quarta-feira, 29 de março de 2017

PROFECIA DE LIBERTAÇÃO: LIVRES COMO REBANHO EM BOAS PASTAGENS


INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Miqueias 2:12-13

1. A profecia de Miqueias mostra-nos as duas faces de Deus, Sua ira contra o pecado e Seu amor ao pecador.

2. A primeira profecia do livro de Miqueias está contemplada nos dois primeiros capítulos:

a) Deus viu tudo o que Seu povo fez e vem com juízos sobre ele (Miqueias 1:1-7).
b) O profeta de Deus demonstra tristeza pela mensagem de juízo sobre seu povo (Miqueias 1:8-9).
c) As cidades do povo de Deus precisam preparar-se para as consequências de seus pecados (Miqueias 1:10-16).
d) O povo precisa saber que ganância e violências resultam em desgraças (Miqueias 2:1-5).
e) O povo precisa saber que líderes espirituais falsos, mesmo alegando possuírem o dom de profecia, serão julgados e condenados pelos seus enganos (Miqueias 2:6-11).

3. A primeira profecia de Miqueias começa com aspectos negativos (Miqueias 1:1-2:11), e termina com importantes aspectos positivos (Miqueias 2:12-13):

a) O povo de Deus será reunido, não ficará espalhado.
b) O povo de Deus destruído pelo pecado, será restaurado.

I. A PRIMEIRA APLICAÇÃO REFERE-SE A UMA PROFECIA PARA O ANTIGO TESTAMENTO – Miqueias 2:12-13

1. Deus permite consequências do pecado na vida de Seu povo, mas oferece esperança profética para o futuro. O povo de Deus (Israel e Judá) pecou e ignorou a Deus e Seus mensageiros, então, o cativeiro em Babilônia seria a disciplina aos desobedientes. Contudo, cerca de 200 anos antes da libertação, Miqueias profetiza restauração aos remanescentes.

2. Deus misericordiosamente cumpre o que promete libertando Seu povo das consequências do pecado. A previsão de Miqueias refere-se à restauração dos fieis cativos sob os decretos de Ciro, respectivamente, nos séculos VI e V a.C. (ver  Esdras 1:2-4; Isaías 45:1-6).

3. Deus lidera o líder que lidera Seu povo. Zorobabel conduziu o povo outrora exilado de volta para Sião, ou Jerusalém, após o decreto de Ciro. Deus esteve com ele na liderança do povo (Esdras 3:1-3, 8).

a) Deus permitiu que os exilados remanescentes irrompessem e voltassem do cativeiro após a conquista da Babilônia pelos persas em 538 a.C.
b) Deus abriu as portas para eles e os ajuntou novamente em Jerusalém, pois abriu caminho e retirou obstáculos para que o retorno à Palestina acontecesse.
c) Deus cumpriu Sua promessa, mas a profecia não se cumpriu totalmente: Os judeus voltaram, mas não se tornaram grande nação. Eles não aprenderam a lição, por isso nem todos voltaram – como se nota no livro de Ester. Além do fato de que somente os judeus (Judá) voltaram do exilio, não os outros israelitas (Reino de Israel do Norte).

II. A SEGUNDA APLICAÇÃO REFERE-SE A UMA PROFECIA MESSIÂNICA, NO NOVO TESTAMENTO – Miqueias 2:12-13

1. Jesus cumpre mais plenamente a profecias de Miqueias 2, pois Ele é o libertador Supremo: Os termos Parats e Melek são mais apropriadamente aplicáveis a Cristo porque...

a) Foi somente mediante a Sua regência que o poder do pecado que escraviza foi quebrado.
b) Por Sua morte, a separação entre judeus e gentios foi plenamente removida formando um só povo de Deus, grande e numeroso – a igreja.
c) Através de Sua morte Ele decretou a destruição da morte que impede a perpetuidade de Seu reino.
d) Por meio de Sua ressurreição triunfante Ele deu total garantia de libertar da sepultura a todos os cativos da morte que confiaram nEle.

2. Jesus foi um guia que fez muito mais do que Ciro ou Zorobabel no cumprimento desta profecia:

a) A oposição que Jesus teve que romper foi a maior de todas já enfrentada por qualquer criatura.
b) Jesus abre um caminho de acesso ao Pai para a humanidade, mas com grandes dificuldades.
c) Jesus enfrenta a ira divina sobre o pecado, vence a fúria das cruéis e diabólicas forças do mal, e lida com os homens que estavam sob a regência demoníaca do inferno que intentavam impedir-Lhe libertar à humanidade.

3. Jesus além de ser a porta de Suas ovelhas (João 10:11, 27-29), Ele é o bom Pastor que da a vida por elas. Ele quebrou as paredes do pecado, da morte e do inferno para nos conduzir ao Seu aprisco (Hebreus 2:9-16). Jesus liberta, assim, o pecador das garras do pecado, das correntes da morte e da escravidão imposta pelo diabo (Miqueias 5:1-6; Colossenses 1:17-23; João 14:6).

a) Jesus abre caminho: “Eu Sou o Caminho”, disse Ele, o qual abre caminho onde não existia nenhum.
b) Jesus é a porta: “Eu Sou a porta”, disse Ele, o qual Se torna a saída onde só havia paredes de prisão, algemas e correstes que prendem a alma.
c) Jesus é o Pastor-Rei: “Eu Sou o Bom Pastor”, disse Ele, o qual é o Desbravador que supera cada obstáculo que se opõe à restauração do pecador; Ele quebra as paredes da prisão e as algemas do pecado para libertar aos que vivem presos às correntes da escravidão moral.

4. Jesus liberta fisicamente, emocionalmente e espiritualmente visando conduzir os salvos à liberdade de Seu reino.

III. A TERCEIRA APLICAÇÃO APONTA PARA UM TEMPO ESCATOLÓGICO, O CUMPRIMENTO PLENO DA PROFECIA – Miqueias 2:12-13

1. Na segunda vinda de Cristo, a profecia de Miqueias 2 se torna completa. A libertação ocorrida na cruz garante a libertação total no fim dos tempos. Enquanto os cristãos estiverem num mundo em que jaz no maligno, não serão totalmente livres das consequências do mal, mas depois de congregados no céu formando uma grande multidão, estarão protegidos em Sião (Apocalipse 7:9-10).

2. Na segunda vinda de Cristo, os libertos das prisões do diabo serão conduzidos ao reino dos céus: Jesus nos liberta deste mundo perverso e maligno e nos guia ao glorioso reino dos Céus; judeus e gentios se unem de toda tribo, língua e nação tornando o remanescente uma grande multidão.

3. Em Sua segunda vinda Cristo invadirá o reino do mal, gloriosa e vitoriosamente, para retirar o remanescente fiel e levar a um ambiente livre e protegido, no Céu:

a) Jesus enviará Seus anjos para reunir os Seus escolhidos, o remanescente, de todas as regiões do planeta (Mateus 24:30-31).
b) Jesus reunirá todos os salvos no Céu, como ovelhas num aprisco, como um rebanho no meio da boa pastagem (João 14:1-3; I Tessalonicenses 4:16-17; Filipenses 3:20-21).
c) Jesus reinará sobre todo o Universo sem a presença do mal, na presença de Seus servos, libertos deste mundo de pecado, corrupção e morte (Apocalipse 21:1-8, 22-27; 22:1-7).

CONCLUSÃO E APELO:

1. Devemos seguir o Libertador, o Cabeça, o Cristo, que é o Messias, o qual lidera e guia o remanescente para fora deste mundo cruel.
2. Devemos entrar pela porta, que é Jesus, o qual morreu na cruz para nos libertar de nossa prisão existencial, das correntes do pecado e da condenação de nossos delitos; para, então, entrar pelas portas da Cidade Santa, a Nova Jerusalém, a Sião celestial.
3. Devemos crer e ser perseverantes até o fim, a fim de sermos o remanescente fiel de Deus, o qual será conduzido ao aprisco seguro, repleto de suprimentos e pleno de condições para se viver em liberdade e felicidade: O Céu.
Pr. Heber Toth Armí
 

sexta-feira, 3 de março de 2017

O SOFRIMENTO DE QUEM NOS OFERECE LIVRAMENTO


INTRODUÇÃO: Texto bíblico: Isaías 53:2-5

1. A salvação é o plano de Deus para livrar o ser humano dos titânicos danos causados pelos nossos pecados.
2. A salvação do pecador é o alvo de Deus e dos anjos celestiais – todos estão empenhados em nos ver libertos das garras do mal.
3. A salvação é o tema geral da Bíblia, a qual é o Livro que nos revela que sem Deus não haveria nenhuma redenção para a humanidade caída em pecado.

a) A profecia de Isaías apresenta de forma dramática a relação da Cristologia com a Soteriologia.
b) A teologia bíblica nos revela um Deus que está disposto a tudo para salvar os seres humanos da hamartia (pecado).

I. OS SOFRIMENTOS DE CRISTO COMO SER HUMANO FORAM TERRÍVEIS – Isaías 53:2-3

1. Jesus não tinha nada que agradasse a quem O olhasse. Pelo fato dos seres humanos julgarem o exterior, afastaram-se dEle.
2. Jesus foi a pessoa mais desprezada da história. Ele foi terrivelmente desprezado por aqueles que Ele tanto prezou.
3. Jesus foi o mais rejeitado do mundo, inclusive por Seu próprio povo. Ele, mais do que ninguém, sentiu na pele e no corpo inteiro, o que significa ser:

a) Odiado sem motivo.
b) Injuriado sem razão.
c) Rejeitado sem merecer. 

II. OS SOFRIMENTOS DE CRISTO COM OS PECADORES SERES HUMANOS REVELAM SENSIBILIDADE – Isaías 53:4

1. Jesus tomou sobre Si nossas enfermidades: Jesus Se compadeceu, Ele foi empático ao extremo. Ao simpatizar-Se com pecadores, andou entre eles, enfrentando os mesmos desafios, ou melhor, assumindo nossa situação.
2. Jesus levou sobre Si nossas dores: Jesus experimentou terrível angústia e tristeza ao Se identificar conosco.
3. Jesus suportou sobre Si nosso desprezo: Apesar de tudo, Aquele que se simpatizava e se identificava com nossas dores foi grandemente rejeitado, pois Sua vida sem pecado repelia aos que amam as obras do diabo.

a) O ser humano causou e ainda causa o problema: Pecado.
b) Jesus veio para ser a solução do nosso problema: Salvação.
c) Os causadores de problemas olham para a solução como sendo o problema.

III. OS SOFRIMENTOS DE CRISTO PELOS SERES HUMANOS PECADORES PROMOVEM NOSSA RESTAURAÇÃO – Isaías 53:5

1. Jesus foi transpassado pelas nossas transgressões: O justo morre pelos injustos. O compassivo Salvador Se entrega pelos que O rejeitaram. O inocente substitui o culpado.
2. Jesus foi moído pelas nossas iniquidades: Ele foi destruído, não por ter feito nada errado, mas por aquilo que nós fizemos de errado. Desta forma, Ele aceitou as imerecidas consequências da culpa pelo pecado que não cometeu, para dar-nos a recompensa que nós, culpados, não merecemos.
3. Jesus fez expiação por nós:

a) O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele: Nossos pecados caíram sobre Jesus para que pudéssemos obter o perdão da culpa e, assim, alcançar reconciliação e paz com Deus.
b) Pelas Suas pisaduras fomos sarados: Por assumir nossa culpa, nossos pecados O feriram, O dilaceraram e O esmagaram; assim, Jesus foi castigado para nos restaurar, curar e libertar. Ele morreu para nos dar vida!

CONCLUSÃO:

1. Os sofrimentos de Jesus não foram encenados, foram realmente sentidos. Além de toda dor física que suportou, Ele lidou com dores emocionais e espirituais. A dor da rejeição é terrível, ainda mais quando vêm da parte daqueles pelos quais se faz o bem para ajudar e salvar.
2. Os sofrimentos de Cristo revelam sensibilidade de Sua parte para com nossas dores e aflições; Ele Se identifica a tal ponto conosco que não apenas entra em nossa história, mas Se torna humano para assumir nossa culpa e aceitar a nossa sentença de morte.
3. Os sofrimentos de Cristo são a solução que nossos problemas exigem para que não sejamos extintos da face do Universo. Sua expiação pelos nossos pecados é a nossa única esperança de reconciliação com Deus.

APELO:

1. Aprofunde-se mais para entender melhor o sofrimento que Jesus suportou por você.
2. Medite mais no sofrimento de Jesus para assimilar o propósito de tudo o que Ele veio fazer aqui no mundo pelo bem da humanidade.
3. Reconheça o problema do pecado e aceite a solução providenciada por Deus através de Jesus, o qual tanto sofreu para te ver feliz, salvo e restaurado.

Pr. Heber Toth Armí

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