quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

SERÁS FELIZ AO RENDER GRAÇAS AO DEUS ALTÍSSIMO


INTRODUÇÃO: Texto Bíblico: Salmo 92:1-4

1. As ações do Criador na esfera humana propiciam reações nobres e elevadas em nosso coração pecador.

2. As obras de Deus em prol dos pecadores devem tocar as cordas de nosso coração e produzir músicas de adoração.

3. As intervenções do Senhor na vida de Seus servos devem ser reconhecidas e resultar em motivos para unirmos para exaltar, glorificar e louvar o Seu poderoso nome.

a) Muitas vezes o que julgamos bom para nós nos leva à experiências ruins, degradantes e até deprimentes; somente Deus sabe o que é realmente bom para nós.

b) Muitas vezes precisamos refletir nas palavras do salmista que experimentou o prazer que é realmente; e então, inspirado pelo Espírito Santo, revelou a nós:

I. CONFORME O SALMO, O QUE É BOM? – Salmo 92:1

1. Render graças ao Senhor é bom: Isso não quer dizer simplesmente falar/cantar de Deus ou render graças pelo que Ele fez. Não! Vai bem além disso, significa dar graças diretamente a Deus.

2. Cantar louvores diretamente a Deus é bom: 

a) Quando cantamos o hino 48 do Hinário Adventista não estamos dando graças a Deus...

Chegai-vos, ó crentes, vinde jubilosos
Sigamos a estrela do céu de Belém!
Eis que é nascido Cristo, rei da Glória!

Ó, vinde adoremos!
Ó, vinde adoremos!
Ó, vinde adoremos o Rei Salvador!

Estamos convidando pessoas para fazer render graças a Deus. A terceira estrofe encerra...

Com altos louvores, glória a Deus rendemos,
Por Cristo que ao mundo desceu lá do além!
Oh! Para sempre temos Deus conosco!

b) Quando cantamos o hino 15 do Hinário Adventista também não rendemos graças a Deus, pois é cantado às criaturas para convidá-las a adorar ao Criador...

Vós, criaturas do Senhor
Oh, elevai a Deus louvor!
Oh, louvai-O! Aleluia!

[...].

Oh Terra e Céu, a Deus honrai;
Preito de amor e graças dai!
Oh, louvai-O! Aleluia!

[...].

Vós, homens sábios e de bem,
Dai ao Senhor louvor também!
Oh, louvai-O! Aleluia!

Dai glória ao Filho, glória ao Pai,
E ao Santo Espírito louvai!
Oh, louvai-O Oh, louvai-O!
Aleluia! Aleluia! Aleluia!

c) Quando cantamos o hino 20 do Hinário Adventista aí sim estamos rendendo graças a Deus...

A Ti, toda glória e louvores rendemos,
Senhor do Universo e Deus, Criador!
Reunidos, rogamos as Tuas santas bênçãos,
E graças ofertamos por Teu grande amor.

[...].

Louvores rendemos por Tua bondade.
Teu Filho querido nos deste, na cruz;
Sua morte nos trouxe perdão e eternidade,
E abriu-nos os portais para o reino de luz.

II. O QUÊ CANTAR E QUANDO FAZÊ-LO? – Salmo 92:2

1. De manhã: “Anunciar Teu amor ao romper de cada dia” (Bíblia A Mensagem). A primeira atitude de quem reconhece Deus como provedor de bênçãos é agradecer-Lhe ao acordar pela manhã.

2. À noite: “Cantar Tua fiel presença durante toda a noite” (Bíblia A Mensagem). A última atitude de quem reconhece a fidelidade de Deus antes de fechar os olhos para dormir é cantar-lhe sobre Sua presença incessante.

III. COMO CANTAR, DE ACORDO COM O SALMISTA? – Salmo 92:3

1. Com instrumentos de dez cordas. “Com todo o naipe de cordas” (Bíblia A Mensagem).
2. Com saltério.
3. Com a solenidade da harpa.

a) Os instrumentos musicais intensificam nossa ação de render graças ao Senhor.
b) Os instrumentos musicais impulsionam nossas palavras de louvor ao Senhor.
c) Os instrumentos musicais fortalecem nossa voz em nossos atos de dar graças ao Deus Altíssimo!

IV. POR QUE CANTAR COM ALEGRIA E ENTUSIAMO? – Salmo 92:4

1. Porque o Senhor nos alegra com Seus feitos. “Tu me deixaste tão feliz, ó Eterno!” (Bíblia A Mensagem). A disposição com que o louvor precisa ser feito na adoração deve resultar da bondade do Senhor sobre Seus adoradores; consequentemente, o fervor tomará conta do adorador.

2. Porque há satisfação em reconhecer as obras de Deus. “Vi Teus feitos e gritei de alegria” (Bíblia A Mensagem). A intensidade com que o adorador verdadeiro louva ao Senhor se deve ao fato que “as canções mais belas do mundo não bastam para louvar ao Senhor por Suas obras de criação, providência e redenção. O simples fato de pensar nessas coisas faz o coração cantar de alegria... servem de combustível às chamas do louvor” (William MacDonald).

CONCLUSÃO:

1. Render graças diretamente ao Deus verdadeiro, reconhecendo as inúmeras bênçãos que emanam de Seu trono para nós através de Suas intervenções, proclamar Seu infindo amor e eterna fidelidade, são atitudes que ao praticarmos nos encherão de intensa alegria. Por isso, “é bom render graças ao Senhor”.

2. Render graças com sinceridade e sem acanhamento ao Senhor significa reconhecer em primeiro lugar o Seu amor mantedor ao acordar pela manhã e confiarmos em Sua fidelidade em todas as nossas atividades até à noite; por fim, descansar em Suas sublimes e confortadores atributos. Por isso, “é bom cantar louvores ao teu nome, Ó Altíssimo”.

3. Render graças ao Senhor implica em quebrar o poder da melancolia, permitir que o coração se encha de alegria e perceber que é a conexão com Deus de manhã até a noite, de domingo à sábado, de janeiro à dezembro, que nos torna seres humanos verdadeiramente felizes, realizados e satisfeitos.

APELO:

1. Reflita nas bênçãos em tua vida diariamente.
2. Reflita no que Deus fez e faz por você diariamente.
3. Reflita diariamente em tua adoração a Deus:

a) Possui sinceridade?
b) Possui plenitude de alegria?
c) Possui a força e a dedicação que Deus merece?

Pr. Heber Toth Armí

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

A FRUSTRAÇÃO DURANTE A JORNADA DA FÉ


INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Gênesis 12:10-20

1. Seria possível que as interferências de Deus em nossa vida tragam maiores desafios do que rejeitar Seus planos para nós?
2. Seria possível que aceitar o chamado de Deus nos tira completamente de uma zona de conforto e leva-nos à provações que nunca imaginávamos enfrentar?
3. Seria possível que ao responder ao chamado de Deus, nossa vida calma, pacífica e estável poderia virar um caos, de cabeça para baixo? Observe que:

a) Abrão descendia de Sem, um dos filhos de Noé; ele era o primogênito de Terá, assim, herdaria legalmente os privilégios e as responsabilidades atribuídas ao patriarca de um clã.
b) Abrão era casado com Sarai, uma mulher estéril; portanto, o casal era desprovido de herdeiro das riquezas que lhe eram de direito. Contudo, acomodado com a situação, Abrão vivia tranquilo em Ur dos Caldeus, ao norte da Mesopotâmia.
c) Abrão recebeu a visita de Deus, O qual o desafiou a deixar para trás o comodismo e a segurança de sua vida estável, em troca de impressionantes promessas (Gênesis 12:1-3). A partir daí sua vida parece ter entrado no olho do furacão.

1) Com 75 anos de idade Abrão deixou a cidade de Harã e “partiu como o Senhor lhe havia dito” (Gênesis 12:4).
2) Com 75 anos Abrão pegou todos os seus pertences, sua riqueza e seus queridos “e saíram para a terra de Canaã, e lá chegaram” (Gênesis 12:5).
3) Com 75 anos Abrão atendeu a Deus, recebeu confirmação que a promessa era garantida; então, adorou ao Senhor. Porém, ao chegar ao destino, “havia fome naquela terra” (Gênesis 12:6-10).

I. MESMO SEGUINDO OS PLANOS DE DEUS PODEMOS ENFRENTAR CRISES EM NOSSA EXISTÊNCIA – Gênesis 12:10

As dificuldades surgem logo após seres humanos pecadores responderem positivamente ao chamado divino. As provas da vida nos levam às crises existenciais. Os desafios nos preparam para agir. Diante da fome na “terra prometida”, Abrão reagiu rapidamente. Não é assim que se deve agir diante de um problema que ameaça a nossa existência?

1. Assim como não foi Abrão que buscou a Deus e Seus planos, o mesmo pode acontecer conosco: Graciosamente, Deus toma a iniciativa de procurar-nos.
2. Assim como Abrão respondeu ao chamado divino e enfrentou crises, o mesmo pode acontecer conosco: Deus não promete que será fácil fazer Sua vontade.
3. Assim como Abrão teve provas ao obedecer ao pedido divino, assim também pode acontecer conosco; pois, neste mundo, as coisas conspiram contra os planos de Deus para nós.

II. MESMO SEGUINDO OS PLANOS DE DEUS É POSSÍVEL QUE PRECISAREMOS TOMAR MEDIDAS DRÁSTICAS QUANDO ENFRENTAMOS CRISES – Gênesis 12:10

Atender a ordem de Deus significa renúncias. Renúncias do comodismo, conforto, privilégios, etc. Diante das crises de viver pela fé, vale a pena as renúncias? As provas nos desafiam. E, se somos proativos, decisões são tomadas rapidamente. Busca-se informações, analisa a direção a seguir, pesa na balança os prós e os contra; e, reagimos prontamente. Não é assim que os sábios orientam? “Abrão desceu ao Egito, para peregrinar ali, porque a fome era grande na terra”.

1. Descer ao Egito quando as crises aparecem significa tentar tomar o controle da situação antes que a situação caótica tome conta de nossa história.
2. Descer ao Egito equivale a tomar decisões imediatas aos problemas a fim de salvar nossa família e os bens que adquirimos com muito esforço.
3. Descer ao Egito significa agir por medo – não por fé –, desespero. Não há evidência que Abrão consultou a Deus quanto ao quê fazer naquela crise de comida: Ele simplesmente desceu ao Egito assim como nós agimos sem consultar a Deus inúmeras vezes diante dos problemas e desafios que enfrentamos.

III. MESMO QUE NOS EQUIVOQUEMOS TENTANDO VIVER OS PLANOS DE DEUS, O COMPROMISSO E A PACIÊNCIA DELE CONTINUAM À NOSSA DISPOSIÇÃO – Gênesis 12:11-20

Parece inteligente se informar sobre a decisão a ser tomada. Aparenta ser uma pessoa de visão aquela que, além de conhecer os riscos numa determinada solução, se prepara estrategicamente para se sair bem. Abrão formulou uma mentira camuflada para não ser morto no Egito ao fugir da crise de alimento na Terra de Canaã. E, ele estava certo em tudo o que planejou; e, aparentemente, tudo saiu como havia previsto (ou melhor, quase tudo...).

1. Sem consultar a Deus usamos nossas experiências, apegamo-nos a nossa esperteza e dependemos de nossas habilidades geniais a fim de lidar com os problemas que nos assaltam; ainda que pareça que nossos métodos sejam bons, nossos planos fraudulentos serão desmascarados.
2. Sem consultar a Deus nossas melhores soluções podem piorar a situação-problema, além de causar vergonha e experimentar o peso da humilhação; porém, apesar de tudo, Deus está operando para colocar-nos novamente nos trilhos.
3. Sem consultar a Deus certamente tomaremos decisões/direções contrárias à Sua vontade, afastaremos de Seus planos. Contudo, Ele nos acompanha para nos ajudar com o caos que causaremos e nos livrar das nossas soluções deprimentes; pois, Sua misericórdia e paciência com nossa ignorância e teimosia preservam Seu compromisso conosco.

a) Abrão promoveu descaradamente a promiscuidade na realeza, e se deu bem ganhando vários presentes; mas, o Deus que odeia o pecado manifestou Sua desaprovação ao Faraó. É assim que agimos quando ignoramos a Deus em nossos projetos.
b) Abrão foi expulso do Egito, saiu derrotado, humilhado e envergonhado de um plano que acreditava dar certo. Quando tentamos depender de pessoas e tirar vantagens delas, caímos na própria armadilha.
c)  Abrão arquitetou o erro, mentiu, promoveu adultério, desconsiderou a Deus, etc.; porém, Deus não o abandonou; contudo teve que abandonar o Egito, assim como nós devemos abandonar nosso ponto de apoio humano para confiar plenamente na provisão de Deus.

CONCLUSÃO: Egito era símbolo de riqueza, de glória, de segurança, de subsistência, uma forma de substituir a dependência de Deus. Ao abandonar o Egito, Abrão foi para o deserto. Ele sabia onde devia ir, e o que devia fazer. De certa forma, temos consciência de onde caímos e para onde precisamos retornar. Após ter fracassado no Egito, Abrão atravessou o deserto indo “até Betel, até o lugar onde estivera antes a sua tenda... até o lugar do altar que dantes ali fizera. Ali invocou Abrão o nome do Senhor” (Gênesis 13:1-4).

1. Em nossa jornada de fé, muitas vezes precisaremos fazer meia volta assim como fez Abrão, no momento que entendermos que nossas escolhas são infelizes e nossas decisões promovem mais problemas que soluções durante as crises que se levantam contra nós.
2. Em nossa jornada rumo ao alvo de Deus para nós, certamente precisaremos voltar a buscar a Deus, retomar nossa jornada de onde nos desviamos da rota e, reconsagrar nossa vida ao Deus soberano, provedor e nosso mantenedor.
3. Em nossa jornada de fé, precisamos entender que, embora abandonemos a Deus, Ele não nos abandona; por isso, Ele está de braços abertos para nos receber novamente assim que nos arrependermos, dermos meia volta e retornarmos a Ele. Tudo isso porque Cristo, o descendente de Abrão, morreu e pagou o preço de nossos pecados.

APELO:

1. Mesmo que cometas erros na caminhada cristã, aprenda a depender cada vez mais de Deus a fim de que avances diariamente.
2. Mesmo que saias da rota traçada por Deus a você, a misericórdia e a paciência dEle te receberá novamente.
3. Mesmo que as crises se levantem contra você, aprenda a sempre consultar a Deus para receber orientação, pois Ele está sempre ao teu lado para te abençoar.
Pr. Heber Toth Armí

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

UMA CRIANÇA SINGULAR QUE INSPIRA A TODOS


INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Lucas 2:40, 52
1. Teria Jesus sido uma criança igual ou diferente das outras crianças de sua época?
2. Teria Jesus sido uma criança que chamava a atenção pelo jeito singular de ser?
3. Seria Jesus uma criança que não cometeu erro, nunca desobedeceu ou falhou em relação a um padrão moral instituído por Deus?

Pensando melhor, como deve ter sido para Maria ser mãe de um menino que recebeu o nome da parte de um anjo (Lucas 1:31) que, antes de nascer já foi profetizado que “seria grande”, e seria “chamado Filho do Altíssimo” (Lucas 1:32), que nasceria sem ter pai humano, e seria um “ente santo”, o “Filho de Deus” (Lucas 1:36)?

I. A SINGULARIDADE DE JESUS ERA MARCANTE, EMBORA FOSSE UM BEBÊ FISICA E MENTALMENTE IGUAL AOS DEMAIS – Lucas 2:40

1. O bebê Jesus era física e mentalmente igual a qualquer criança de Sua época, e como qualquer menino, ele “crescia, e se fortalecia”.
2. O menino Jesus não tinha inclinação para a rebeldia, mas para a sabedoria; não para a pecaminosidade, mas para a santidade; não para a desobediência, mas para a obediência. Jamais Jesus poderia dizer o que Davi disse: “Certamente em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Salmo 51:5).

3. O rapazinho Jesus possuía intrinsecamente a graça de Deus sobre Ele, diferentemente de todos os demais que nascem “destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:23), “filhos da desobediência”, “fazendo a vontade da carne e dos pensamentos”, sendo “por natureza filhos da ira” (Efésios 2:2-3).

a) Jesus “nasceu sem a mancha do pecado, mas veio ao mundo de maneira idêntica à da família humana” (Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 925).

b) Jesus teve atitudes e comportamentos diferentes desde a mais tenra infância. “A humanidade de Cristo é chamada de ‘o ente santo’. O registro inspirado diz de Cristo: ‘Ele não pecou’, Ele não conheceu pecado’ e ‘nEle não havia pecado’” (Ellen G. White, Signs of the Times, 16/01/1896).

c) Jesus cresceu desde que foi gerado no ventre de Maria; após o parto, continuou crescendo; e, estas fases de Seu crescimento são importantes. “Muitos há que se detêm sobre o período de Seu ministério público, enquanto passam por alto os ensinos de Seus preciosos primeiros anos” (Ellen G. White, O Desejado De Todas As Nações, p. 74).

II. A PECULIARIDADE DE JESUS ERA NOTADAMENTE CLARA, EMBORA AS FASES DO SEU DESENVOLVIMENTO FORA IGUAL ÀS DEMAIS CRIANÇAS – Lucas 2:52

1. Embora física e mentalmente Jesus fosse igual às demais crianças de Sua região, Ele nunca teve pensamentos impuros ou maldosos, motivações egoísticas, orgulho ou intenções perversas no coração; diante de Deus e dos homens Ele era perfeito em tudo no mais pleno sentido da palavra.

2. Embora as fases vivenciadas por Jesus desde que nasceu no mundo foi igual à de Seus contemporâneos, Suas atitudes, palavras, decisões e comportamento eram radicalmente diferentes. Ele crescia “em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e os homens” sem precisar passar por qualquer tipo de conversão.

3. Embora as limitações físicas e mentais de Jesus acompanhassem as de Sua época, espiritualmente Jesus era totalmente diferente dos demais meninos judeus.

a) “A vida de Jesus estava em harmonia com Deus. Enquanto criança, pensava e falava como criança; mas nenhum traço de pecado desfigurava nEle a imagem divina. Não ficou, no entanto, isento de tentação... Era-lhe necessário estar sempre em guarda, a fim de conservar Sua pureza” (Ellen G. White. O Desejado De Todas As Nações, p. 71).

b) “Não é correto dizer, como fizeram muitos escritores, que Cristo foi como todas as crianças. Ele não foi como todas as crianças... Sua inclinação para o bem era uma constante gratificação para Seus pais... Ninguém, ao olhar sobre o aspecto infantil, resplandecente de animação, podia dizer que Cristo era igual a outras crianças” (Ellen G. White, The Youth’s Instructor, 08/09/1898).

c) “Satanás aborrecera a Cristo no Céu, por causa de Sua posição nas cortes de Deus. Mas o aborreceu ainda quando se sentiu ele próprio destronado. Odiou Aquele que Se empenhou em redimir a raça de pecadores. Não obstante, ao mundo em que Satanás pretendia domínio, permitiu Deus que viesse Seu Filho, impotente criancinha, sujeito à fraqueza da humanidade. Permitiu que enfrentasse os perigos da vida em comum como toda a alma humana, combatesse o combate como qualquer filho da humanidade o tem de fazer, com risco de fracasso e ruína eterna” (Ellen G. White. O Desejado De Todas As Nações, p. 49).

III. AS CARATERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS DE JESUS ERAM DISTINTIVAS, POIS ELE ERA UM SER DIVINO EM FORMA E ESSÊNCIA HUMANA, MAS SEM PECADO – Lucas 2:40, 52

1. Embora experimentasse cada desafio do crescimento neste mundo – de bebê a criança (menino), adolescente e Jovem –, Jesus sempre teve comportamento diferenciado: “Jesus tinha interesse nas crianças, Ele não veio para esse mundo como um homem totalmente maduro. Cristo foi criança; teve as experiências de uma criança; sentiu os desapontamentos e provas que as crianças sentem; Ele conheceu as tentações das crianças e dos jovens. Mas em sua infância e juventude, Cristo foi um exemplo para todas as crianças e jovens. Na infância, Suas mãos se dedicaram a coisas úteis. Na juventude, trabalhou na carpintaria com o Seu pai. Era sujeito a Seus pais, dando, em Sua vida, uma lição para todas as crianças e jovens. Se Cristo nunca tivesse sido uma criança, os jovens poderiam pensar que Ele não poderia simpatizar com eles” (Ellen G. White, Signs of the Times, 23/06/1881).

2. Embora tivesse sido o Criador e o Sustentador do mundo (João 1:3; Colossenses 1:15-17; Hebreus 1:1-3) Jesus veio como criatura e crescia diariamente sem a corrupção do pecado, fazendo a diferença aonde ia: “Jesus era a fonte de vivificante misericórdia para o mundo; e durante todos aqueles retirados anos de Nazaré, Sua vida fluía em correntes de simpatia e ternura. Os velhos, os sofredores, os oprimidos de pecado, as crianças a brincar em sua inocência e alegria, as criancinhas dos bosques, os pacientes animais de carga – todos se sentiam felizes em Sua presença. Aquele cuja palavra poderosa sustinha os mundos, detinha-se para aliviar um pássaro ferido. Nada havia para Ele indigno de Sua atenção, coisa alguma a que desdenhasse prestar auxílio” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 74).

3. Embora entrasse em um mundo corrompido, Jesus não teve Sua natureza contaminada; Ele foi perfeito desde Sua fecundação e viveu distante de qualquer corrupção: “À luz da presença de Seu Pai, crescia ‘Jesus em sabedoria e em estatura, e em graça para com Deus e os homens’. Seu espírito era ativo e penetrante, com uma reflexão e sabedoria além de Sua idade. Também o caráter era belo na harmonia que o apresentava. As faculdades da mente e do corpo desenvolviam-se gradualmente, segundo as leis da infância... Com profunda solicitude observava a mãe de Jesus o desenvolvimento das faculdades da Criança, e contemplava o cunho de perfeição em Seu caráter” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 68, 69).

CONCLUSÃO:

1. Jesus foi um menino diferente de todas as crianças que nasceram neste mundo; Sua natureza humana, mas sem a tendência e inclinação para o mal e o pecado que nós possuímos, nos garante a plena salvação através de Seu sacrifício na cruz.
2. Jesus cresceu como qualquer menino; porém, pelo fato dEle não possuir natureza pecaminosa como a nossa, Suas atitudes, comportamentos e decisões foram radicalmente diferentes das nossas desde a mais tenra infância.
3. Jesus passou por todas as fases do crescimento, em todas elas Ele foi o único que não possuiu nenhum traço de caráter para corrigir, nenhuma tendência pecaminosa para subjugar e nenhuma força ou sentimento pecaminosos que precisasse controlar.

a) Jesus foi completamente humano, mas sem ter Sua natureza corrompida pelo pecado; por isso, diferente de nós, a Bíblia diz sobre Ele: “E o menino crescia, e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele”. “E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e os homens”.

b) Jesus viveu intensa e profundamente cada fase do desenvolvimento humano, mas em cada uma Ele demonstrou perfeição desde a Sua concepção: “Embora fosse a Majestade do Céu, o Rei da Glória, tornou-se uma criancinha em Belém e, durante algum tempo, representou o indefeso infante sob os cuidados de Sua mãe. Na infância, procedia como criança obediente. Falava e agia com sabedoria de criança e não de homem, honrando os pais, e cumprindo-lhe os desejos em coisas úteis, de acordo com Sua aptidão infantil. Mas, em cada fase de Seu desenvolvimento, era perfeito, com a graça simples e natural de uma vida inocente. De Sua infância diz o relatório sagrado: ‘E o menino crescia, e Se fortalecia em Espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele’. E de Sua juventude, é narrado: ‘E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens’” (Ellen G. White. Parábolas de Jesus, p. 83). 

APELO:

1. Pais, olhem para Jesus em Sua infância e clamem a Deus que lhes conceda sabedoria para educar seus filhos aprendendo com Jesus.
2. Filhos, inspirem-se no menino Jesus, aprendam a arte da vida com Ele, que não errou nunca e está disposto a ajudar vocês em cada fase do crescimento.
3. Bebês, crianças, adolescentes e jovens, diante do desafio do crescimento e desenvolvimento de vocês, corram para Jesus que passou por cada uma dessas fases com maestria e sem falhas, a fim de obter auxílio.
Pr. Heber Toth Armí

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