INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Miqueias
2:12-13
1. A
profecia de Miqueias mostra-nos as duas faces de Deus, Sua ira contra o pecado
e Seu amor ao pecador.
2. A
primeira profecia do livro de Miqueias está contemplada nos dois primeiros
capítulos:
a) Deus viu tudo o que Seu povo fez e vem
com juízos sobre ele (Miqueias 1:1-7).
b) O
profeta de Deus demonstra tristeza pela mensagem de juízo sobre seu povo
(Miqueias 1:8-9).
c) As cidades do povo de Deus precisam
preparar-se para as consequências de seus pecados (Miqueias 1:10-16).
d) O
povo precisa saber que ganância e violências resultam em desgraças (Miqueias
2:1-5).
e) O povo precisa saber que líderes
espirituais falsos, mesmo alegando possuírem o dom de profecia, serão julgados
e condenados pelos seus enganos (Miqueias 2:6-11).
3. A
primeira profecia de Miqueias começa com aspectos negativos (Miqueias
1:1-2:11), e termina com importantes aspectos positivos (Miqueias 2:12-13):
a) O povo de Deus será reunido, não ficará
espalhado.
b) O
povo de Deus destruído pelo pecado, será restaurado.
I. A PRIMEIRA APLICAÇÃO REFERE-SE A UMA PROFECIA PARA O ANTIGO
TESTAMENTO – Miqueias 2:12-13
1. Deus
permite consequências do pecado na vida de Seu povo, mas oferece esperança profética
para o futuro. O povo de Deus (Israel e Judá) pecou e ignorou a Deus e Seus
mensageiros, então, o cativeiro em Babilônia seria a disciplina aos
desobedientes. Contudo, cerca de 200 anos antes da libertação, Miqueias
profetiza restauração aos remanescentes.
2. Deus
misericordiosamente cumpre o que promete libertando Seu povo das consequências
do pecado. A previsão de Miqueias refere-se à restauração dos fieis cativos sob
os decretos de Ciro, respectivamente, nos séculos VI e V a.C. (ver Esdras 1:2-4; Isaías 45:1-6).
3. Deus
lidera o líder que lidera Seu povo. Zorobabel conduziu o povo outrora exilado
de volta para Sião, ou Jerusalém, após o decreto de Ciro. Deus esteve com ele
na liderança do povo (Esdras 3:1-3, 8).
a) Deus permitiu que os exilados
remanescentes irrompessem e voltassem do cativeiro após a conquista da
Babilônia pelos persas em 538 a.C.
b) Deus abriu as portas para eles e os
ajuntou novamente em Jerusalém, pois abriu caminho e retirou obstáculos para
que o retorno à Palestina acontecesse.
c) Deus cumpriu Sua promessa, mas a profecia
não se cumpriu totalmente: Os judeus voltaram, mas não se tornaram grande
nação. Eles não aprenderam a lição, por isso nem todos voltaram – como se nota
no livro de Ester. Além do fato de que somente os judeus (Judá) voltaram do
exilio, não os outros israelitas (Reino de Israel do Norte).
II. A SEGUNDA APLICAÇÃO
REFERE-SE A UMA PROFECIA MESSIÂNICA, NO NOVO TESTAMENTO – Miqueias 2:12-13
1. Jesus
cumpre mais plenamente a profecias de Miqueias 2, pois Ele é o libertador
Supremo: Os termos Parats e Melek são mais apropriadamente aplicáveis a Cristo
porque...
a) Foi somente mediante a Sua regência que o
poder do pecado que escraviza foi quebrado.
b) Por Sua morte, a separação entre judeus e
gentios foi plenamente removida formando um só povo de Deus, grande e numeroso –
a igreja.
c) Através de Sua morte Ele decretou a
destruição da morte que impede a perpetuidade de Seu reino.
d) Por meio de Sua ressurreição triunfante
Ele deu total garantia de libertar da sepultura a todos os cativos da morte que
confiaram nEle.
2. Jesus
foi um guia que fez muito mais do que Ciro ou Zorobabel no cumprimento desta
profecia:
a) A oposição que Jesus teve que romper foi
a maior de todas já enfrentada por qualquer criatura.
b) Jesus abre um caminho de acesso ao Pai
para a humanidade, mas com grandes dificuldades.
c) Jesus enfrenta a ira divina sobre o
pecado, vence a fúria das cruéis e diabólicas forças do mal, e lida com os
homens que estavam sob a regência demoníaca do inferno que intentavam impedir-Lhe
libertar à humanidade.
3. Jesus
além de ser a porta de Suas ovelhas (João 10:11, 27-29), Ele é o bom Pastor que
da a vida por elas. Ele quebrou as paredes do pecado, da morte e do inferno para
nos conduzir ao Seu aprisco (Hebreus 2:9-16). Jesus liberta, assim, o pecador
das garras do pecado, das correntes da morte e da escravidão imposta pelo diabo
(Miqueias 5:1-6; Colossenses 1:17-23; João 14:6).
a) Jesus abre caminho: “Eu Sou o Caminho”,
disse Ele, o qual abre caminho onde não existia nenhum.
b) Jesus é a porta: “Eu Sou a porta”, disse
Ele, o qual Se torna a saída onde só havia paredes de prisão, algemas e
correstes que prendem a alma.
c) Jesus é o Pastor-Rei: “Eu Sou o Bom
Pastor”, disse Ele, o qual é o Desbravador que supera cada obstáculo que se opõe
à restauração do pecador; Ele quebra as paredes da prisão e as algemas do pecado
para libertar aos que vivem presos às correntes da escravidão moral.
4. Jesus
liberta fisicamente, emocionalmente e espiritualmente visando conduzir os
salvos à liberdade de Seu reino.
III. A TERCEIRA APLICAÇÃO APONTA
PARA UM TEMPO ESCATOLÓGICO, O CUMPRIMENTO PLENO DA PROFECIA – Miqueias 2:12-13
1. Na
segunda vinda de Cristo, a profecia de Miqueias 2 se torna completa. A libertação
ocorrida na cruz garante a libertação total no fim dos tempos. Enquanto os cristãos
estiverem num mundo em que jaz no maligno, não serão totalmente livres das consequências
do mal, mas depois de congregados no céu formando uma grande multidão, estarão protegidos
em Sião (Apocalipse 7:9-10).
2. Na
segunda vinda de Cristo, os libertos das prisões do diabo serão conduzidos ao
reino dos céus: Jesus nos liberta deste mundo perverso e maligno e nos guia ao
glorioso reino dos Céus; judeus e gentios se unem de toda tribo, língua e nação
tornando o remanescente uma grande multidão.
3. Em
Sua segunda vinda Cristo invadirá o reino do mal, gloriosa e vitoriosamente,
para retirar o remanescente fiel e levar a um ambiente livre e protegido, no
Céu:
a) Jesus enviará Seus anjos para reunir os
Seus escolhidos, o remanescente, de todas as regiões do planeta (Mateus
24:30-31).
b) Jesus reunirá todos os salvos no Céu,
como ovelhas num aprisco, como um rebanho no meio da boa pastagem (João 14:1-3;
I Tessalonicenses 4:16-17; Filipenses 3:20-21).
c) Jesus reinará sobre todo o Universo sem a
presença do mal, na presença de Seus servos, libertos deste mundo de pecado, corrupção
e morte (Apocalipse 21:1-8, 22-27; 22:1-7).
CONCLUSÃO E APELO:
1. Devemos
seguir o Libertador, o Cabeça, o Cristo, que é o Messias, o qual lidera e guia
o remanescente para fora deste mundo cruel.
2. Devemos
entrar pela porta, que é Jesus, o qual morreu na cruz para nos libertar de
nossa prisão existencial, das correntes do pecado e da condenação de nossos
delitos; para, então, entrar pelas portas da Cidade Santa, a Nova Jerusalém, a
Sião celestial.
3. Devemos
crer e ser perseverantes até o fim, a fim de sermos o remanescente fiel de
Deus, o qual será conduzido ao aprisco seguro, repleto de suprimentos e pleno
de condições para se viver em liberdade e felicidade: O Céu.
Pr. Heber Toth Armí
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