quarta-feira, 15 de março de 2023

AMOR, BONDADE E JUSTIÇA NUMA LEI UNIVERSAL

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Levítico 19:11-18

1. A prática religiosa deve ir além de meros rituais e cerimônias em dias de reuniões de culto e adoração a nosso bondoso, misericordioso e gracioso Deus que também é santo.

2. A prática religiosa que extrapola o ambiente religioso alcança o ambiente de nosso lar, nosso trabalho, nossa escola, nossos momentos de lazer afetando aos nossos vizinhos, amigos, colegas e parentes.

3. A prática religiosa na rotina diária deve permear a sociedade com amor, bondade e justiça; os quais são valores universais, prescritos na Lei do Criador do Universo.

I. O PROPÓSITO DO AMOR NA LEI UNIVERSAL – Levítico 19:11-14, 18

1. O amor está presente na ordem de não furtar (Levítico 19:11).

2. O amor está por trás do imperativo de não mentir (Levítico 19:11).

a) Como Deus não é o pai da mentira (João 8:44), aqueles que juram falsamente pelo Seu nome, O estarão profanando (Levítico 19:12).

b) Como Deus é o Legislador do Universo, o maior Soberano, Seus súditos não devem jurar falsamente para não desonrá-Lo profanado Seu santo nome (Levítico 19:12).

c) Como Deus é amor (I João 4:8), aquele que diz servir a Deus mas presta um desserviço ao amor estará desonrando o nome do Senhor (Levítico 19:12).

3. O amor está moldando o mandamento de não enganar os outros (Levítico 19:13).

4. O amor está regendo o estatuto de amar o próximo como a si mesmo (v. Levítico 19:18).

a) Quem ama o próximo, não lhe oprime (Levítico 19:13).

b) Quem ama o próximo, não lhe rouba (Levítico 19:13).

c) Quem ama o próximo, paga preço justo por seu trabalho sem atrasar o pagamento (Levítico 19:13).

d) Quem ama o próximo, não amaldiçoará o surdo (Levítico 19:14).

e) Quem ama o próximo, não aprontará com os cegos (Levítico 19:14).

f) Quem ama o próximo, agirá com bondade com os vulneráveis porque teme a Deus (Levítico 19:14).

g) Quem ama o próximo, não tomará parte de qualquer vingança (Levítico 19:18).

II. O PRÓPÓSITO DA JUSTIÇA NA LEI UNIVERSAL – Levítico 19:15-18

1. A repreensão do pecado é o papel da justiça contida na Lei universal (Levítico19:17-18). A bondade, a compaixão e o perdão em lugar do ódio, do rancor e da vingança nos aproximam uns dos outros, restaura a sociedade e promove a justiça. Repreender em amor cura feridas do coração, diminuindo assim a força e a influência do pecado. A Lei contém valores universais para serem aplicados em todas as épocas e lugares.

2. A prática da justiça para com o próximo é o papel da Lei universal (Levítico 10:15-16). Agir sem favoritismo ou discriminação implica praticar a justiça para com o rico quanto para com o pobre, e isso é fruto do amor divino atuando no coração humano.

3. A responsabilidade para com o próximo promove a justiça na sociedade (Levítico 19:16).

a) A prática da justiça implica amar a tal ponto de não espalhar boatos sobre ninguém (calúnia, fofoca), não importa quem seja.

b) A prática da justiça revela amor na valorização da vida das pessoas que Deus criou à Sua imagem e semelhança.

c) Em outras palavras, amar é praticar a justiça e praticar a justiça é amar!

III. O PROPÓSITO DA UNIÃO DO AMOR E DA JUSTIÇA NA LEI UNIVERSAL – Levítico 19:18

1. O amor verdadeiro é a base para a prática de toda justiça (Levítico 19:18). Deste modo, explorar o próximo é uma forma de injustiça, um comportamento pautado pela crueldade, que vai contra os princípios de justiça e amor do reino de Deus. O amor está intimamente conectado com a ética. Ser cristão é valorizar o próximo, e valorizar o próximo é praticar a justiça para com ele.

2. A prática da justiça é essencial para proteger a essência do amor (Levítico 19:18). Ferir a justiça em nosso convívio com as pessoas significa destruir o amor; além disso, evitar a vingança e praticar a justiça na sociedade é fundamental para preservar o amor, que é a característica primordial do verdadeiro discípulo do Senhor (João 13:34-35).

3. O amor e a justiça nunca podem se divorciar, precisam andar sempre em harmonia (Levítico 19:11-18). Estes versículos ensinam valores essenciais como honestidade, justiça, fidelidade, compaixão, perdão, valorização e amor ao próximo, que são importantes, relevantes e inspiradores até os dias de hoje. É impossível amar as pessoas sem agir com bondade e justiça em relação a elas.

CONCLUSÃO:

1. O mandamento do amor ao próximo como a si mesmo é um dos pilares da religião verdadeiramente bíblica. O versículo 18 é o mais conhecido do capítulo, o qual é uma expressão máxima do amor e da bondade que devem reger a prática da justiça no relacionamento com o próximo.

2. Os mandamentos que motivam a agir com bondade e justiça para com próximo elevam o amor para todas as atividades e áreas da vida, no convívio, nos negócios, no trabalho, nos estudos, no esporte, lazer, etc. agindo de forma correta, honesta e justa com todos.

3. Os mandamentos que visam a justiça em todas as áreas da vida não são meros requisitos legais frios de um Soberano exigente e autoritário; pelo contrário, o Criador que nos fez para amar nos mostra que a essência da vida é o amor; e, o amor não pode existir de fato sem a prática da justiça em relação ao próximo. Portanto,

a) Os mandamentos de Levíticos 19:11-17 não podem ser analisados separadamente de Levítico 19:18.

b) O amor revelado em Levítico 19:18 deve nos elevar à santidade, o que significa agir com bondade e justiça para com quem quer que seja.

c) O amor, a bondade e a justiça são irmãos inseparáveis no ensino de Levítico 19:11-18, e não devem ser praticados isoladamente.

APELO:

1. Valorize o Legislador divino. Reconheça que Deus é o Soberano do Universo.

2. Respeite a Legislação divina. Considere atentamente aos princípios e valores bíblicos.

3. Submeta-se à Legislação divina. Pratique sempre o amor que promove bondade e justiça.

Pr. Heber Toth Armí.

 

quinta-feira, 9 de março de 2023

FORÇA, SABEDORIA E FÉ NAS DIFICULDADES


NTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Provérbios 24:10-12 

1. “Este trecho nos lembra que nosso chamado como cristãos é agir em compaixão e justiça em relação aos oprimidos e marginalizados, mesmo que isso signifique sacrificar nossos próprios interesses”, observou Timothy Keller.

2. “O amor pelos necessitados deve ser manifestado em ações práticas. Aqueles que possuem recursos e influência são chamados a usar essas bênçãos para aliviar o sofrimento daqueles que estão sendo levados à matança”, destacou Ellen White.

3. “Aqueles que seguem a Cristo devem estar dispostos a colocar a própria segurança em risco para ajudar os necessitados. Devemos confiar que Deus nos recompensará por fazer o que é certo e estar prontos para enfrentar a oposição e sofrimento que podem resultar”, salientou George Knight.

I. HÁ FORÇA EM NÃO VACILAR NO DIA DA DIFICULDADE – Provérbios 24:10

1. Quem vacila está desprovido de forças físicas, morais e espirituais: Complementando, Provérbios 28:1 diz que “o ímpio foge, embora ninguém o persiga, mas os justos são corajosos como o leão”.

2. Quem tem força não vacila diante dos desafios da vida: O cristão tem caráter, o qual não é frágil. Sua força está naquele que “fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças” (Isaías 40:29).

3. Quem tem força não se abala, ajuda aos abalados: O coração fortalecido por Deus está disposto a auxiliar aqueles que tanto necessitam de uma mão estendida. “Deus requer que Seus servos sejam corajosos e decididos. Quando se apresenta uma oportunidade de fazer o bem, não hesitemos, não vacilemos, não recuemos. Em vez disso, tenhamos fé e confiança em Deus e ajamos com ousadia e zelo”, acrescenta Ellen White. 

II. HÁ SABEDORIA NO AUXILIAR OS VULNERÁVEIS NO DIA DA DIFICULDADE – Provérbios 24:11

1. Sabedoria é fundamental no auxílio aos sofredores: Seguir a sabedoria implica prezar, praticar e promover a justiça. Sendo Provérbios um livro que exalta a sabedoria prática e relacional, fica evidente que aqueles que negam ajuda aos que se encontram em dificuldades, revelam falta de sabedoria.

2. Sabedoria é útil para saber como socorrer aos aflitos: A expressão da sabedoria é vista na compaixão, na justiça e no auxílio aos aflitos caminhando para a morte. Os versículos em análise “nos lembram que a sabedoria bíblica não é apenas teórica, mas também prática. Ela nos chama a agir com justiça e compaixão em nossas interações com os outros”, explicou Michael Fox.

3. Sabedoria verdadeira está vinculada com ética bíblica: É loucura oprimir aos necessitados pois significa ultrajar ao Criador deles; por outro lado “tratar com bondade o necessitado é honrar a Deus” (Provérbios 14:31). A sabedoria está em saber discernir entre ultrajar ou honrar a Deus e optar pela segunda forma de viver.

III. HÁ FÉ QUANDO NOS ENVOLVEMOS COM OS NECESSITADOS NO DIA DA DIFICULDADE – Provérbios 24:12

1. A fé não faz parceria com a ignorância: A ignorância se cala diante da injustiça; depois justifica sua indiferença com desculpas esfarrapadas. “Quando inocentes são conduzidos à câmera de gás, fornalhas e outras formas de execução, e também quando fetos são mortos em clínicas de aborto, é imperdoável observar sem tentar resgatá-los. Também é inútil alegar ignorância”, enfatizou William MacDonald.

2. A fé age em harmonia com a sabedoria: Enquanto a ignorância se acovarda, a sabedoria toma coragem diante da opressão, sofrimento e aflição. O sábio sabe que Deus conhece nossas motivações, pensamentos e sentimentos; por isso, o cristão “verá as injustiças e será severo acerca da questão. Ele se preocupa com a sorte dos fracos e dos impotentes (ver Prov. 22:22, 23; 23:10-11)” (Russell Champlim), por saber que em tudo na vida tem consequências ou recompensas.

3. A fé ligada à sabedoria age com responsabilidade ciente que Deus é soberano Juiz: Sabendo de Quem é Deus, o sábio O teme vivendo a justiça provida por Ele. Liberto da ignorância, o cristão sabe que atender aos necessitados e oprimidos reflete Seu Mestre, que além de ensinar com palavras, deu exemplo morrendo na cruz para salvar miseráveis pecadores. Jesus virá julgar; em Apocalipse 2:23 diz que no juízo “todas as igrejas saberão que [Ele é] aquele que sonda mentes e coração, e retribuir[á] a cada um... de acordo com suas obras”.

CONCLUSÃO:

1. Jesus virá a Terra para julgar as nações com justiça e retidão. Tanto Provérbios 24:12 quanto o Apocalipse, deixam claro que a justiça será feita.

2. Jesus virá a Terra para separar os justos dos injustos: Benditos são os que praticaram o bem aos necessitados na pessoa de Cristo; malditos são aqueles que ignoraram os necessitados alegando não terem visto Cristo neles. Essa cena do julgamento acontece no dia da volta de Cristo (Mateus 25:31-46).

a) Aqueles que auxiliam aos necessitados no dia da adversidade serão recompensados no dia do juízo.

b) Aqueles que representam Jesus perante os pecadores aflitos, serão representados por Jesus no dia do acerto de contas.

c) Aqueles que revelam o amor de Jesus para os oprimidos, experimentarão a totalidade do amor de Cristo em Sua segunda vinda.

3. Jesus implantará Seu reino de justiça neste mundo injusto: Mil anos após levar os redimidos para o Céu, Jesus retornará a Terra. Será o momento de erradicar o mal do Universo; então, no tribunal estabelecido “cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito” (Apocalipse 20:13).

APELO:

1. Ame teu próximo libertando-o do perigo, assim estarás seguro no dia do juízo.

2. Ainda que te custe a vida, faça o bem; pois “Deus nos recompensará por fazer o que é certo”, afirmou Frank Holbrook.

3. Reflita o evangelho em cada gesto diante de cada pessoa carente de ajuda.

Pr. Heber Toth Armí.

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