INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Lucas
2:40, 52
1. Teria
Jesus sido uma criança igual ou diferente das outras crianças de sua época?
2. Teria
Jesus sido uma criança que chamava a atenção pelo jeito singular de ser?
3. Seria
Jesus uma criança que não cometeu erro, nunca desobedeceu ou falhou em relação
a um padrão moral instituído por Deus?
Pensando melhor, como deve ter sido para Maria
ser mãe de um menino que recebeu o nome da parte de um anjo (Lucas 1:31) que,
antes de nascer já foi profetizado que “seria
grande”, e seria “chamado Filho do
Altíssimo” (Lucas 1:32), que nasceria sem ter pai humano, e seria um “ente santo”, o “Filho de Deus” (Lucas 1:36)?
I. A SINGULARIDADE DE JESUS ERA MARCANTE, EMBORA FOSSE UM BEBÊ
FISICA E MENTALMENTE IGUAL AOS DEMAIS – Lucas 2:40
1. O bebê Jesus era física e mentalmente
igual a qualquer criança de Sua época, e como qualquer menino, ele “crescia, e se fortalecia”.
2. O menino Jesus não tinha inclinação para
a rebeldia, mas para a sabedoria; não para a pecaminosidade, mas para a
santidade; não para a desobediência, mas para a obediência. Jamais Jesus poderia dizer o que Davi disse: “Certamente
em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Salmo
51:5).
3. O rapazinho Jesus possuía intrinsecamente
a graça de Deus sobre Ele, diferentemente de todos os demais que nascem “destituídos da glória de Deus” (Romanos
3:23), “filhos da desobediência”,
“fazendo a vontade da carne e dos pensamentos”, sendo “por natureza filhos da ira” (Efésios 2:2-3).
a) Jesus
“nasceu sem a mancha do pecado, mas veio
ao mundo de maneira idêntica à da família humana” (Ellen G. White,
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 925).
b) Jesus
teve atitudes e comportamentos diferentes desde a mais tenra infância. “A humanidade de Cristo é chamada de ‘o ente
santo’. O registro inspirado diz de Cristo: ‘Ele não pecou’, Ele não conheceu
pecado’ e ‘nEle não havia pecado’” (Ellen G. White, Signs of the Times,
16/01/1896).
c) Jesus cresceu desde que foi gerado no
ventre de Maria; após o parto, continuou crescendo; e, estas fases de Seu
crescimento são importantes. “Muitos há
que se detêm sobre o período de Seu ministério público, enquanto passam por
alto os ensinos de Seus preciosos primeiros anos” (Ellen G. White, O Desejado
De Todas As Nações, p. 74).
II. A PECULIARIDADE DE JESUS
ERA NOTADAMENTE CLARA, EMBORA AS FASES DO SEU DESENVOLVIMENTO FORA IGUAL ÀS
DEMAIS CRIANÇAS – Lucas 2:52
1. Embora física e mentalmente Jesus fosse
igual às demais crianças de Sua região, Ele nunca teve pensamentos impuros ou
maldosos, motivações egoísticas, orgulho ou intenções perversas no coração;
diante de Deus e dos homens Ele era perfeito em tudo no mais pleno sentido da palavra.
2. Embora as fases vivenciadas por Jesus
desde que nasceu no mundo foi igual à de Seus contemporâneos, Suas atitudes,
palavras, decisões e comportamento eram radicalmente diferentes. Ele crescia “em sabedoria, em estatura e em graça para
com Deus e os homens” sem precisar passar por qualquer tipo de conversão.
3. Embora as limitações físicas e mentais de
Jesus acompanhassem as de Sua época, espiritualmente Jesus era totalmente
diferente dos demais meninos judeus.
a) “A vida de Jesus estava em harmonia com
Deus. Enquanto criança, pensava e falava como criança; mas nenhum traço de
pecado desfigurava nEle a imagem divina. Não ficou, no entanto, isento de
tentação... Era-lhe necessário estar sempre em guarda, a fim de conservar Sua
pureza” (Ellen G. White. O Desejado De Todas As Nações,
p. 71).
b) “Não é correto dizer, como fizeram muitos
escritores, que Cristo foi como todas as crianças. Ele não foi como todas as
crianças... Sua inclinação para o bem era uma constante gratificação para Seus
pais... Ninguém, ao olhar sobre o aspecto infantil, resplandecente de animação,
podia dizer que Cristo era igual a outras crianças”
(Ellen G. White, The Youth’s Instructor, 08/09/1898).
c) “Satanás
aborrecera a Cristo no Céu, por causa de Sua posição nas cortes de Deus. Mas o
aborreceu ainda quando se sentiu ele próprio destronado. Odiou Aquele que Se
empenhou em redimir a raça de pecadores. Não obstante, ao mundo em que Satanás
pretendia domínio, permitiu Deus que viesse Seu Filho, impotente criancinha,
sujeito à fraqueza da humanidade. Permitiu que enfrentasse os perigos da vida
em comum como toda a alma humana, combatesse o combate como qualquer filho da
humanidade o tem de fazer, com risco de fracasso e ruína eterna”
(Ellen G. White. O Desejado De Todas As Nações, p. 49).
III. AS CARATERÍSTICAS
COMPORTAMENTAIS DE JESUS ERAM DISTINTIVAS, POIS ELE ERA UM SER DIVINO EM FORMA
E ESSÊNCIA HUMANA, MAS SEM PECADO – Lucas 2:40, 52
1. Embora experimentasse cada desafio do
crescimento neste mundo – de bebê a criança (menino), adolescente e Jovem –, Jesus
sempre teve comportamento diferenciado: “Jesus
tinha interesse nas crianças, Ele não veio para esse mundo como um homem
totalmente maduro. Cristo foi criança; teve as experiências de uma criança;
sentiu os desapontamentos e provas que as crianças sentem; Ele conheceu as
tentações das crianças e dos jovens. Mas em sua infância e juventude, Cristo
foi um exemplo para todas as crianças e jovens. Na infância, Suas mãos se
dedicaram a coisas úteis. Na juventude, trabalhou na carpintaria com o Seu pai.
Era sujeito a Seus pais, dando, em Sua vida, uma lição para todas as crianças e
jovens. Se Cristo nunca tivesse sido uma criança, os jovens poderiam pensar que
Ele não poderia simpatizar com eles” (Ellen G. White, Signs of the Times,
23/06/1881).
2. Embora tivesse sido o Criador e o
Sustentador do mundo (João 1:3; Colossenses 1:15-17; Hebreus 1:1-3) Jesus veio
como criatura e crescia diariamente sem a corrupção do pecado, fazendo a
diferença aonde ia: “Jesus era a fonte de
vivificante misericórdia para o mundo; e durante todos aqueles retirados anos
de Nazaré, Sua vida fluía em correntes de simpatia e ternura. Os velhos, os
sofredores, os oprimidos de pecado, as crianças a brincar em sua inocência e
alegria, as criancinhas dos bosques, os pacientes animais de carga – todos se
sentiam felizes em Sua presença. Aquele cuja palavra poderosa sustinha os
mundos, detinha-se para aliviar um pássaro ferido. Nada havia para Ele indigno
de Sua atenção, coisa alguma a que desdenhasse prestar auxílio” (Ellen G.
White, O Desejado de Todas as Nações, p. 74).
3. Embora entrasse em um mundo corrompido,
Jesus não teve Sua natureza contaminada; Ele foi perfeito desde Sua fecundação
e viveu distante de qualquer corrupção: “À
luz da presença de Seu Pai, crescia ‘Jesus em sabedoria e em estatura, e em
graça para com Deus e os homens’. Seu espírito era ativo e penetrante, com uma
reflexão e sabedoria além de Sua idade. Também o caráter era belo na harmonia
que o apresentava. As faculdades da mente e do corpo desenvolviam-se
gradualmente, segundo as leis da infância... Com profunda solicitude observava
a mãe de Jesus o desenvolvimento das faculdades da Criança, e contemplava o
cunho de perfeição em Seu caráter” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as
Nações, p. 68, 69).
CONCLUSÃO:
1. Jesus
foi um menino diferente de todas as crianças que nasceram neste mundo; Sua
natureza humana, mas sem a tendência e inclinação para o mal e o pecado que nós
possuímos, nos garante a plena salvação através de Seu sacrifício na cruz.
2. Jesus
cresceu como qualquer menino; porém, pelo fato dEle não possuir natureza
pecaminosa como a nossa, Suas atitudes, comportamentos e decisões foram
radicalmente diferentes das nossas desde a mais tenra infância.
3. Jesus
passou por todas as fases do crescimento, em todas elas Ele foi o único que não
possuiu nenhum traço de caráter para corrigir, nenhuma tendência pecaminosa
para subjugar e nenhuma força ou sentimento pecaminosos que precisasse
controlar.
a) Jesus foi completamente humano, mas sem
ter Sua natureza corrompida pelo pecado; por isso, diferente de nós, a Bíblia
diz sobre Ele: “E o menino crescia, e se
fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele”. “E
crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e os homens”.
b) Jesus
viveu intensa e profundamente cada fase do desenvolvimento humano, mas em cada
uma Ele demonstrou perfeição desde a Sua concepção: “Embora fosse a Majestade do Céu, o Rei da Glória, tornou-se uma
criancinha em Belém e, durante algum tempo, representou o indefeso infante sob
os cuidados de Sua mãe. Na infância, procedia como criança obediente. Falava e
agia com sabedoria de criança e não de homem, honrando os pais, e cumprindo-lhe
os desejos em coisas úteis, de acordo com Sua aptidão infantil. Mas, em cada fase
de Seu desenvolvimento, era perfeito, com a graça simples e natural de uma vida
inocente. De Sua infância diz o relatório sagrado: ‘E o menino crescia, e Se
fortalecia em Espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre
Ele’. E de Sua juventude, é narrado: ‘E crescia Jesus em sabedoria, e em
estatura, e em graça para com Deus e os homens’” (Ellen G. White. Parábolas
de Jesus, p. 83).
APELO:
1. Pais,
olhem para Jesus em Sua infância e clamem a Deus que lhes conceda sabedoria
para educar seus filhos aprendendo com Jesus.
2. Filhos,
inspirem-se no menino Jesus, aprendam a arte da vida com Ele, que não errou
nunca e está disposto a ajudar vocês em cada fase do crescimento.
3. Bebês,
crianças, adolescentes e jovens, diante do desafio do crescimento e desenvolvimento
de vocês, corram para Jesus que passou por cada uma dessas fases com maestria e
sem falhas, a fim de obter auxílio.
Pr.
Heber Toth Armí
1 Comentários
Excelente artigo, muito útil para um sermão! Parabéns!
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