1.
Como você tem usado as
palavras?
2. Qual é o teu propósito ao falar ou escrever?
3. Qual é teu critério na escolha do que falar ou não falar?
Note a força desse pensamento:
“Cumpre submetermos um temperamento impulsivo, e dominar nossas palavras; e a esse respeito conseguiremos grandes vitórias. A menos que controlemos nossas palavras e nosso temperamento, somos escravos de Satanás. Achamo-nos sujeitos a ele. Ele nos leva cativos. Todas as palavras de altercação, palavras desagradáveis, impacientes, irritadas, são uma oferta feita a Satanás” escreveu Ellen G. White no livro O Lar Adventista, p. 437.
Conta-se que um médico entrou num hospital apressado, logo após ter recebido a chamada para uma cirurgia de urgência. Assim que chegou, rapidamente trocou de roupa e sem perder tempo, foi direto em direção ao bloco operatório. Pelo caminho, encontrou o pai do rapaz que seria operado. O pai estava impaciente, andando de um lado para o outro, à espera do médico. Assim que viu o médico, o pai gritou:
– Por que demorou tanto para vir? Não sabe que a vida de meu filho está em perigo? Você não tem o mínimo de consideração, sentimento e responsabilidade?
O médico sorriu e respondeu serenamente:
– Peço-lhe desculpas, não estava no hospital e vim assim que recebi a chamada. Agora, gostaria que você se acalmasse para que eu também consiga fazer o meu trabalho.
– Acalmar-me? E se o seu filho estivesse dentro do bloco operatório, você também ficaria calmo? E se o seu filho morresse, o que faria? – agitado aquele pai argumentava freneticamente.
– Ficar alterado e nesse estado de nervos não vai ajudar em nada, nem a si mesmo, nem a mim, muito menos a seu filho. Prometo-lhe que farei o melhor que sei e consigo dentro das minhas capacidades – disse o médico.
– Falar assim é fácil, quando não te diz respeito – murmurou o pai entre os dentes.
Após algumas horas, o cirurgião terminou e o médico saiu sorridente ao encontro do pai.
– A cirurgia foi um sucesso. Conseguimos salvar o seu filho! Se tiver alguma questão, pergunte à enfermeira.
Sem aguardar resposta, o clínico prosseguiu caminho visivelmente apressado. O pai irritado dirigiu-se à enfermeira e desabafou:
– O médico é mesmo arrogante. Será que lhe custava muito ficar aqui mais uns minutos para eu lhe questionar em relação ao estado geral do meu filho?
A enfermeira, um pouco abalada e quase a chorar respondeu-lhe:
– O filho do Doutor morreu ontem num acidente rodoviário. Ele estava no funeral quando o chamamos para a cirurgia do seu filho. Agora que a cirurgia terminou e o seu filho foi salvo, o Doutor voltou ao funeral para prestar homenagem ao filho dele.
Ao refletir nesse relato, algumas lições devem brotar de nossa mente a fim de moldar a nossa vida e elevar nossa maneira de lidar com as pessoas, ainda que estejamos convictos de nossa opinião. Vou recorrer à fonte da verdade absoluta para isso, a revelação divina para nossa vida:
1. “Nada de conversa profana, difamadora e nociva. Sejam gentis e sensíveis ao próximo. Perdoem-se uns aos outros assim como Deus em Cristo vos perdoou – perdão total e incondicional” (Efésios 4:31-32, A Mensagem). O mesmo texto na Nova Tradução na Linguagem de hoje reza: “Abandonem toda amargura, todo ódio e toda raiva. Nada de gritarias, insultos e maldades! Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês” (NTLH). Note que nesse texto, o padrão não é você, nem eu. Paulo não está dizendo que você deve tratar os outros como gostaria de ser tratado. O padrão é Deus. O apóstolo afirma que você deve tratar as pessoas como Deus te trato;, mesmo sendo culpado e condenado, Ele te perdoou incondicionalmente. Assim, você também deve tratar os outros, perdoar e relevar as pessoas que pensam diferentes ou mesmo que erram com você – não como o pai impaciente e estúpido tratava o médico que iria salvar o seu filho.
2. “O impaciente comete loucuras e depois se arrepende; quem não tem compaixão é tratado com indiferença. O insensato vive num mundo de ilusão, mas o sábio tem os pés no chão” (Provérbios 14:17, A Mensagem). O mesmo verso na Nova Tradução na Linguagem de Hoje afirma: “Quem se zanga facilmente faz [fala] coisas tolas, mas o sábio permanece calmo. Os tolos recebem o que a sua tolice merece, mas os ajuizados são recompensados com o conhecimento”. Ou seja, aqueles que não dominam a raiva e a ira que brotam naturalmente do coração pervertido, o qual está arruinado pelo pecado, verão o mal se voltando contra si mesmos. Tudo o que se diz deveria ser dito olhando no espelho antes que atirando aos outros. Mark Twain declarou que “a ira é um ácido capaz de fazer mais mal ao recipiente em que está depositado do que a qualquer coisa sobre a qual seja despejado”. Então, por que ser recipiente de um temperamento ácido se o mais prejudicado não é o alvo da raiva e da ira, mas seu depositário?
3. “O insensato faz [fala] o que quer; o sábio pondera com calma” (Provérbios 29:11, A Mensagem). O mesmo versículo na Nova Tradução na Linguagem de Hoje diz: “O tolo mostra sua raiva, mas quem é sensato se cala e a domina”. Sendo assim, quando você fala e faz o que quer, vomitando toda a tua raiva podre sobre as pessoas inocentes, a Bíblia te classifica por tolo, sem juízo, desprovido de sabedoria. O desequilíbrio emocional é revelado no destempero social. O tolo, insensato e sem juízo é explosivo e temperamental, tolamente impulsivo. Tais pessoas possuem pavio curto, estão sempre apresentando e extravasando a fétida podridão de sua alma poluída. As pessoas que não permitem serem curadas pelo perdão divino por viver o cristianismo como uma teoria ou um conjunto de regras e regulamentos, desprovidas de um relacionamento permanente e íntimo com o Salvador e Libertador, são como bombas que lançam estilhaços às pessoas a sua volta, até mesmo àquelas que lhes desejam o seu bem – como o pai na história acima.
A sociedade atual é doente, é má, é injusta, é cruel, imoral e estúpida. Pessoas descontroladas, briguentas, explosivas e temperamentais são sempre uma ameaça de alta periculosidade à sociedade, principalmente para a própria família que está mais tempo e mais próxima a tais pessoas. As palavras de pessoas explosivas são como pólvora e fogo, incendiárias; sempre causam grandes estragos. As ações dessas pessoas resultam de serem dominadas por sentimentos inferiores, satânicos; em vez da paz, alegria, felicidade e amor que reina no coração totalmente entregue ao Senhor. Precisamos alcançar a sabedoria e aprender a lidar com os sentimentos, a fim de não sermos escravizados pela força da tolice. O melhor de tudo é não permitir que os sentimentos nos dominem, mas que o Senhor Jesus Cristo seja o regente do nosso viver. Desta forma, você e eu seremos pessoas que vivem conforme a sabedoria do céu, originária do trono do soberano Deus (estude atentamente Tiago 3:13-18).
Pr. Heber Toth Armí
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