ESTRANGEIROS PEREGRINANDO RUMO À CIDADE CELESTIAL


INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Hebreus 11:9-10

1. A confiança do cristão precisa estar absolutamente alicerçada em Cristo, senão qualquer outro alicerce trará absoluta frustração.
2. A fé do cristão deve ser construída exclusivamente através de Cristo, O qual é o motivo de nossa fé. Sem Ele estaríamos desnorteados.
3. A esperança do cristão é sair deste mundo para morar com o Salvador em uma cidade sensacional. Com isso,

a) Devemos afastar-nos da tentação que assalta intentando fazer-nos rejeitar as coisas que não vemos do futuro em troca das coisas visíveis do presente.
b) Devemos fundamentar nossa confiança em Cristo que não falha e desenvolver nossa fé nEle, para vivermos bem o presente e avivados na esperança de logo morarmos na cidade preparada para os salvos.
c) Devemos viver como andarilhos neste mundo, numa jornada como os peregrinos, rumo à Cidade estabelecida numa Pátria Superior, Melhor.

I. A CIDADE É ETERNA – Hebreus 11:9-10

As cidades deste mundo têm começo e fim, mas a cidade projetada pelo Deus eterno tem começo, mas nunca terá fim (ver Hebreus 11:16; 13:14). A cidade que ainda não pode ser vista por mortais é aquela que:

1. Abraão e todos os patriarcas esperaram, mesmo após terem chegado à Canaã.
2. Os cristãos de todas as épocas e nós hoje esperamos.

a) A fé do cristão tem o mesmo alvo que a fé de Abraão e dos patriarcas: Chegar à cidade preparada na Pátria Celestial.
b) A fé do cristão tem o mesmo propósito que a fé de Abraão e dos patriarcas: Aguardar e se preparar para habitar na Cidade prometida por Deus.

II. A CIDADE É MAGNÍFICA – Hebreus 11:10

A Cidade edificada na “pátria superior” (ou “melhor”, verso 16) tem fundamento sólido. As tendas utilizadas na peregrinação eram passageiras em contraste com a cidade celestial com fundamento (Hebreus 11:13-14). Por isso,

1. Os crentes estão neste mundo apenas de passagem, aguardando chegar ao objetivo nobre e elevado traçado por Cristo.
2. Os crentes reconhecem pela fé a transitoriedade das coisas deste mundo efêmero, por isso vivem no presente com foco no futuro.

a) Vivem como peregrinos e estrangeiros, alheios aos propósitos financeiros, filosóficos, sociológicos e políticos da sociedade que está dominada pela perversidade.
b) Vivem pela fé na promessa de Deus, que é superlativamente melhor do que os reinos que o mundo pode oferecer.

III. A CIDADE É PLANEJADA – Hebreus 11:10

Diferente de muitas cidades que cresceram sem ser planejada, a Cidade na Pátria Celestial edificada para os fieis foi bem mais planejada que qualquer das mais belas cidades deste Planeta. Por mais sábios, criativos e intelectuais, os homens são limitados e falhos; sendo Deus o Arquiteto da cidade, ela é impecável, perfeita e organizada como ninguém viu neste mundo. 

1. Deus sempre foi Arquiteto perfeito: Ele arquitetou o mundo e então o criou, eis que tudo era perfeito. Após o pecado ter invadido e arruinado a vida das criaturas de Deus, Ele arquitetou um plano perfeito de salvação.
2. Deus é o Arquiteto da Cidade perfeita na Pátria Superior: Por isso, esta “é a cidade-modelo, sem bairros pobres, sem ar e água poluídos ou outro problema qualquer que infesta nossos centros metropolitanos” (William MacDonald. Comentário Bíblico Popular, p. 861).

a) O ser humano precisa confiar no Arquiteto Celestial que planejou não apenas uma cidade perfeita, mas uma existência perfeita e eterna aos que O buscam pela fé.
b) O ser humano deve aceitar o plano da salvação no presente para, no futuro, desfrutar dos maravilhosos propósitos divinos.

IV. A CIDADE FOI CONSTRUÍDA – Hebreus 11:10

Além de Arquiteto, Deus mesmo fez a função de Engenheiro Civil e Construtor utilizando materiais da mais alta qualidade do Universo. Ele não deixou a execução de Seu plano de construção civil na mão de engenheiros e construtores humanos. Para que fosse magnífica, Deus mesmo edificou Sua cidade.

1. Esse lugar que não é ilusório, utópico ou inacessível; porque, em Cristo, esse lugar tornou-se acessível; e, pelas mãos de Deus, saiu do planejamento para tornar-se real.
2. Esse lugar está invisível aos mortais, mas logo estará disponível, ele já foi construído. Ele existe, já foi edificado, está terminado. Está na Pátria Celestial, onde Deus habita; os salvos estão aguardando morar com Ele.

a) Judeus e gentios crentes devem ter o mesmo propósito, anelar pelas mesmas promessas e, esperar residir no mesmo lugar.
b) Judeus e gentios que se convertem a Cristo estão longe de sua terra e de sua Pátria, portanto, devem viver como estrangeiros e peregrinos neste mundo, aguardando o cumprimento das promessas do Arquiteto e Construtor da Cidade Celestial.

CONCLUSÃO: 

1. Cristãos judeus e gentios devem fixar seus olhos no futuro prometido por Cristo, pois só nas promessas divinas estaremos seguros. “Suas esperanças e aspirações não [devem estar] associadas a qualquer cidade terrena ou sistema religioso” (Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 536).
2. Cristãos judeus e gentios devem se unir na esperança de morar numa cidade não esperada apenas pelos crentes do Novo Testamento, mas também por Abraão, o pai da fé, e os patriarcas no Antigo Testamento.
3. Cristãos judeus e gentios que aguardam pela fé o cumprimento da profecia proferida pelo Arquiteto e Construtor da Cidade na Pátria Superior viverão no mesmo lugar e adorarão o mesmo Deus, celebrando o mesmo Salvador, Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé (Hebreus 12:1-3).

APELO: Sendo assim...

1. Não aceite que as coisas supérfluas das cidades transitórias deste mundo te desviem os olhos da magnífica cidade que durará eternamente.
2. Não deixe que o brilho insignificante das cidades terrestres ofusque o brilho da promessa de uma cidade especial construída, não por homens, mas por Deus; O qual está nos acenando “com algo infinitamente melhor” (Siegfried J. Schwantes. Hebreus: Cristo Nosso Sumo Sacerdote, p. 97).
3. Não se deixe iludir pelos prazeres das cidades encharcadas de pecado, imoralidade e corrupção, para que tua peregrinação alcance o destino traçado por Deus: A Cidade que Ele mesmo construiu para os salvos.

Pr. Heber Toth Armí

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