INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Malaquias 2:17
1. Diferentes
formas de questionar a Deus revelam diferentes atitudes do coração humano diante
dEle: Enquanto Asafe (Salmo 73), Jeremias (Jeremias
12) e Jó (Jó 21) questionavam em busca de respostas, os judeus da época de
Malaquias enfadavam a Deus com seus questionamentos; pois, queriam justificar o
relaxo espiritual e defender suas práticas imorais, como:
a) Profanação da aliança com Deus (Malaquias
2:10).
b) Casamento com descrente, jugo desigual
(Malaquias 2:11).
c) Infidelidade conjugal, adultério
(Malaquias 2:13-15).
d) Divórcio, repúdio do cônjuge (Malaquias
2:16).
e) Feitiçaria, infidelidade, mentira,
injustiça, opressão e exploração (Malaquias 3:5).
f) Roubo nos dízimos e ofertas (Malaquias
3:8), etc.
2. Diferentes
atitudes atraem diferentes respostas da parte de Deus:
Asafe e Jeremias obtiveram respostas positivas às suas indagações, mas os
judeus contemporâneos de Malaquias foram informados que enfadavam a Deus e,
ainda ignoravam esse fato revelado pelo profeta.
3. Indiferença
diante de Deus gera ceticismo, incredulidade e arrogância ou atitudes
heréticas. Conceitos humanos formam teologia adulterada,
contaminada e deturpada. “Pensais,
qualquer que faz o mal passa por bom diante do Senhor, e desses é que Ele se
agrada; ou: Onde está o Deus do juízo?” Quem pensa assim exalta, levanta a
voz, e ataca ao misericordioso e gracioso Deus!
I. A CONCLUSÃO DOS
CÉTICOS PODE ATÉ TER LÓGICA E FUNDAMENTO, MAS DESPROVIDA DA REVELAÇÃO DE DEUS ELA
SERÁ EQUIVOCADA – Malaquias 2:17
1. A falta de humildade e submissão à
revelação de Deus tira conclusões equivocadas das evidências no mundo e na
sociedade: Deus faz nascer o sol sobre justos e injustos
(Mateus 5:44-45); Sua bondade pelos pecadores produz arrependimento (Romanos
2:4). Consequentemente, os que confiam em sua razão limitada e defeituosa
concluem que os maus são considerados bons por Deus.
2. A falta de discernimento espiritual
deturpa fatos palpáveis: A ignorância espiritual confunde
paciência, graça e misericórdia divinas com injustiça, indiferença ou até mesmo
chega-se a crer na inexistência de Deus ou mesmo que Ele tenha virado as costas
para a humanidade.
3. A falta de humildade para admitir erros impossibilita
a compreensão real de quem é Deus: A atitude dos judeus revela
que as justificativas frente à perversão moral podem ser lógicas (corruptos
prosperam, ladrões são bem sucedidos, depravados enriquecem, etc.), porém,
ofendem ao Deus que é gracioso e misericordioso, mas também santo e justo, e no
Seu tempo fará justiça.
II. A CONCLUSÃO DOS
CÉTICOS SEMPRE ESTARÁ ENCHARCADA DE CORRUPÇÃO TEOLÓGICA – Malaquias 2:17
1. Ao
racionalizar a conduta sem ética, o pecador certamente estará ofendendo a Deus
por suas críticas infundadas: Desde que Adão
justificou sua queda acusando a Deus por ter feito Eva, os seres humanos têm se
enredado nesse tipo horrendo de filosofia. Em Malaquias, após o povo declarar
que “qualquer que faz o mal passa por bom
diante de Deus”, passa a defender a tese de que é dos maus “que Deus se agrada”.
2. Ao
racionalizar a culpa pelos atos pecaminosos, o pecador questionará e condenará
a Deus como indiferente, injusto, profano ou mesmo declarando Sua inexistência:
Se Ele é bom e os bons não prosperam é porque Deus é incapaz de agir ou é
porque Ele não existe. O povo de Israel lidava com tais questões, pois ao
retornar do cativeiro babilônico e reconstruir o templo de Deus, a situação
deles era deplorável e caótica, enquanto que as nações pagãs prosperavam. A
miséria e desgraça vividas pelos israelitas após o retorno do exílio eram fatos
que promoveram conclusões equivocadas nos indiferentes pecadores, quando na
verdade deveriam ter olhado para suas perversidades morais e éticas para
obterem conclusões corretas de suas análises.
3. Ao
racionalizar a perversão da justiça geralmente Deus é tido como réu em vez de
juiz: Os culpados se levantam como juízes para
condenar a Deus. Os injustos para com os carentes taxam o caráter de Deus de
corrupto por acreditarem que Ele recompensa o mal e ignora o bem, e por crerem
que, se Deus existe, Ele Se agrada dos maus e não dos bons (interessante que
eles eram bons só no pensamento deles, não no de Deus).
III. A CONCLUSÃO DOS
CÉTICOS É QUE NÃO HÁ AÇÃO DE DEUS NA HISTÓRIA OU QUE HAVERÁ JULGAMENTO FUTURO –
Malaquias 2:17
1. Ao
questionar a Deus não significa que o questionador está certo.
Arguir “onde está o Deus do juízo?”
sugere que Deus não está sendo justo, que Ele não age corretamente, que Ele é
imparcial, ou que Ele é indiferente ou lerdo demais para lidar com os assuntos
do mundo ou que Ele não existe. Sendo que os acusadores eram culpados diante de
Deus, a hipocrisia deles evidenciava cada vez mais. O culpado geralmente
projeta nos outros a sua transgressão, e tem aqueles que ousam projetar sua
perversidade no caráter de Deus.
2. Ao
questionar a Deus não significa que o interpelador tenha razão, mas que fundamenta
suas questões sobre meras opiniões. A visão humana é
limitada, diferente da visão de Deus que é infinita. Apegar-se ao próprio
entendimento é loucura, por mais que seja chamado de sabedoria. Fazer das meras
opiniões convicções é o cúmulo da ignorância, por mais que haja alguma coisa
que lhe sirva de prova – maus prosperando e os bons sobrevivendo.
3. Ao
questionar a Deus o cético revela que é cego e ignorante diante das grandes
questões da vida. A atuação de Deus na história está
claramente revelada desde Gênesis até Apocalipse, desde a criação até à
recriação. Sua maior atuação foi dar Seu único Filho para morrer numa cruz para
salvar aos condenados pecadores.
CONCLUSÃO:
1. Céticos
são ousados, provocadores, intrometidos, acham-se donos da verdade quando
realmente eles estão tentando apagar a consciência diante da vida perversa que
levam; é mais conveniente crer que Deus não existe do que acreditar que um
juízo divino aguarda a todos no final da história (ver também II Pedro 3:3-7).
2. Céticos
são racionais, lógicos e retóricos em seus argumentos, suas meras opiniões
possuem a força da convicção como se eles fossem donos da verdade, quando, na
realidade, eles se escondem atrás dos seus argumentos a fim de levar uma vida
sem precisar dar satisfação para ninguém.
3. Céticos
são arrogantes, orgulhosos, cegos e surdos para a revelação de Deus; por isso,
nem mesmo o próprio Deus que sonda os corações, dono de toda sabedoria, e pós-doutorado
em todas as matérias, consegue convencer àqueles que O enfadam com suas
palavras ingênuas. Contudo, abra os olhos, fique atento que Deus está graciosa
e misericordiosamente te dando tempo para que te arrependas, antes que venha o
dia do acerto de contas (Malaquias 3:1-5; 4:1-6).
APELO:
1. Procure
enxergar a vida com uma visão mais elevada.
2. Abandone
as meras opiniões pelas sábias revelações divinas.
3. Tente
compreender o gracioso plano de Deus e Sua imensa misericórdia para com você...
Pr. Heber Toth Armí.
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