INTRODUÇÃO: Texto bíblico: Malaquias 1:1-4:6
1. Malaquias ergue a voz antes de Deus
ficar em silêncio por 400 anos. Com destemida ousadia esse mensageiro inspirado
dá o último recado a um povo que cambaleava em sua espiritualidade. Era mais
uma tentativa da voz profética de preparar um povo que deveria estar aguardando
a chegada do Messias. Essas profecias foram proferidas após um século do
retorno do cativeiro babilônico, o ministério de Esdras e de Neemias, e aproximadamente
quatro séculos antes da vinda de vinda do Senhor ao Seu Templo.
2. Malaquias, em seu texto inspirado pelo
Espírito Santo, é tão relevante ao povo da segunda vinda de Cristo quanto fora
aos judeus expectantes da primeira vinda do Messias. Assim, os quatro capítulos
fornecem uma mensagem de primeira instância para cada cristão do século 21.
3. Malaquias tem uma mensagem forte e
contundente para a igreja atual: “A hora
do juízo de Deus é chegada, e sobre os membros da igreja na Terra repousa a
solene responsabilidade de advertir aos que estão mesmo às bordas, por assim
dizer, da eterna ruína” (Idem, 716).
I. A IGREJA DEVE FICAR
ALERTA COM PELO MENOS SEIS PECADOS QUE ATRAPALHAM A ESPERA DA SEGUNDA VINDA DE
CRISTO:
Há pelo menos seis pecados que
caracterizavam a igreja do Antigo Testamento na época do profeta Malaquias quando
aguardavam a primeira vinda de Cristo, os quais devem servir de alerta a nós
que aguardamos Sua segunda vinda:
1. Desvalorização do amor divino (Malaquias 1:1-5). As pessoas projetam
a Deus a própria falta de amor delas para com Deus, e então questionam tal amor
divino. Mesmo que o amor de Deus não seja percebido por indiferentes, isso não
significa que Ele não está sendo demonstrado. E quanto a nós?
a) Ainda
insistimos questionando a Deus, Seu amor e Sua fidelidade, da mesma forma que os
judeus na época de Malaquias?
b) Ainda
precisamos que Deus prove Seu amor para conosco como fez a Israel, mesmo após
Jesus ter sido a maior revelação desse amor através de Seu sacrifício de amor
na cruz?
c) Ainda
colocamos em dúvida o amor de Deus, devido às nossas dores ocasionadas por
nossa frouxidão espiritual e moral?
2. Desmoralização de Deus (Malaquias 1:6-2:9). As pessoas, orgulhosamente,
agem com Deus como Alguém insignificante, ou como um Ser qualquer. Os judeus
valorizavam mais as pessoas com cargos de autoridade do que o Senhor do
Universo.
a) E
nós, priorizamos Deus em nossas atividades, ou não dispomos de tempo para Ele?
b) E
nosso coração e espiritualidade, demonstram compromisso com Deus ou revela um
relaxado e quase insignificante relacionamento com Ele?
c) E
quanto ao tempo, Ele ocupa espaço significativo em nossa agenda ou estamos tão
cheios de compromissos que O desonramos o tempo todo?
3. Destemida infidelidade a Deus (Malaquias 2:10-16). A dificuldade no
relacionamento interpessoal revela o distanciamento das pessoas da presença de Deus.
O casamento é o mais íntimo dos relacionamentos humanos, e sofre terrivelmente
quando há significativo afastamento de Deus. Então reflita:
a) Quem
te influencia mais, Deus e Seus princípios ou a cultura desprovida de Deus?
b) Demonstramos
nosso compromisso com Deus através dos relacionamentos ou eles revelam que
estamos mais comprometidos com as tendências secularistas e materialistas?
c) Como
está teu casamento, como Deus planejou ou como o pecado projetou?
4. Definição equivocada da justiça divina (Malaquias 2:17-3:6). Indivíduos sem
intimidade com Deus criam conceitos teológicos, destorcendo-Lhe o caráter.
a) Você
acredita que Deus age no mundo ou crê que Ele nos abandonou aqui?
b) Você
apega-se a qual base filosófica para avaliar a sociedade e os diversos
sofrimentos e mortes que nos assolam incessantemente?
c) Você
possui conceitos sobre Deus que revelam quão íntimo você é dEle ou quão distante
tem se afastado dEle?
5. Desrespeito com aquilo que pertence a Deus
(Malaquias 3:7-12). Quem
não coloca a Deus em primeiro lugar na vida terá dificuldades com dízimos e
ofertas. Faça uma autoanálise:
a) Teu
dinheiro tem sido mais importante que Deus, ou Deus tem sido mais importante
que o dinheiro?
b) Teu
dinheiro testemunha de tua fidelidade a Deus ou testemunha de que você anda
roubando o que pertence a Ele?
c) Tua
forma de lidar com o dinheiro diante de Deus revela reverência ou ganância?
6. Difamação da graça de Deus (Malaquias 3:13-15). Pessoas vazias de
Deus questionam Sua graça, reclamam de tudo, e questionam a justiça divina. Reflita
com sinceridade:
a) Você
busca a Deus por causa das bênçãos visando vantagens e, quando a tua
expectativa não é saciada te frustras com Ele?
b) Você
serve a Deus visando Sua pessoa, Seu amor e Sua graça, ou apenas almejando Suas
bênçãos e prosperidade material?
c) Você
serve a Deus de coração mesmo em meio a dificuldades, desafios e obstáculos, ou
vives um formalismo religioso, buscando nas cerimônias religiosas um amuleto da
sorte, e depois ficas indignado por concluir que a religião bíblica parece não
funcionar?
II. A IGREJA DEVE SABER COMO DEUS VAI PROCEDER EM SEU JUÍZO SOBRE O
MUNDO:
Na profecia de Malaquias existem três
interlúdios onde encontramos revelado o juízo divino em três ênfases:
1. Primeiramente, juízo sobre sacerdotes,
ou seja, líderes religiosos (Malaquias 2:1-9). Os questionadores inveterados de Deus se
surpreenderão no dia do juízo ao serem confrontados pelo próprio Deus.
2. Na sequência, juízo sobre o povo, ou
seja, a igreja de Deus (Malaquias
3:1-6). Quem se acha justo aos próprios olhos se surpreenderão quando a justiça
divina se manifestar, revelando que eram injustos quanto a seu julgamento
próprio.
3. Finalmente, juízo em prol do
remanescente perseverantemente fiel (Malaquias 3:16-4:6). O juízo celestial erradicará o mal definitivamente;
todavia, será preservado e vindicado o remanescente que viveu descente e intimamente
com o Deus Onipotente.
CONCLUSÃO: As seguintes citações de Ellen G. White
nos auxiliam a compreender ainda mais a mensagem de Malaquias:
1. “Solenemente foram os praticantes do
mal advertidos sobre o dia do julgamento por vir, e do propósito de Jeová de
visitar com imediata destruição cada transgressor. Todavia, ninguém foi deixado
sem esperança; as profecias de Malaquias sobre o juízo foram acompanhadas de
convites ao impenitente para que fizesse paz com Deus. ‘Tornai vós para Mim’, o
Senhor apelava, ‘e Eu tornarei para vós.’ Mal. 3:7” (Profetas e Reis, p. 706).
2. “Dir-se-ia que nenhum coração pode
deixar de responder a tal convite. O Deus do Céu está apelando a Seus filhos
transviados para que voltem para Ele, a fim de que possam com Ele cooperar na
condução de Sua obra na Terra” (Idem).
3. “A luz é uma bênção, uma bênção
universal a derramar seus tesouros sobre um mundo ingrato, injusto e
pervertido. Assim é com a luz do Sol da Justiça. A Terra toda, envolvida embora
nas trevas do pecado, do infortúnio e da dor, deve ser iluminada com o
conhecimento do amor de Deus. A luz que brilha do trono do Céu não deve ser
excluída de nenhuma seita, categoria ou classe de pessoas [...]. As trevas
devem fugir ante os brilhantes raios do Sol da Justiça” (Idem, 719).
4. “As palavras finais de Malaquias são
uma profecia concernente à obra que deveria ser feita como preparação dos
primeiros e segundo advento de Cristo” (A Fé Pela Qual Eu Vivo, p. 288).
APELO:
1. Fique alerta para que tua vida não seja
caracterizada pelos pecados do povo de Deus da época de Malaquias.
2. Esteja alerta para a necessidade de
preparo no tempo do juízo, antes da vinda de Cristo.
3. Invista na preparação de mais pessoas
para que elas também vivam os maravilhosos planos de Deus.
Pr. Heber Toth Armí
1 Comentários
Muito bom esse alimento diário
ResponderExcluirDê seu parecer respeitando a ética cristã. Sua opinião será bem-vinda: