domingo, 14 de março de 2021

A FRAGILIDADE DA POLÍTICA NACIONAL E MUNDIAL

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Daniel 2:34-35, 44-45

1. Um dia, o soberano do poderoso Império Babilônico sonhou com uma imagem contendo vários metais valiosos; entretanto, ele esqueceu completamente do que havia sonhado.

2. Em seus momentos de glória, o opulento rei da Babilônia ficou perturbado com aquele sonho; e, enraivecido ameaçou todos os sábios que não o ajudaram a lembrar do sonho, e por isso não podiam apresentar nenhum significado ou prognóstico.

3. A majestade do maior império da época encontrou alguém que resolveu sua inquietação, sua falta de memória e seu interesse no significado do sonho. Daniel, o servo do Deus do Céu, foi uma bênção ao rei e também aos sábios que foram condenados à morte. Após relembrar o sonho, apresentou seu significado: A estátua com vários metais se refere à política mundial que um dia será destruída subitamente:

     a) A cabeça de ouro simboliza a Babilônia, de 605 a.C. a 562 a.C.
b) O peito e os braços de prata representam Medo-Persa, de 562 a.C. a 539 a.C.
c) O ventre e os quadris de bronze apontam para a Grécia, de 539 a.C. a 30 a.C.
d) As pernas de ferro simbolizam Roma, de 168 a.C. a 476 d.C.
e) Os pés de ferro e barro assinalam a Europa dividida, de 476 d.C. até o dia da segunda vinda de Cristo.
f) A pedra que destruiu a estátua e transformou-se numa montanha profetiza do Reino Divino, iniciará na segunda vinda de Cristo e não terá fim. 

Nosso estudo visa o fim da política humana e o início da justa, perfeita e correta política divina, conforme revelado nos versículos 34-35, 44-45.

I.        O FIM DOS PODERES ADMINISTRATIVOS HUMANOS – Daniel 2:34, 44

1. Os pés de barro e ferro mostram que os poderes humanos são efêmeros, passageiros: Antes desses reinos fragilizados representados pelo ferro e o barro, outros reinos/impérios fortes, bem estruturados, imponentes e ricos tornaram-se apenas história antiga. Todos os impérios, sem exceção, tiveram início, meio e fim. Nenhum reino humano é eterno.

2. Os pés de ferro e barro representam os resquícios da política mundial após anos dourados de política e administração falidos: Os pés da estátua revelam a fragilidade dos reinos humanos. Sustentar uma estátua pesada com vários quilos de metais preciosos numa base frágil, significa a vulnerabilidade dos reinos humanos. Todos fracassaram.

3. Os pés de ferro e barro representa a última fase da história política do mundo: Esta última fase começou com o fim do Império Romano, em 476 d.C. Então, logo essa fase passará, dando lugar a um reino eterno, livre dos conflitos bélicos, das ameaças internas e externas, das mortes e violências, corrupções e imoralidades, injustiças e opressões que caracterizaram os reinos governados pelos poderosos seres humanos.

II. A DESTRUIÇÃO TOTAL DOS PODERES CRIADOS PELOS SERES HUMANOS – Daniel 2:35, 44

1. É possível observar que todas as fases anteriores tiveram seu fim: Todas as fases da profecia se cumpriram à risca, conforme Deus havia interpretado para Nabucodonosor através de seu servo, o profeta Daniel. Ou seja, intentar mudar o rumo da história, é investir no que já está provado ser um fracasso, uma ilusão, uma utopia – reinos efêmeros.

2. É possível uma última tentativa de liderar o mundo: Ao relacionar o barro com o poder religioso e o ferro com o poder civil, poderemos perceber a última tentativa de liderança mundial antes do fim dos poderes humanos, como está descrito na besta que subiu do mar, em Apocalipse 13:1-10; e, na besta que subiu da terra, em Apocalipse 13:11-18.

3. É impossível uma nova fase na estátua: Note que mesmo intentando preservar suas características procurando manter o poder que estão prestes a perder não há nada da estátua além dos pés; os pés de ferro e barro compõem a última fase da história da humanidade com líderes humanos, em seguida vem a pedra destruidora.

III. O ESTABELECIMENTO DO REINO DE DEUS SE DÁ COM A DESTRUIÇÃO DOS REINOS HUMANOS – Daniel 2:35, 44-45

1. A pedra vem do Céu, não tem qualquer participação ou envolvimento humano: Todo acontecimento relacionado à pedra é sobrenatural. É de origem divina. Seu efeito é radical ao acertar exatamente nos pés da estátua de vários metais.

2. A pedra esmiuçou tudo o que era estátua: Não sobrará nada para contar a história. Isso significa que nada sobrará da política ou administração humana. Embora pareça que até chegar à fase dos pés, todas as culturas passadas terão exercido alguma influência na última fase, após a destruição causada pela pedra nenhum resquício de influência ou filosofia passará ao novo reino.

3. A pedra significa o Reino de Deus em lugar dos reinos dos homens: o reino de Deus não terá nenhum rival, será único, eterno, justo, perfeito, indestrutível, ou seja, incomparável. Seus súditos serão aquelas pessoas que se prepararem para participar dele, se comprometendo no presente com o Rei Jesus Cristo.

CONCLUSÃO:

1. O reino de Deus começa aqui agora: Ao pedir a Deus na oração modelo “venha o Teu reino” (Mateus 6:10), esse reino começa no coração. Ainda não é o reino de glória, é o reino da graça, o qual não se pode ver sem “nascer de novo” (João 3:3), nem entrar sem “nascer da água e do Espírito” (João 3:5). Por isso, é dito que não está nem aqui nem ali, “está dentro” do crente (Lucas 17:21) que se converte dos reinos mundanos a súdito do reino celestial, estabelecido pelo próprio Deus (Daniel 2:44).

2. O reino de Deus será levantado quando os reinos deste mundo forem destruídos: Tal destruição acontecerá na segunda vinda de Cristo (Apocalipse 17:14; 19:19-21); porém, só encherá toda a Terra depois de mil anos de seu início, quando o reino das trevas e todos os seus súditos forem definitivamente eliminados (Apocalipse 20:7-21) e a Terra for totalmente renovada, deixando todo vestígio do pecado e seu autor no passado (Apocalipse 21:1-5).

3. O reino de Deus enfrentará com poder aos reinos deste mundo: Isso porque os ambiciosos, orgulhosos, arrogantes, insubmissos e gananciosos líderes políticos não abrirão mão de seus planos sem lutar. Da mesma forma que a pedra impacta e esmiúça a estátua, a vitória de Cristo não será passiva, será dramática, tanto na segunda vinda (Apocalipse 19:11-18) quanto após o milênio (Apocalipse 20:1-10), tornando Jesus o grande conquistador, “Rei dos reis e Senhor dos senhores”.

APELO:

1. Se você quer estar do lado vencedor precisa hoje se submeter Àquele que será o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

2. Se você quiser fazer parte do reino eterno, indestrutível e invencível, hoje você precisa decidir ser súdito do reino da Pedra, cujo rei é Jesus Cristo.

Pr. Heber Toth Armí


quinta-feira, 4 de março de 2021

A TOLICE DO MEDO PODE SER VENCIDA COM FÉ

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Números 14:1-11, 25-35 

1. O medo é um sentimento negativo que veio junto com o pacote das consequências do pecado (Gênesis 3:10).

2. O medo pode nos levar a decisões loucas e ao caminho da morte, fazendo o medroso pensar que era a melhor opção.

3. O medo precisa ser destruído antes que ele nos leve à desgraça, até nos destruir completamente.

I. NOTE QUE O MEDO PODE AGIR EM NOSSA VIDA SEM QUALQUER RAZÃO LÓGICA – Números 13:1

1. O medo é promovido por pessoas sem fé: Ao ouvir as informações negativas dos dez espias pessimistas sobre a Terra Prometida (Números 13:31-33), toda a congregação se levantou e gritou em alta voz, chorando a noite inteira (Números 14:1). Isso porque o povo preferiu ignorar tudo o que o Senhor Deus fizera desde a saída do Egito (dez miraculosas pragas, libertação sobrenatural das mãos do poderoso Faraó, abertura do mar vermelho para o povo atravessar, afogar ao maior exército do mundo, maná por cerca de 2 anos alimentando aproximadamente 2 milhões de israelitas). Será que o Deus que pode fazer tudo isso não pode vencer os gigantes da Terra de Canaã? 

2. O medo é um sentimento geralmente infundado: Ao infamarem a terra que haviam espiado, os dez espias incrédulos fizeram afirmação falsa de que a terra devora seus moradores (Números 13:32). O povo não questionou essa mentira, pois só chorava (Números 14:1). Note que é ilógico chorar a noite toda diante de um Deus que já Se mostrara Todo-poderoso! O medo ignora tudo o que Deus faz, despreza toda estratégia pedagógica que Deus utiliza para revelar Sua onipotência; isso explica o choro do povo. Será que os gigantes eram mais fortes e poderosos do que o Soberano Deus do Universo?

3. O medo limita a visão real das coisas, sufoca a fé e deturpa a interpretação da realidade: Precisamos parar e analisar qual a razão de nosso medo e avaliar qual é a base para esse sentimento dominar nossos sentidos. Observar a história do que Deus tem feito por nós nos dá o caminho para vencer o medo. A realidade inclui o mundo espiritual, reconhecido pela revelação de Deus em Sua Palavra.

II. NOTE QUE O MEDO IMPEDE O BOM FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO – Números 13:2-4 

1. O medo pode surgir pela paralisação do funcionamento da mente humana: Certa loucura se apossa de quem esquece a Deus e se apega ao medo. Houve uma murmuração em massa contra Moisés e Arão (Números 14:2). Por qual razão? Veja o argumento do povo: “Seria melhor se tivéssemos morrido no Egito ou mesmo nesse deserto” (NTLH, Números 14:2). Uma noite de choro por uma suposição absurda! O cérebro não estava funcionando mais – eis a razão de tanto medo!

2. O medo impossibilita de enxergar boas opções: Veja qual nível de argumentação desce a loucura oriunda do medo: “Por que será que o Senhor Deus nos trouxe para esta terra? Nós vamos ser mortos na guerra, e as nossas mulheres e os nossos filhos vão ser presos. Seria melhor voltarmos para o Egito” (Números 14:3). Retornar ao caminho da escravidão seria melhor que a vida em liberdade? Desistir de entrar na terra que mana leite e mel e voltar para o Egito devastado pelas pregas divinas seria melhor? Será que pensaram que não haveria boa recepção para os fugitivos que saíram e ainda deixaram para trás um Egito destruído com os primogênitos mortos de todas as famílias?

3. O medo precisa ser paralisado para que não nos leve à desgraça: A visão do medroso vai além de conduzir-nos ao pessimismo, faz o indivíduo tomar decisões estúpidas. Veja a proposta dos medrosos frente ao portal da Terra Prometida: Diziam uns aos outros: “Vamos escolher outro líder e voltemos para o Egito” (Números 14:4). Tal decisão implica na rejeição do líder que Deus escolhera para guiar Seu povo. Assim o povo descartava ao Deus que miraculosamente os libertou da escravidão, demonstrava que a libertação foi um erro, como se continuar na desgraça da escravidão é melhor que ser livre. Que loucura! Precisamos da sabedoria divina para nos libertar da nossa tolice!

III. NOTE QUE O MEDO CONDUZ A ATITUDES TOLAS, COM CONSEQUÊNCIAS INDESEJADAS – Números 14:5-11, 25, 28-35

1. O medo alcança proporções inimagináveis quando lhe damos espaço: Diante da entrada da Terra Prometida, diante as evidências trazidas pelos espias de que a terra realmente era muito boa a tal ponto de precisar de dois homens para transportar um cacho de uvas, diante das palavras de ânimo e incentivo dos líderes fiéis, o povo ameaçou matar a Moisés, Arão, Josué e Calebe a pedradas como se fossem cachorros do mato (Números 14:5-10).

2. O medo vai além de tentar tirar a vida de inocentes, afronta a Deus: Ao falar do povo com Moisés e Arão, Deus desabafa: “Eu tenho ouvido as reclamações dos israelitas. Até quando vou aguentar esse povo mau, que vive reclamando contra mim?” (Números 14:27). Afrontar a Deus é o cúmulo do absurdo. Evidencia até onde chega a loucura humana. Agir com arrogância, orgulho e prepotência contra o Deus Onipotente é perder completamente a noção do perigo. Deus já havia reconhecido a rejeição do povo ao refletir com Moisés e Arão: “Até quando este povo vai me rejeitar? Até quando não vão crer em mim, embora eu tenha feito tantos milagres entre eles?” (Números 14:11).

3. O medo, além de nos impedir de receber as bênçãos divinas, nos faz desperdiçar a vida: Rebelar-se contra o Autor da vida é preferir morrer antes que viver. Rejeitando a fonte da vida, a morte entra como última consequência. O povo que preferia ter morrido no deserto ou voltar ao Egito antes que usufruir as bênçãos da Terra Prometida (Números 14:2, 4), recebeu o que desejou: Voltou rumo ao deserto, pelo caminho do Mar Vermelho até os homens acima de 20 anos morrerem no deserto – demorou 38 anos para Israel entrar na terra prometida (Números 14:25, 28-35).

CONCLUSÃO: Esta reflexão deve terminar de forma positiva. Para isso, vamos focar em Números 14:8-9.

1. O medo precisa ser diagnosticado e enfrentado.

2. O medo precisa ser tratado; o texto nos oferece três passos para tratá-lo:

a) Enfrente o medo agradando a Deus, tendo fé em Seus planos.

b) Confie na promessa de Deus, Ele certamente a cumprirá.

c) Não seja rebelde contra Deus, mas obediente.

3. O medo precisa sair para dar espaço à confiança em Deus em nosso coração, pois quem teme a Deus não tem medo dos rebeldes – ainda que sejam gigantes. Tenha fé!

4. O medo perde seu poder quando confiamos no poder de Deus, e nos dá coragem para agir contra inimigos desamparados. Experimente!

Pr. Heber Toth Armí


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