INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Êxodo
20:1-2
1. Sem a graça não existiria lei, porque a
lei é fruto da graça. “A lei é, desde sua origem, firmemente
assentada num contexto de graça”, declarou R. Alan Cole.
2. Sem a graça, a lei não teria razão de
existir, pois não teria nenhuma utilidade que nos beneficiasse. A Lei não era
requisito de salvação. “Deus já havia restaurado Israel à justa relação com
Ele, mediante a graça”. Agora, “o Senhor desejava dar-lhe algo que o ajudasse a
continuar sendo Seu povo e a ter uma relação íntima com Ele” (Paul Hoff).
3. Sem a graça a lei não seria bênção, mas
uma desgraça; assim como sem a libertação divina fica impossível qualquer
obediência. “A obediência aos mandamentos se baseia na
experiência de libertação efetuada por Deus, em Sua graça, a qual os primeiros 19
capítulos de Êxodo explicam” (Comentário da Bíblia Andrews).
I. ANTES DE PROCLAMAR SUA LEI, DEUS SE EXPRESSA PODEROSAMENTE, MAS TAMBÉM, GRACIOSAMENTE, PERANTE SEU POVO – Êxodo 20:1
Como
poderia um Deus justo e santo relacionar-Se com um povo imundo, por estar tão
contaminado com inúmeros pecados? O prefácio escrito por Moisés (“Então, falou
Deus todas estas palavras”) ensina-nos importantes verdades:
1. Deus Se aproxima e fala aos seres
humanos. O povo - não apenas Moisés - escutou as palavras de Deus (Êxodo
20:18-20).
2. Deus Se revela e revela Sua vontade aos
pecadores desprovidos de dignidade. Escravos, sem mérito algum, os judiados e
humilhados israelitas, agora livres, tiveram o privilégio de ouvir diretamente a
Deus e conhecer Sua vontade por Ele mesmo.
3. Deus, não Moisés, revela graciosamente
Sua Lei diretamente aos Seus súditos. Em Êxodo 20:1, Moisés apenas informa que
foi Deus Quem falou todas aquelas palavras de Êxodo 20:2-17.
a) Os Dez Mandamentos não surgem da
influência de literaturas ou legisladores pagãos, são frutos da graça
reveladora de Deus.
b) Os Dez Mandamentos não surgem com Moisés
querendo reinar ou impor sua formação cultural egípcia a um povo desnorteado; surgem do coração amoroso do Rei dos reis.
c) Os Dez Mandamentos não são cópias ou
réplicas de leis humanas; antes de serem escritos, foram proferidos audivelmente
a todo Israel pelo próprio Soberano do Universo, revelando nobres propósitos
para Seus súditos.
II. ANTES DE PROCLAMAR SUA LEI,
DEUS SE APRESENTA E REVELA SEUS ATOS GRACIOSOS AOS INDIGNOS ISRAELITAS – Êxodo 20:2
Como
poderia um Ser tão poderoso e majestoso interessar-se por escravos tão indignos
como os israelitas? As próprias palavras de Deus, ouvida pelo povo em pé no
monte Sinai, registradas por Moisés (“Eu sou o Senhor, que te tirei da terra do
Egito, da casa da servidão”), revelam sublimes verdades:
1. O primeiro trecho, “Eu sou o Senhor”, é um preâmbulo em que o próprio Legislador se
apresenta.
2. O segundo trecho, “que te tirei da terra do Egito”, é um prólogo histórico que indica
um ato passado que resultou da infinita graça divina.
3. O terceiro trecho, “da casa da servidão”, relembra e explica a condição indigna em que
os ouvintes de Deus se encontravam antes da libertação realizada por Ele.
a) Deus não exige nada antes de libertar o
pecador. A libertação antecede às exigências divinas.
b) Deus não impõe requisitos para salvar
ninguém, Ele salva e só depois apresenta a responsabilidade. Liberdade sempre
implica em responsabilidades.
c) Deus não dá mandamentos para impor autoridade,
mas porque Sua bondade anseia o melhor para a humanidade criada por Ele à Sua
imagem e semelhança.
CONCLUSÃO:
1. O
mesmo Deus que Se apresenta como Redentor do povo, se revela como o Legislador.
2. A
mesma graça que motiva Deus a redimir escravos, O motiva a entregar uma Lei
para reger a vida de Seus súditos.
3. Os
mesmos atos de bondade e graça manifestos na libertação estão presentes na
proclamação da Lei dos Dez Mandamentos.
a) A todos nós, que estávamos condenados à
morte, escravos do mundo, da carne e do diabo e, desprovidos de mérito algum,
Deus misericordiosamente nos amou, nos libertou e nos deu vida juntamente com
Cristo (Efésios 2:1-5).
b) A
todos nós, que, sendo escravos do pecado, não éramos povo, Deus nos salvou
(libertou) para que pudéssemos ser um povo, uma nação santa, com leis santas
para orientar nossa vida (João 8:34-36; II Pedro 2:9).
c) A todos nós, Deus revelou Sua graça
através dos atos de libertação e da proclamação de Sua Lei. A Lei é fruto da
graça tanto quanto nossa salvação. Deus nos quer livres da desgraça da
desobediência, da escravidão do pecado, e das garras do diabo.
APELO:
1. Aceite
a graça da libertação e seja livre da condenação resultante do pecado.
2. Aceite
a graça da Lei que graciosamente o Legislador proclamou para orientar nossa
liberdade.
3. Aceite
a graça de Deus em todas as suas formas então serás verdadeiramente um súdito
livre, feliz e nobre.
Pr. Heber
Toth Armí
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