INTRODUÇÃO: Texto Bíblico Principal:
Filipenses 1:20-26
1. Cristãos
dedicados não são blindados para não sofrer. O grande missionário e
apóstolo Paulo sabia muito bem isso por experiência própria. Quando escreveu
aos filipenses ele estava preso, e já tinha passado por inúmeras situações
deprimentes (ver II Coríntios 11:23-28; Filipenses 4:12).
2. Cristãos
missionários são determinados a despeito das oposições, obstáculos e problemas
que encontram ao executar a obra de Deus (Filipenses 1:12-19).
3. Cristãos
estudiosos e espirituais conhecem a Palavra de Deus e a realidade do mundo em
que testemunham de Cristo, sabendo que podem se tornar mártires a qualquer
momento.
a) Paulo não era ignorante a respeito da
morte, ele expõe criteriosamente o assunto visando orientar os crentes
preocupados em Tessalônica alegando que ninguém vai para o Céu ao morrer, mas
na segunda vinda de Cristo (I Tessalonicenses 4:13-18).
b) Paulo,
sendo novo aguardava a segunda vinda de Cristo ainda em seu tempo; pensou que iria
ao céu sem passar pela morte. Em I Coríntios 15:51 e 52 ele fala da
ressurreição dos mortos, e da transformação dos vivos – incluindo-se entre os
vivos.
c) Conhecendo o que as Escrituras dizem
sobre a morte (Jó 7:9-11; Salmo 115:17; Eclesiastes 9:5, 10; Daniel 12:2, etc.)
Paulo, prevendo seu martírio, em II Coríntios 4:14 incluiu-se entre os
ressuscitados. Em Filipenses ele está novamente preso e ameaçado de morte, é
nesta circunstância que ele faz uma poderosa reflexão.
I. ENGRANDECER CRISTO NA VIDA OU NA MORTE CARACTERIZA QUEM ENTENDEU
O QUE VERDADEIRAMENTE SIGNIFICA SER TESTEMUNHA DELE – Filipenses 1:20
Paulo
era uma pessoa convicta. Ele sabia o que queria. Não titubeava frente às
ameaças de morte nem era prolixo quando escrevia. Sua determinação cristã tornava
firme e clara as suas declarações.
1. Nenhuma
circunstância adversa deve confundir ou levar o cristão a titubear diante da
missão de proclamar a Cristo.
2. Nenhuma
força externa (perseguição, ameaça, prisão, etc.) ou interna (medo, preocupação
ou dúvida) deve sufocar a coragem de exaltar a Cristo em todo e qualquer lugar
em que o cristão se encontrar.
3. Quem
se rendeu completamente a Cristo desejará revelar seu compromisso fiel com Ele
tanto na vida quanto na morte – isso é ser testemunha genuína de Cristo!
II. DESEJAR ESTAR COM CRISTO É
MUITO MELHOR DO QUE VIVER OU MORRER AQUI NESTE MUNDO DE MALDADES, INJUSTIÇAS E
SOFRIMENTOS – Filipenses 1:21-23
Paulo
expõe os anseios mais profundos de sua alma. Na cadeia, prevendo sua sentença
de morte, ele abre o coração e revela suas mais íntimas emoções e ensina-nos
preciosas lições.
1. O
viver é Cristo: Tudo na vida de Paulo era Cristo. Seu
foco era Cristo. Sua mensagem era Cristo. Seu objetivo e todo seu empenho era
engrandecer a Cristo em seu corpo, seja na vida e, se necessário, na morte.
2. O
morrer é lucro: Morrer não é sinônimo de viver; ao
contrário, é um contraste. São duas situações extremamente opostas. O morrer é
lucro para Paulo porque o martírio promove a fé dos cristãos, e desperta a fé
nos pagãos.
3. Melhor
mesmo é partir e estar com Cristo: Paulo não disse que
queria morrer para estar com Cristo. Na época de Paulo, “partir” não era
sinônimo de “morrer”; significava desatar o navio, levantar a âncora e içar as
velas, ou desarmar as barracas e levantar acampamento. Então, o que Paulo quis
dizer?
a) Melhor do que viver neste mundo de maldades,
injustiças e sofrimentos é estar com Cristo no Céu.
b) Melhor
do que morrer como mártir é partir para o céu a fim de desfrutar da augusta presença
de Cristo.
c) Melhor do que qualquer coisa é estar
pessoalmente com Cristo no Céu sem passar pela terrível agonia da morte, ou
melhor, do martírio.
III. INFLUENCIAR POSITIVAMENTE À
IGREJA DE CRISTO É O INTERESSE DE TODO DISCÍPULO FIEL – Filipenses 1:24-26
Paulo
almejava sair da cadeia para estar entre os cristãos de Filipos. Suas
expectativas não eram egoístas, mas o benefício dos outros. Ser discípulo
significa discipular outros para que cresçam em Cristo.
1. Quem entende realmente que a morte é a
cessação da vida, das atividades, de tudo, certamente vai querer viver mais –
jamais morrer. Paulo disse que...
a) É mais necessário estar vivo para a
igreja do que morto.
b) Desejava sair da cadeia/prisão para
permanecer com a igreja objetivando o desenvolvimento dos membros na alegria da fé.
c) Sua presença entre os cristãos de Filipos
traria satisfação ao coração deles.
2. Quem tem Cristo como foco, o alvo da vida
neste mundo, deseja permanecer vivo para continuar empenhado no avanço do reino
de Deus levando mais e mais pessoas à salvação.
3. Quem sabe o que biblicamente significa a
morte, desejará viver para influenciar ainda mais a igreja de Cristo a fim de
ajudar os cristãos no desenvolvimento da fé que resulta em alegria (Filipenses
2:14-18).
CONCLUSÃO:
1. O
discípulo vive para testemunhar de Cristo em sua vida, mas ao correr risco de morte
por causa de seu testemunho, se dispõe a proclamar Cristo com sua morte. O
cristão anseia engrandecer a Cristo em seu corpo, mesmo que se torne cadáver.
2. O
discípulo bíblico tem Cristo como sua razão de existir. A morte não é existir,
é deixar de existir, é parar de falar de Cristo; implica quebra dos laços de
amizade, fim do trabalho, interrupção da obra na igreja. Perseguido, preso e
ameaçado muitas vezes, os servos de Cristo anseiam partir deste mundo para
estar com Ele no céu sem passar pela agonia da morte.
3. O
discípulo de Cristo não quer morrer. Seu anseio maior é estar na presença de
Cristo. Mas, até a segunda vinda de Cristo ou até morrer, desejará viver para trabalhar pela
igreja Cristo.
APELO:
1. Quer
vivamos ou morramos, testemunhemos de Cristo.
2. Quer
vivamos ou morramos tenhamos o propósito de sempre engrandecer a Cristo aos
convertidos e não convertidos.
3. Quer
vivamos ou morramos que nosso maior anseio seja partir para estar com Cristo.
Pr. Heber
Toth Armí
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