EM BUSCA DE PAZ EM MEIO ÀS TENSÕES DA VIDA

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Gênesis 26:1-33

1. Para viver em paz em uma sociedade sensível e explosiva é necessário ter sabedoria.

2. Para viver em paz no trabalho com vários tipos de tensões, será necessário seguir instruções bíblicas.

3. Para viver em paz rodeados de incrédulos e pagãos invejosos, só é possível mediante os princípios divinos regendo nosso coração.

I. PARA DESFRUTAR DA PAZ É IMPORTANTE EVITAR CONFRONTOS QUANDO O TRABALHO ABENÇOADO POR DEUS SUSCITA INVEJA – Gênesis 26:1-15

1. A graça de Deus favorece a quem não a merece, por isso, é graça: Quando Isaque migrava ao Egito sem consultar a Deus, diante da crise que assolava à “Terra Prometida” (imitando seu pai Abraão em Gênesis 12), Deus interferiu em seu caminho; e, pediu para contrariar a lógica humana e, permanecer onde estava, pois ali seria abençoado.

2. A graça de Deus é maior que a desconfiança e o pecado de Seus servos: Isaque confiou que Deus manteria sua família e sua fazenda nas terras áridas de Gerar, mas não pensou que esse Deus poderia cuidar de sua esposa diante de possíveis ameaças. Por isso, mentiu alegando que Rebeca era sua irmã quando, na verdade, era sua esposa. Apesar da mentira, Deus abençoou seu trabalho na agricultura e pecuária.

3. A graça de Deus age em meio aos incrédulos apesar de nossas falhas: Isaque foi repreendido por Abimeleque por sua mentira, evidenciando não haver perigo algum de perder sua esposa. Abimeleque emitiu decreto de morte a quem tocasse em Isaque e em Rebeca. Isso pode ter sido uma forma de Deus cuidar de Seu servo que estava sendo ricamente abençoado a ponto de suscitar inveja e intervenção dos vizinhos, os quais taparam os poços de água que seu pai havia cavado:

a) Quando as bênçãos de Deus suscita inveja nos outros a ponto deles atrapalharem nosso trabalho, não é sábio revidar. Reagir aos invejosos confrontando-os pode ser o caminho que nos fará perder as bênçãos que Deus nos deu.

b) Quando a prosperidade concedida por Deus desperta invejosos causadores de confusão que nos prejudicam com suas ações, precisamos da sabedoria que não coloca mais lenha na fogueira dos conflitos.

c) Quando Deus é o Senhor de nossas coisas e os invejosos atrapalham nossa vida, é melhor ser sábio e confiar em Deus do que confiar em nossas táticas que, em vez de resolver problemas, os multiplicam promovendo guerras.

II. PARA VIVER EM PAZ NUMA SOCIEDADE INVEJOSA É IMPORTANTE SER PACÍFICO, PACIENTE E PASSIVO DIANTE DAS INJUSTIÇAS – Gênesis 26:15-23

1. Quando a inveja age loucamente destruindo aquilo que poderia beneficiar a todos, é melhor não se envolver em confusão: Ao invés de saber a razão da prosperidade de Isaque ou de pedirem da água dos poços que ele usava em sua próspera plantação, seus vizinhos taparam os poços, e o rei Abimeleque o expulsou de sua presença. Isaque pacificamente se retirou sem lutar por seus direitos, sem tirar satisfação, sem dizer que não levava desaforo para casa, nos deixando um grandioso legado de paciência.

2. Quando a inveja toma atitude hostil de nos expulsar de nosso lugar, a melhor coisa a fazer é se retirar o quanto antes: Ao ser mandado embora, Isaque não foi arquitetar como prejudicar ou se vingar das pessoas que não o queriam por perto. Ele ajeitou sua fazenda e saiu rapidamente; assim preservou tudo o que tinha. Ele foi para outro lugar, reabriu poços que seu pai também havia cavado, mas houve desavença com os pastores da região; então, Isaque foi para o vale de Gerar onde não havia conflitos com ninguém.

3. Quando a inveja dificulta a permanência num determinado lugar, é preferível se afastar para não criar uma guerra: Isaque estava aprendendo que o mais importante é ter a companhia de Deus ainda que a terra não seja tão produtiva. Por isso, a luta pela supremacia, por autoridade e vingança não caracterizam aos que confiam em Deus. Cristãos evitam confusão. Em prol da paz, considere:

a) Ainda que danos sejam causados a nossa vida pelos invejosos, não é sábio tirar satisfação; é preferível não se envolver em confusão. O cristão é ávido pela paz, não pela ambição egoísta e reação vingativa.

b) Ainda que sejamos abertamente injustiçados, em vez de fazer justiça com as próprias mãos, é melhor colocar a causa nas mãos do Soberano do Universo; na hora certa Ele fará a justiça, como deve ser feita.

c) Ainda que tudo conspire contra ti, apegue-se a Deus; entregue-se totalmente em Suas mãos, confie em Sua direção, e aja dependendo dEle. Então, Ele será teu escudo, proteção e garantia de tua restituição.

III. PARA ESTAR EM PAZ ENTRE PERVERSOS É IMPORTANTE PERDOAR PARA NÃO PROLONGAR CONFLITOS DESNECESSÁRIOS – Gênesis 26:24-33

1. Quem evita conflito com pessoas hostis e invejosas estará testemunhando de Deus e poderá desfrutar de agradável surpresa: O rei Abimeleque, de Gerar, com Auzate, seu conselheiro pessoal, e Ficol, o comandante dos seus exércitos, chegaram às portas da casa de Isaque. Ao Isaque questionar a razão da presença deles, responderam: “Vimos claramente que o Senhor está contigo; por isso dissemos: Façamos um juramente entre nós”.

2. Quem evita contendas desnecessárias com pessoas que provocam e prejudicam pode ter resultados agradáveis: “Agora sabemos que o Senhor te tem abençoado”, disseram a Isaque. Note que, na sequência, Abimeleque mentiu; alegando não ter-lhe feito nenhum mal, e que despediram a Isaque em paz das suas terras. Apesar disso, Isaque não argumentou para “colocar os pingos nos is” ou “tirar a limpo” ou “ressuscitar os defuntos (problemas) do passado”. Iria resolver com tal atitude ou iria piorar e atrapalhar a proposta de paz e o bom testemunho que foi dado sobre Deus?

3. Quem sabe perdoar ao que nem ao menos sabem pedir perdão, promove celebração além de paz: Isaque chamou seus antigos inimigos a um banquete de celebração. Essa é a melhor forma de acabar com inimizades.

a) Quem se reconcilia com inimigos experimenta da alegria que Jesus deseja que experimentemos: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie seu inimigo’. Mas Eu digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos Céus. Porque Ele faz raiar o Seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa vocês receberão? Até os publicanos fazem isso! E, se saudarem apenas os seus irmãos, o que estão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai Celestial de vocês” (Mateus 5:43-48). 

b) Quem trata bem aos inimigos demonstra possuir o coração de Jesus, cujos inimigos eram muitos: “A vida do Salvador na Terra não foi de comodidade e dedicação aos próprios interesses; pelo contrário, Ele atuava com persistente e fervoroso esforço pela salvação da humanidade perdida... Esse era o único e grande objetivo de Sua vida. Tudo o mais era secundário e menos importante. Sua comida e Sua bebida eram fazer a vontade de Deus e terminar a Sua obra. A satisfação do próprio eu e o interesse em Si mesmo não faziam parte de Seus objetivos” (Ellen White, Caminho a Cristo, p. 49).

c) Quem trata educada e pacientemente aos inimigos invejosos praticantes da injustiça, demonstra ser verdadeiro discípulo do maior Mestre já visto: “Porque é louvável que, por motivo de sua consciência para com Deus, alguém suporte aflições sofrendo injustamente. Pois, que vantagens há em suportar açoites recebidos por terem cometido o mal? Mas, se vocês suportam o sofrimento por terem feito o bem, isso é louvável diante de Deus. Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando exemplo, para que sigam os Seus passos... Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-Se Àquele que julga com justiça. Ele mesmo levou em Seu corpo, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por Suas feridas, vocês foram curados. Pois vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora se converteram ao Pastor e Bispo de suas almas” (I Pedro 2:19-25).

CONCLUSÃO:

1. Deus nos chamou para ser ovelhas do rebanho de Cristo, não toros bravos que bufam e chifram diante de qualquer ameaça.

2. Deus nos chamou para representar Seu nome e Seu reino numa sociedade que jaz no maligno; para que, testemunhando dEle, mais pessoas possam conhecê-lO.

3. Deus nos chamou para ser bênçãos em meio aos incrédulos; então, não devemos promover problemas e conflitos, mas ser pacificadores promotores da paz, como testemunhas de Cristo (II Pedro 2:11-12).

APELO:

1. Devemos atender ao chamado de Deus a nós.

2. Devemos aprender da paciência de Isaque apresentada pelo Espírito Santo nas páginas sagradas.

3. Devemos seguir a Cristo e deixá-lO reger nossa vida, a fim de sermos pacientes, pacíficos e tolerantes com quem não nos tolera.

Pr. Heber Toth Armí

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