?

O médico sorriu e respondeu serenamente:

– Peço-lhe desculpas, não estava no hospital e vim assim que recebi a chamada. Agora, gostaria que você se acalmasse para que eu também consiga fazer o meu trabalho.

– Acalmar-me? E se o seu filho estivesse dentro do bloco operatório, você também ficaria calmo? E se o seu filho morresse, o que faria? – agitado aquele pai argumentava freneticamente.

– Ficar alterado e nesse estado de nervos não vai ajudar em nada, nem a si mesmo, nem a mim, muito menos a seu filho. Prometo-lhe que farei o melhor que sei e consigo dentro das minhas capacidades – disse o médico.

– Falar assim é fácil, quando não te diz respeito – murmurou o pai entre os dentes.

Após algumas horas, o cirurgião terminou e o médico saiu sorridente ao encontro do pai.

– A cirurgia foi um sucesso. Conseguimos salvar o seu filho! Se tiver alguma questão, pergunte à enfermeira.

Sem aguardar resposta, o clínico prosseguiu caminho visivelmente apressado. O pai irritado dirigiu-se à enfermeira e desabafou:

– O médico é mesmo arrogante. Será que lhe custava muito ficar aqui mais uns minutos para eu lhe questionar em relação ao estado geral do meu filho?

A enfermeira, um pouco abalada e quase a chorar respondeu-lhe:

– O filho do Doutor morreu ontem num acidente rodoviário. Ele estava no funeral quando o chamamos para a cirurgia do seu filho. Agora que a cirurgia terminou e o seu filho foi salvo, o Doutor voltou ao funeral para prestar homenagem ao filho dele.

Ao refletir nesse relato, algumas lições devem brotar de nossa mente a fim de moldar a nossa vida e elevar nossa maneira de lidar com as pessoas, ainda que estejamos convictos de nossa opinião. Vou recorrer à fonte da verdade absoluta para isso, a revelação divina para nossa vida:

1. “Nada de conversa profana, difamadora e nociva. Sejam gentis e sensíveis ao próximo. Perdoem-se uns aos outros assim como Deus em Cristo vos perdoou – perdão total e incondicional” (Efésios 4:31-32, A Mensagem). O mesmo texto na Nova Tradução na Linguagem de hoje reza: “Abandonem toda amargura, todo ódio e toda raiva. Nada de gritarias, insultos e maldades! Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês” (NTLH). Note que nesse texto, o padrão não é você, nem eu. Paulo não está dizendo que você deve tratar os outros como gostaria de ser tratado. O padrão é Deus. O apóstolo afirma que você deve tratar as pessoas como Deus te trato;, mesmo sendo culpado e condenado, Ele te perdoou incondicionalmente. Assim, você também deve tratar os outros, perdoar e relevar as pessoas que pensam diferentes ou mesmo que erram com você – não como o pai impaciente e estúpido tratava o médico que iria salvar o seu filho.

2. “O impaciente comete loucuras e depois se arrepende; quem não tem compaixão é tratado com indiferença. O insensato vive num mundo de ilusão, mas o sábio tem os pés no chão” (Provérbios 14:17, A Mensagem). O mesmo verso na Nova Tradução na Linguagem de Hoje afirma: “Quem se zanga facilmente faz [fala] coisas tolas, mas o sábio permanece calmo. Os tolos recebem o que a sua tolice merece, mas os ajuizados são recompensados com o conhecimento”. Ou seja, aqueles que não dominam a raiva e a ira que brotam naturalmente do coração pervertido, o qual está arruinado pelo pecado, verão o mal se voltando contra si mesmos. Tudo o que se diz deveria ser dito olhando no espelho antes que atirando aos outros. Mark Twain declarou que “a ira é um ácido capaz de fazer mais mal ao recipiente em que está depositado do que a qualquer coisa sobre a qual seja despejado”. Então, por que ser recipiente de um temperamento ácido se o mais prejudicado não é o alvo da raiva e da ira, mas seu depositário?

3. “O insensato faz [fala] o que quer; o sábio pondera com calma” (Provérbios 29:11, A Mensagem). O mesmo versículo na Nova Tradução na Linguagem de Hoje diz: “O tolo mostra sua raiva, mas quem é sensato se cala e a domina”. Sendo assim, quando você fala e faz o que quer, vomitando toda a tua raiva podre sobre as pessoas inocentes, a Bíblia te classifica por tolo, sem juízo, desprovido de sabedoria. O desequilíbrio emocional é revelado no destempero social. O tolo, insensato e sem juízo é explosivo e temperamental, tolamente impulsivo. Tais pessoas possuem pavio curto, estão sempre apresentando e extravasando a fétida podridão de sua alma poluída. As pessoas que não permitem serem curadas pelo perdão divino por viver o cristianismo como uma teoria ou um conjunto de regras e regulamentos, desprovidas de um relacionamento permanente e íntimo com o Salvador e Libertador, são como bombas que lançam estilhaços às pessoas a sua volta, até mesmo àquelas que lhes desejam o seu bem – como o pai na história acima.

A sociedade atual é doente, é má, é injusta, é cruel, imoral e estúpida. Pessoas descontroladas, briguentas, explosivas e temperamentais são sempre uma ameaça de alta periculosidade à sociedade, principalmente para a própria família que está mais tempo e mais próxima a tais pessoas. As palavras de pessoas explosivas são como pólvora e fogo, incendiárias; sempre causam grandes estragos. As ações dessas pessoas resultam de serem dominadas por sentimentos inferiores, satânicos; em vez da paz, alegria, felicidade e amor que reina no coração totalmente entregue ao Senhor. Precisamos alcançar a sabedoria e aprender a lidar com os sentimentos, a fim de não sermos escravizados pela força da tolice. O melhor de tudo é não permitir que os sentimentos nos dominem, mas que o Senhor Jesus Cristo seja o regente do nosso viver. Desta forma, você e eu seremos pessoas que vivem conforme a sabedoria do céu, originária do trono do soberano Deus (estude atentamente Tiago 3:13-18).

Pr. Heber Toth Armí

quarta-feira, 14 de abril de 2021

INCREDULIDADE DIANTE DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

INTRODUÇÃO: Lucas 24:1-53

1. A incredulidade caracteriza quem tem visão curta (limitada) da realidade.

2. A incredulidade faz parte do perfil dos seres humanos arruinados pelas consequências do pecado.

3. A incredulidade é doença espiritual que precisa tratamento espiritual e medicamentos indicados nas receitas das páginas da Bíblia.

a) O livro de Lucas foi escrito para suscitar fé quando é difícil acreditar: Seu método para produzi-lo foi a pesquisa detalhada, guiado pelo Espírito Santo.

b) O registro sobre Jesus por Lucas foi escrito para gentios: Sendo médico, culto e também gentio, Lucas sabia como escrever para alcançar a mente dos não judeus.

c) O relato que Lucas faz sobre Jesus é fiel, merece confiança: Parece que Lucas usa a retórica intencionando provar seu relato àquele que duvida desses fatos.

I. A INCREDULIDADE TOMA CONTA INCLUSIVE DOS CRENTES – Lucas 24:11, 21-24, 37, 41

Após a ressurreição literal, real e física de Jesus, Lucas registra Sua missão junto aos Seus discípulos, os quais demonstravam incredulidade. Após o encontro com dois varões (anjos), Maria Madalena, Joana, Maria mãe de Tiago e demais mulheres anunciaram aos apóstolos o que viram; porém, por não acreditarem, “as palavras delas lhes pareciam loucura” (v. 11). O problema da incredulidade tanto dos apóstolos, quanto dos discípulos de Emaús, está na dificuldade de entender e na “demora em crer em tudo o que os profetas falaram” (v. 25).

1. A crença nos próprios conceitos ou na mera opinião popular gera descrença na verdade: Nossos preconceitos nos levam à loucura de acreditar até mesmo na realidade à nossa frente.

2. A crença nos sentimentos acima da crença da revelação divina nos faz duvidar até mesmo de provas reais: Nossa mente arruinada com o pecado precisa de mais do que provas, precisa de fé; só provas não são suficientes. Depois te tantas provas apresentadas, o versículo 41, diz sobre os discípulos: “E por não crerem ainda...”.

3. A crença nas próprias crenças atrapalha a erradicação da descrença: No capítulo 24 de Lucas, é perceptível a necessidade de diversas estratégias, dos anjos e do próprio Cristo, para transformar a incredulidade dos Seus discípulos em fé, isso devido às próprias crenças.

II. A INCREDULIDADE PRECISA SER TRATADA COM SABEDORIA DIVINA – Lucas 24:25-27, 30-32, 38-40, 42-47

Ernest Renan, crítico francês, incrédulo; mesmo sendo cético, ao examinar o livro de Lucas declarou ser “o livro mais belo que existe”. É conhecido que Lucas não era do grupo dos doze apóstolos. Ele era gentio convertido do paganismo ao cristianismo. Mesmo que sua formação espiritual e intelectual recebesse fortes influências da cultura greco-romana, ele se rendeu a Cristo e apresenta provas contundentes visando despertar crentes e ateus, para avivar a fé até mesmo nos incrédulos. Observe que,

1. A Bíblia precisa ser aberta perante os corações cheios de descrença e preconceitos: Jesus reajusta as crenças distorcidas de Seus discípulos abrindo a revelação bíblica perante eles (vs. 21-27).

2. A Bíblia que aponta ao Messias deve abrir a mente endurecida pela incredulidade: Além de Jesus evidenciar Sua existência após a morte e revelar o que os profetas escreveram, nossos olhos precisam ser abertos (v. 31); essa ideia revela que, quando a mente está fechada, não há nada que possa ser feito para penetrá-la com a verdade.

3. A Bíblia indica que o poder que abriu a tumba lacrada, deve abrir nossa mente fechada para a verdade: Sem sabedoria divina, revelada na Bíblia, e sem as estratégias do Cristo ressurreto, não é possível destruir a incredulidade de nenhum descrente (ou mesmo crente).

III. A INCREDULIDADE DESTRUÍDA GERA TRANSFORMAÇÕES GENUÍNAS – Lucas 24:33-35, 48-53

A incredulidade aprisiona, impedindo-nos de desfrutar dos efeitos da liberdade produzida pela verdade. Assim que a mente dos incrédulos discípulos de Emaús foi liberta da escravidão da incredulidade, nem mesmo pararam para comer, saíram rapidamente compartilhar a alegria da verdade que deu liberdade ao coração deles. Os apóstolos, também libertos da incredulidade, tornaram-se testemunhas poderosas de Cristo, impactando ao mundo rapidamente.

1. As testemunhas de Cristo são ex-escravos da incredulidade que passaram a proclamar a verdade na sociedade presa às inúmeras falsidades.

2. As testemunhas de Cristo são pessoas que desfrutam da alegria de serem libertas da incredulidade; consequentemente, anseiam que outras pessoas também experimentem do prazer da libertação.

3. As testemunhas de Cristo se tornam os missionários que, após esvaziarem o coração com os sentimentos oriundos da incredulidade, encheram-se do poder do Espírito Santo para proclamar a verdade que liberta, restaura e satisfaz a alma.

CONCLUSÃO:

1. Religiosos que não assimilam a ressurreição (vs. 1-4), que perderam a esperança (v. 21), tomados pela dúvida, apesar de fortes argumentos e testemunhos (v. 11), podem chegar a crer; e, assim como no passado, incrédulos modernos podem desfrutar do prazer da liberdade resultante da revelação do Espírito Santo nas páginas da Bíblia. Há esperança para todo incrédulo!

2. Religiosos tomados pela incredulidade precisam admitir que precisam ter seus pensamentos e conceitos reorientados pelo Cristo ressurreto, através do Espírito Santo, que revelou na Bíblia a necessidade de ensino teológico correto, sistemático, envolvendo toda revelação (v. 27); precisam aceitar serem censurados pela Palavra de Cristo (v. 25); precisam revisitar os ensinamentos de Cristo (v. 44), assim obterão a libertação da incredulidade. Lucas prova que há esperança para incrédulos!

3. Religiosos presos na incredulidade que experimentam a satisfação da libertação resultante da aceitação da verdade, tornam-se agentes da missão mundial, divina e sobrenatural de levar esperança aos incrédulos presos, espalhados pelo mundo. Incrédulos precisam saber que existe esperança para eles!

APELO:

1. Estude Lucas 24 e desfrute da alegria da libertação da incredulidade, operada pela revelação da verdade.

2. Aceite a mensagem de Lucas 24 e seja uma testemunha viva de um Salvador que foi morto, mas reviveu para resgatar aos escravos da incredulidade.

3. Faça que as provas apresentadas em Lucas 24 cheguem ao maior número de pessoas que precisam conhecer a satisfação da salvação operada por Jesus.

Pr. Heber Toth Armí

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