sábado, 31 de julho de 2021

DEUS AINDA TEM UM POVO NO MUNDO

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: I Pedro 2:9-10

1. Em meio a tantas raças e etnias, Deus tem um povo na Terra, por causa de Sua graça!

2. Em meio a tantas culturas, filosofias e crenças, Deus tem um povo em nosso Planeta firmado na luz da verdade.

3. Em meio a tantas religiões diferentes existentes no mundo, Deus tem um povo que é exclusivamente Seu. O qual possui quatro privilégios para cumprir um propósito especial.

a) Todos os privilégios juntos capacitam os salvos a viverem o ideal proposto por Deus.

b) Todos os quatro privilégios estão relacionados com o objetivo de Deus para Seu povo.

c) Todos os privilégios são promovidos como fruto da graça, assim como o propósito de Deus para o povo é fruto da graça – pois sem os privilégios, é impossível alcançar o objetivo traçado por Deus. A nível de introdução, ainda é importante considerar dois pontos relacionados ao texto supracitado:

1) O Israel antigo não cumpriu o objetivo divino expresso em Êxodo 19:5-6 por não atentar diligentemente para a voz de Deus e nem guardar a aliança feita por Deus.

2) O Israel antigo perdeu seus privilégios, e estes foram passados para a Igreja Cristã a fim de ser para o mundo o que o povo de Deus do passado não foi.

I. SER RAÇA ELEITA É O PRIMEIRO PRIVILÉGIO CAPACITADOR QUE DEVE PROMOVER AS MARAVILHAS DE DEUS ATRAVÉS DOS CRISTÃOS – I Pedro 2:9

1. Ser escolhido por Deus sem sequer ser considerado povo, sem qualquer mérito, é melhor que ser escolhido por um time de renome para jogar em sua seleção.

2. Ser escolhido por Deus, mesmo originado nas trevas da vida, é um privilégio imensurável para quem não tinha nenhuma perspectiva positiva para o futuro.

3. Ser escolhido por Deus em nossa geração certamente é um privilégio que deve nos encher de emoção e promover o anúncio das grandezas de Deus para uma sociedade mergulhada nas profundezas das trevas do pecado. 

II. SER SACERDÓCIO REAL É O SEGUNDO PRIVILÉGIO CAPACITADOR QUE VISA PROMOVER AS MARAVILHAS DE DEUS POR MEIO DOS CRISTÃOS – I Pedro 2:9-10

1. Ser considerado sacerdote de Deus na Terra já é um grande privilégio concedido pelo Soberano do Universo, mas ser sacerdócio real, é um privilégio ainda maior.

2. Ser chamado para ser sacerdócio real de Deus quando miseravelmente estávamos nas trevas da perversidade, no império do mal sob a regência do diabo, como inimigos de Deus, significa desfrutar da infinita misericórdia de santo Deus.

3. Ser elevado das cinzas da insignificância; tirado da lama da vergonha,; arrancado das imundícias e das misérias da vida; para o posto de sacerdócio real; deve produzir empolgação tão grande que, cumprir a missão de anunciar as maravilhas e grandezas de Deus não será um peso, mas uma missão prazerosa.

III. SER NAÇÃO SANTA É O TERCEIRO PRIVILÉGIO CAPACITADOR QUE VISA PROMOVER AS MARAVILHAS DE DEUS POR INTERMÉDIO DOS CRISTÃOS – I Pedro 2:9

1. Ser santo significa ser separado para uma obra sagrada em uma sociedade corrompida pelo pecado.

2. Ser santo implica ser chamado por um Deus santo, para abrir mão da imundícia do pecado a fim de sermos santos no propósito pelo qual Deus nos chamou.

3. Ser santo significa experimentar o perdão oferecido por Cristo, que mesmo sendo pecadores indignos e indesculpáveis, fomos regenerados e justificados misericordiosamente pela graça mediante a fé, a fim de sermos reconciliados e estarmos em paz com Deus. Essa experiência não deve ficar escondida ou guardada, mas deve ser compartilhada. Ellen White diz, no livro Mensagem aos Jovens, p. 200, que “se Cristo habita no coração pela fé, vocês não podem se manter em silêncio. Se acharam a Jesus, serão verdadeiros missionários. Devem ser entusiastas neste sentido, e fazer com que os que não apreciam a Jesus saibam que Ele é precioso em Sua vida, que lhes tem posto um novo cântico nos lábios, isto é, louvor a Deus” por aquilo que Ele nos fez.

IV. SER POVO EXCLUSIVO DE DEUS É O QUARTO PRIVILÉGIO CAPACITADOR PARA PROMOVER AS MARAVILHAS DE DEUS MEDIANTE OS CRISTÃOS – I Pedro 2:9-10

1. Ser povo exclusivo de Deus implica que o cristão se torna o que não era. Nem sequer era povo, agora é povo de Deus; porque, Ele o comprou, não com prata ou ouro, mas com o precioso sangue de Seu inocente Filho que deu Sua vida pelos pecadores (I Pedro 1:18-19).

2. Ser povo de Deus já é um grande privilégio, mas pertencer exclusivamente a Deus e nem um pouco ao diabo, é um privilégio maior ainda. Sem qualquer valor ou habilidade inerente, mesmo assim Deus nos tornou propriedade Sua; tal honra não deve nos fazer ficar calado.

3. Ser povo de Deus é viver os privilégios concedidos, o que equivale a anunciar as maravilhas dAquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Ellen White nos convida à reflexão: “O Senhor fez de Sua Igreja o reservatório de influência divina. O universo celestial está à espera de que os membros se tornem canais pelos quais flua para o mundo a corrente de vida, a fim de que muitos se convertam, e por sua vez se tornem condutos pelos quais a graça de Cristo flua para as regiões desertas da vinha do Senhor” (Serviço Cristão, p. 21).

CONCLUSÃO:

1. A existência de um povo de Deus na Terra se deve à misericórdia e graça de Deus para com os pecadores. O Comentário Bíblico Adventista diz que proclamar as virtudes dAquele que chamou das trevas para a maravilhosa luz foca “nas qualidades manifestadas nas ações” de Deus. “A referência aqui é ao caráter gracioso de Deus, que transborda de amor e provisão para a salvação dos pecadores (ver Êx 34:6, 7)”.

2. A existência de um povo de Deus na Terra é fruto de Sua infinita graça empapuçada de Sua imensurável misericórdia: Não pode haver dúvida quanto a isso. Pois é certo que “o Senhor comprou a igreja como Sua propriedade exclusiva a fim de que seus membros reflitam os preciosos atributos do caráter divino e proclamem a misericórdia a todas as pessoas. Mediante a atração de uma personalidade semelhante à de Cristo e a compaixão de atos compatíveis com os dEle, os cristãos devem revelar Deus ao mundo assim como fez Jesus” (Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 614).

3. A existência da Igreja Cristã é resultado total da ação da graça e misericórdia de Deus; por isso, esse ato de grandeza divina deve ser anunciado e proclamado por todos os cantos do mundo. “Os filhos da luz estão espalhados entre os das trevas para que o contraste salte aos olhos de todos. É assim que os filhos de Deus devem anunciar ‘as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz’. I Ped. 2:9. O amor divino, ardendo em seu coração, a harmonia à semelhança de Cristo manifestada em sua vida, será como um vislumbre do Céu concedido aos homens do mundo, para que possam apreciar sua excelência” confirma Ellen White no livro Testemunho para a Igreja, v. 5, p. 100.

APELO:

1. Reconheça a graça de Deus na existência de Sua igreja neste mundo tomado pela corrupção.

2. Aceite o chamado de Deus para desfrutar dos maiores privilégios que alguém pode ter neste mundo de pecado, que é ser membro da geração eleita, do sacerdócio real, da nação santa e do povo exclusivo de Deus.

3. Foque no propósito de Deus ao conceder-nos preciosos privilégios a fim de que anuncieis as grandezas dAquele que te chamou das trevas do pecado para a maravilhosa luz de Jesus.

Pr. Heber Toth Armí

sábado, 3 de julho de 2021

PAI, FILHO E NETO DA FAMÍLIA ESPIRITUAL

INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: João 1:35-42

1. O ato de testemunhar de Cristo deve ser algo sobrenatural que acontece naturalmente com pessoas que seguem a Cristo.

2. O ato de testemunhar de Cristo chama-se evangelismo, onde o evangelista fala a grandes multidões (como João Batista) ou a um indivíduo (como fez André ao testemunhar do Messias ao irmão, Simão). 

a) O pecador que experimenta ser discípulo de Jesus não sossega enquanto não tornar indivíduos a sua volta em discípulos junto com ele.

b) O pecado por omissão resulta do “silêncio culposo” do cristão.

c) O “silêncio culposo” é o pecado que cada crente comete quando deveria testemunhar de Jesus, contudo opta por ficar calado.

3. O ato de testemunhar de Cristo deve ser uma ação contínua, intencional e progressiva, promovendo o discipulado cristão em toda e qualquer situação, construindo uma família espiritual: 

a) João Batista é um exemplo de pai espiritual.

b) André é um exemplo de filho espiritual.

c) Simão é um exemplo de neto espiritual.

I. PAI ESPIRITUAL: JOÃO BATISTA – João 2:35-39

João Batista foi um grande proclamador do evangelho. Anunciou a vinda do Messias e O inseriu na sociedade de sua época. Tomado pelo poder do Espírito Santo, sua mensagem poderosa sobre Cristo alcançava o coração dos ouvintes. Sua convicção tornava a pregação convincente a tal ponto de dois de seus discípulos tornarem-se discípulos de Jesus assim que foi apresentado.

1. O pregador do evangelho deve fazer discípulos: A graça de Deus recebida através de Jesus nos alcança de alguma forma. Deste modo, seremos impulsionados a proclamá-la a quem quer que seja, como fez João Batista.

2. O proclamador das boas-novas deve inflamar outros a continuar proclamando: João Batista tinha discípulos, pelo menos dois segundo o texto em pauta, que os direcionou a Jesus.

3. O evangelista deve começar uma onda do evangelho que esteja sempre avançando: A evangelização deve ser como rio de águas correntes, não como lagoa. O crente que diz ser convertido, mas se parece mais a lagoa estagnada vive o contrário do que Cristo apresentou em João 7:37-38.

II. FILHO ESPIRITUAL: ANDRÉ – João 2:37-42

André era discípulo de João Batista antes de tornar-se discípulo de Jesus. Fiel ao seu discipulador, André prontamente passou a seguir a Jesus cuja pregação era Seu alvo. Como bom aprendiz, André passou a fazer discípulo. Achando seu irmão Simão, o levou a Jesus após testemunhar de seu encontro com Ele.

1. O receptor do evangelho deve gerar outros discípulos: O discipulador não deve ser um fim em si mesmo, mas um meio para levar pessoas a Jesus. Como André, o cristão íntegro é missionário em tempo integral, em sua cidade, família, trabalho, lazer, vizinhança e círculo de amizade.

2. O filho espiritual deve ansiar pela procriação e gerar filhos e netos espirituais: O evangelho, quando corrompido, foca no eu, no ego, na pessoa egoísta e orgulhosa. O evangelho genuíno tira o foco do homem e o conduz a Jesus; assim fazia João Batista, André e Simão Pedro.

3. O receptor do evangelho deve gerar discípulos que geram outros discípulos: Evangelizar é processo de transformar condenados pecadores inveterados em filhos de Deus, do ponto de vista espiritual. Pelo olhar humano, o pai espiritual representado por João Batista deve gerar filhos espirituais, representado por André – o qual deve continuar o processo e gerar netos para seu pai espiritual – isso é discipulado!

III. NETO ESPIRITUAL: PEDRO – João 1:40-42

Simão teve o nome alterado quando encontrou Jesus, Aquele que transforma vidas. Jesus mudou seu nome para Cefas (Pedro). Cefas é filho espiritual de André, seu irmão carnal e, neto espiritual de João Batista, que apresentou Jesus a André. Tal testemunho vivo, dinâmico e crescente deveria acontecer assim que alguém se converte. Pedro foi prolífero evangelista, levando muitos indivíduos como discípulos a Cristo.

1. A corrente do discipulado não deve parar no recém convertido: Só encontramos real significado no cristianismo quando compreendemos e assimilamos a razão pela qual existimos. Viver focado em si mesmo, ou com propósito em qualquer glória que não seja a glória de Cristo, não passa de vanglória. Assim, a graça recebida do evangelho só terá sentido real se for compartilhada com o próximo – eis o estilo de vida de quem teve convertido o seu “eu” pervertido.

2. O filho espiritual deve discipular outra pessoa para continuar o que começou pelo pai espiritual: Através do discipulado cristão, Deus restaura pecadores “inúteis” direcionando-os ao nobre propósito de ser bênção aos que estão nas trevas, distantes da fonte da vida e da luz de Jesus. A vida cristã é dinâmica, um processo discipulador constante.

3. O neto espiritual deve continuar promovendo o evangelho através do discipulado: Quando se evangeliza através do discipulado assim como fez João Batista, André e Pedro, o cristão desfruta do privilégio de ser braços de Jesus para abraçar o mundo inteiro, conduzindo as pessoas para junto do Salvador, o Mestre dos mestres.

CONCLUSÃO:

1. Todo cristão tem pai espiritual: Deus certamente colocou um cristão para te conduzir a Cristo. Precisamos dar continuidade ao progresso do evangelismo, o qual certamente depende da promoção por parte dos alcançados pelo evangelho.

2. Todo cristão deve gerar filhos espirituais: Deus não quer cristãos estéreis, mas frutíferos, que gerem filhos para a eternidade. Todo pai espiritual deve ensinar seu filho na fé a discipular alguém para Jesus. Portanto, “todo cristão ou é um missionário ou é um impostor” (Charlles H. Spurgeon).

3. Todo cristão deve amar a missão e empolgar-se com a reprodução de discípulos: Todo pai espiritual quer ver o neto, o filho de seu filho espiritual. Todo avô espiritual quer ver o crescimento da família espiritual. Para tal, todo convertido a Cristo deve saber que “todo verdadeiro discípulo nasce no reino como missionário” (Ellen G. White).

APELO:

1. Como João Batista, viva para testemunhar de Cristo às multidões. Ou,

2. Como André, não fique com o evangelho só para si, testemunhe de Cristo ás pessoas próximas. E, então,

3. Como Simão Pedro, leve à diante o progresso do evangelho.

Pr. Heber Toth Armí


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