INTRODUÇÃO: Texto bíblico
principal: Lucas 11:42
1. Os fariseus eram meticulosos na prática do dízimo, eles até
exageravam devido ao seu grande zelo religioso.
2. Os fariseus eram
rigorosos quanto a dizimar tudo, até dos temperos que nasciam no quintal de
suas casas.
3. Os fariseus, apesar de
serem tão sistemáticos, foram reprovados por Jesus no versículo deste sermão. O
que Jesus quer nos ensinar com este texto? Antes de prosseguir, considere:
a) O versículo em apreço
não focará quem é negligente no dízimo.
b) O versículo em análise
fala ao coração de quem é fiel, é zeloso e preza por aplicar os ensinamentos divinos
referentes ao dízimo.
c) O versículo em foco contém
uma mensagem importante para alinhar nosso coração com a vontade do Pai;
portanto, preste atenção!
I. JESUS CONDENA DIZIMISTAS DOMINADOS POR MOTIVAÇÕES EQUIVOCADAS – Lucas
11:42
A declaração de Cristo “Ai de vós” dita diretamente aos
fariseus, embora possa expressar pesar pela atitude desses líderes religiosos
frente à práticas espirituais, à ideia é de condenação. O que isso implica?
1. Deus existe e exige justiça. Ele criou os seres
humanos e os fez com capacidade moral. Ele concedeu a Cristo a capacidade de
julgar em razão dEle ter nascido neste mundo e convivido com todos os tipos de
pessoas. As quais podem ser resumidas em dois grupos:
a) Pessoas abertas: Aquelas que Ele tinha acesso, humildes, desejosas
de perdão e salvação, dispostas a seguirem os princípios do céu com alegria e
submissão.
b) Pessoas de coração duro: Aquelas que eram apáticas, indiferentes
e frias frente aos sábios ensinamentos de Cristo. Que rebatiam as sábias
instruções divinas.
2. Deus observa as pessoas, e todas elas passarão pelo tribunal
celestial:
As pessoas gostam de viver a vida como bem entendem, por isso elas não gostam da
ideia de um julgamento. Talvez nesse ponto resida uma das mais fortes
motivações para o ateísmo: Viver sem precisar dar satisfação para ninguém. Deste
modo, parece mais atraente a crença de que Deus não existe. Porém, Ele existe e
vai julgar o mundo.
II. JESUS CORRIGE DIZIMISTAS DESFOCADOS DA ESSÊNCIA DA VERDADEIRA
RELIGIÃO – Lucas 11:42
O contexto explica
alguns pontos interessantes. Olhemos um pouco a história. O povo de Deus, Israel,
foi para o cativeiro depois de tantos alertas dos profetas fieis. O povo que
não quis arrepender-se de seus pecados e mudar de vida enquanto aproveitavam a
Terra Prometida, perdeu seus privilégios e foi para o cativeiro babilônico. Em 70
anos de exílio, alguma coisa mudou, mas não muito. Os judeus abandonaram radicalmente
o politeísmo, idolatria e paganismo religioso, mas em relação ao dízimo, o povo
revelou muita dificuldade. Então, alguns mestres instruíram o povo após o
retorno de Babilônia:
a) Neemias
10:37; 12:44; 13:5 – Apesar destes ensinamentos o povo não os aplicou plenamente.
b) Ageu
1:6, 9-10; 2:8 – O dono de toda a prata e de todo o ouro não quer dinheiro de
ninguém, Ele só não quer que o dinheiro seja um obstáculo entre Ele e o povo.
c) Malaquias
3:7-10 – É evidente que o povo não assimilava a doutrina do dízimo à sua vida
prática, e mais uma vez foi necessário instruir sobre o tema com veemência.
Alguns indivíduos
atentos, observando a dureza de coração do povo e a negligência quanto às
instruções espirituais, decidiram conservar a doutrina divina, preservar os
ensinamentos a todo custo; e assim, levar à sério o que Deus exige, para que não
tenham que ir novamente ao cativeiro. Com estes indivíduos surgem o grupo dos
fariseus. Em outras palavras, os fariseus, com uma origem nobre, era o que de
melhor a religião judaica tinha na época de Cristo; contudo, Jesus os condena.
O que isso nos ensina?
1. Podemos não ter problemas com crença ou descrença, mas com deturpar
a doutrina.
Crer no dízimo é uma coisa, mas adulterar a doutrina do dízimo é outra coisa.
Os fariseus, em sua dedicação foram exagerados em seu zelo, a tal ponto de dizimar
folhas – que Deus nunca requereu de ninguém em parte alguma de Sua Palavra.
Hortelã, arruda e hortaliças estavam além do que Deus pediu (ver Levítico
27:30; Números 18:21).
2. Podemos ser rigorosos em alguns pontos e cair na negligencia
de outros mais relevantes: Ampliar ou elevar a lei de Deus não significa mais santidade;
significa legalismo, o que contribui para o desenvolvimento do orgulho humano.
Além disso, dízimo não é uma barganha com Deus ou um amuleto da fé que serve
para proteger do juízo divino. Portanto,
a) Cuidado com erros em relação ao dízimo. Jesus cita exatamente o
acréscimo instituído pelo homem; e mostra que os homens estavam colocando
ênfase nestas coisas; e, em contrapartida, o que Deus requeria da verdadeira
religião estava sendo desprezado.
b) Cuidado com seguir o que Deus não pediu. Às vezes, parece ser
mais fácil seguir acréscimos humanos nos mandamentos de Deus do que seguir o
que Deus pede. Então, é preciso prestar atenção para não irmos além do que “Está
Escrito” ou ficar aquém do que “Está Escrito”.
3. Podemos descuidar a tal ponto de ignorar o essencial por
causa das coisas triviais acrescentadas por homens. Cuidado com ser
rigoroso num ponto e desprezar outros. Dois itens ficaram no esquecimento dos “fieis”
dizimistas do grupo dos fariseus, e merecem nossa consideração:
a) A justiça de Deus: Isso significa preocupação com o direito do
oprimido, proteção e vindicação do mais fraco, auxílio aos carentes e rejeitados
da sociedade. Justiça significa também tratar as pessoas com dignidade, como
filhos de Deus, agir justamente com todos. Em última análise, significa ser
coberto com a justiça de Cristo para ser justificado perante Deus.
b) O amor de Deus: Como representantes de Deus, os religiosos devem
revelar o amor na prática da generosidade e da graça (Mateus 5:23-24). Isso só
é possível amando a Deus e recebendo Seu amor. Nisso consiste a essência da
religião verdadeira (Miqueias 6:8; Zacarias 7:8-10; Mateus 22:34-40; Romanos
13:10).
III. JESUS ORIENTA OS DIZIMISTAS DESEQUILIBRADOS VISANDO SALVÁ-LOS – Lucas
11:42
O imperativo de Cristo
com a frase: “...devíeis, porém, fazer
estas coisas, sem omitir aquelas”, revela a intenção de ajudar, orientar e
corrigir para salvar. Enriquecemo-nos espiritualmente caso entendamos e apliquemos
à nossa vida os nobres ensinamentos de Cristo contidos nessas frases:
1. Devemos fazer estas coisas, isto é, praticar a justiça e o
amor de Deus.
Desses dois itens consiste a verdadeira religião. Sem eles a religião perde a
sua essência.
2. Devemos fazê-las sem omitir aquelas, isto é, a prática da
entrega dos dízimos.
Movido pelo amor ao próximo e pela promoção da justiça no mundo, o cristão
colaborará com os recursos recebidos de Deus para alcançar pessoas para o
evangelho em lugares pertos e distantes.
CONCLUSÃO:
1. Se quisermos ser fieis realmente jamais devemos ir além nem
ficar aquém do que Deus nos pede.
2. Se quisermos ser
honestos não podemos ir além nem ficar aquém do que “Está Escrito” na Palavra de
Deus.
3. Se quisermos viver a
essência da verdadeira religião, precisamos eliminar a religião manca, que
enfatiza uma coisa em detrimento de outra.
APELO:
1. Reconheça a Deus como Soberano, Dono de tudo e Provedor para
você.
2. Pratique a justiça e o
amor de Deus no teu dia a dia.
3. Não omita a prática dos dízimos,
pois ela é importante para o desenvolvimento do Reino de Deus na Terra.
Pr. Heber Toth Armí
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