terça-feira, 23 de janeiro de 2018

GÊNESIS É UM LIVRO QUE TODOS NÓS DEVEMOS ESTUDAR


INTRODUÇÃO:

1. O livro “Gênesis” é o primeiro da Torá e da Bíblia cristã. O primeiro dos 66 livros da Bíblia. Gênesis tem 50 capítulos e 1534 versículos.
2. O livro “Gênesis” representa 6,85% do Antigo Testamento; é o segundo maior livro bíblico, perdendo apenas para Jeremias.
3. O livro “Gênesis” foi o segundo a ser escrito na Bíblia. Depois que ficou pronto o livro de Jó, Moisés escreveu Gênesis. 

a) Moisés foi um líder preparado por Deus, primeiramente no Egito e, depois no deserto midianita.
b) Moisés foi o homem que Deus usou para libertar o povo de Israel da escravidão egípcia.
c) Moisés recebeu a melhor educação formal da época, conhecia bem as letras e a literatura – ele foi o primeiro escritor bíblico.

I. GÊNESIS REVELA QUEM SOMOS NUM MUNDO DE MUITAS VOZES HUMILHANTES:

Moisés se apresentou ao povo de Israel que se achava escravo no Egito; mostrou-lhe quais eram suas reais origens quando arrogantes egípcios os humilhavam. Partindo do geral para o particular, Moisés falou da gênesi (origem) do céu e da terra até culminar com os filhos de Abraão no Egito. Aos escravos no Egito e aos escravos do pecado, através de Moisés o Criador deseja mostrar quem realmente somos e qual o nosso valor:

1. Gênesis declara que somos criaturas de Deus, modelados por Suas próprias mãos (Gênesis 2:7, 22).
2. Gênesis afirma que somos únicos na criação divina; de tudo o que Deus criou, somente os humanos foram criados à imagem e semelhante dEle, dotados de habilidades exclusivas para relacionar-se com o maior Ser Supremo do Universo e representá-lO entre as criaturas (Gênesis 1:26-28).
3. Gênesis mostra que o sofrimento não significa que Deus não nos ama, mas que o pecado tira nossa paz, alegria e felicidade e implanta a dor, a angústia e a escravidão (Gênesis 3:1-19); contudo, apesar de cometermos pecado, Deus chamou nossos antepassados para uma nobre missão mundial (Gênesis 12 a 50), da qual podemos fazer parte ainda hoje.

II. GÊNESIS REVELA DE ONDE VIEMOS QUANDO NOS DEPARAMOS NUM MUNDO QUE DEBATE CRENÇAS DEGRADANTES:

Sem possibilidade de estudar, desenvolver o intelecto e amadurecer culturalmente, os escravos do Egito perderam a noção de seu valor por não saberem exatamente de onde vieram. Nos dias atuais, embora seja acessível o conhecimento, as crenças, uma mais absurda que a outra, revelam tentativas deprimentes por respostas. Então, Deus apresenta a verdade esquecida no passado da história da humanidade. Moisés apresentou “Gênesis” aos escravos; agora nós também o temos em nossas mãos. Ele revela verdadeiramente de onde viemos:

1. Gênesis mostra que nós, humanos, não somos frutos do acaso, sem planejamento. Em Gênesis 1 e 2 nota-se que Deus pensou em tudo para proporcionar o bem e a felicidade dos Seus representantes.
2. Gênesis demonstra com maestria que os humanos são frutos do plano de Deus, originados em Seu coração, criados com Suas próprias mãos; portanto, não são resultados da evolução ou de um desenvolvimento melhor de algum animal inferior.
3. Gênesis apresenta que originalmente os humanos foram colocados num belo e perfeito Jardim do Éden, não para viverem nos fornos de tijolos ou como escravos amassando barro, tratados como animais. 

III. GÊNESIS REVELA PARA ONDE VAMOS QUANDO O FUTURO PARECE INCERTO:

O sofrimento na escravidão egípcia ou no pecado não se deve ao fato de que Deus não existe ou que não existe amor pelo pecador em Seu coração. Deus está por trás de cada acontecimento e de cada capítulo da história humana. Apesar de o pecado ter feito estrago trazendo inúmeras calamidades, Deus está conduzindo a história do mundo a um fim glorioso. E é por isso que Moisés escreveu Gênesis.

1. Deus prometeu a Abraão uma terra especial, a qual tornou-se conhecida como Terra Prometida; tal esperança tornou-se a nobre expectativa dos antepassados moldando-lhes o estilo de vida (Gênesis 12, 15, 17, etc.).
2. Deus assegurou a Abraão um descendente que tornaria uma grande nação para ser bênção às nações do mundo; pois, por causa da desgraça causada pelo pecado à humanidade (Gênesis 3:19) foi necessário uma esperança na qual nortear a existência.
3. Deus revelou que providenciaria solução para eliminar a morte e todos os males resultantes do pecado. A primeira e mais importante profecia bíblica encontra-se em Gênesis 3:15. O Cordeiro de Deus morreria para cobrir o pecador com a justiça divina (Gênesis 3:19). A Terra Prometida vislumbrava o Novo Céu e Nova Terra revelada por Jesus a João (Apocalipse 21 e 22).

CONCLUSÃO: 

1. Numa sociedade pluralista, relativista e superficial intelectualmente, as teorias reinantes tendem a desprezar a humanidade, rebaixar seu valor e humilhar seu Criador. Deus inspirou Moisés para escrever uma explicação da origem e uma revelação do valor humano para os judeus e o mundo.
2. Numa sociedade carente de amor, pautada pelos relacionamentos quebrados e, desprovida de emoções saudáveis, Gênesis mostra o amor de Deus não apenas na forma de criar e no ambiente preparado para nossos primeiros pais, mas também no cuidado prestado na história da existência humana através das dores do pecado.
3. Numa sociedade desesperada e sem boas expectativas para o futuro, Gênesis revela nosso valor para Deus e, Seus planos para nos restaurar dos estragos do pecado. Deus quer nos levar à Canaã Celestial e, foi para isso que Jesus pagou o preço descrito em Gênesis 3:15.

APELO:

1. Seja assíduo estudante de Gênesis.
2. Proclame a mensagem de Gênesis como fez Moisés.
3. Avance diariamente com Cristo para a Canaã Celestial.
Pr. Heber Toth Armí

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A VERGONHA MEDONHA DO MORDOMO INFIEL


INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Isaías 22:15-25

1. Sebna tem uma história que alerta a todo crente acometido de soberba, avareza, egoísmo, ganância, ambição, ostentação ou presunção.
2. Sebna é um exemplo do que não é aceitável Àquele que é Senhor da História, dono do mundo com tudo o que existe nele, e, Juiz do Universo.
3. Sebna é um ícone de privilégios e um péssimo exemplo de mordomo. Quais seus privilégios?

a) Ele era alto funcionário do palácio nos tempos do rei Ezequias.
b) Ele era tesoureiro e administrador dos bens e propriedades da nação do povo de Deus.
c) Ele era o representante do rei na administração financeira do reino do povo de Deus. 

Quais lições e verdades encontram-se neste relato?

I. SER MORDOMO EXIGE RESPONSABILIDADE E FIDELIDADE – Isaías 22:15

1. O mordomo é um alto oficial na casa de um rei, encarregado de administrar os seus bens e propriedades: Sebna era o oficial mais poderoso do reino de Ezequias. Ele tinha a chave de Davi (v. 22), era o principal ministro do Estado.

2. O mordomo é uma pessoa de confiança que possui direito legal de agir em nome de seu Senhor: Sebna devia ser muito competente no que fazia para ter sido nomeado para o alto escalão do governo, ele exercia autoridade suprema sob a supervisão do rei.

3. O mordomo fiel não considera sua função uma oportunidade para lidar com assuntos pessoais: Sebna não devia agir por conta própria, ele era o assistente do rei e o representava onde quer que fosse. A submissão e a humildade deveriam caracterizar seu comportamento para que os interesses de seu senhor estivessem acima dos seus, ou para zelar pelos bens dos outros como se fossem seus.

II. SER MORDOMO SIGNIFICA CUIDAR DOS BENS MATERIAIS SEM SER MATERIALISTA – Isaías 22:16-18

1. Se o mordomo tomar para si dos bens do seu senhor estará roubando: Sebna aproveitou do cargo que ocupava para garantir seu futuro, já que sobre Judá estava sendo profetizada a ruína (vs. 1-14). Ele adquiriu para si carros, ajuntou riquezas e preparou uma sepultura monumental no alto da rocha como se fosse rei com os recursos alheios (Isaías 2:7).

2. Se o mordomo promover a própria glória estará furtando o lugar de seu senhor: Visando enriquecer-se, Sebna rivaliza com Ezequias. O egoísmo entorpeceu a moral de Sebna, o orgulho tomou conta de suas intenções e a vaidade ditou suas decisões.

3. Se o mordomo for infiel, não é digno de confiança nem do posto que ocupa: Aquele que ostenta bens que não lhe pertence torna-se incompetente como mordomo; torna-se um grande ser presunçoso, soberbo, avarento e egoísta; regido pela efêmera filosofia materialista.

III. SER UM PÉSSIMO MORDOMO SIGNIFICA NAUFRAGAR NO MAR DAS ILUSÕES – Isaías 22:19-25

1. Aquele que planejou uma suntuosa sepultura morreria pobre numa terra distante: Em vez de investir os recursos da nação para livrar o povo de Deus do perigo iminente, Sebna os usou para promover seus próprios interesses. Por isso, Deus declarou que ele morreria num país distante. Seus pomposos carros os acompanhariam ao exílio.

2. Aquele que arrogantemente usurpava a glória do rei foi demitido, substituído, rebaixado e exilado: Deus mostrou a Sebna como deveria ter agido ao revelar-lhe que Eliaquim seria o mordomo real em seu lugar. Aquele que usou sua posição para vangloriar-se rolaria para a escravidão como uma bola atirada para longe. Antes, porém, ocuparia um posto inferior, como de fato aconteceu ao tornar-se escrivão (Isaías 36:22; ver 2 Reis 18:26, 37-19:2).

3. Aquele que não se contentou em andar nas carruagens do rei por isso adquiriu seus próprios carros, morreria sem nada, sem glória e sem status: Sebna lutou para subir na vida independente de Deus, por isso desceria como uma bola ladeira abaixo deixando evidente a grande verdade que todo aquele que se exaltar será humilhado. Já Eliaquim deixa evidente que, quem se humilha, Deus o exalta (Isaías 36:11, 22).

4. Aquele que alimenta seu orgulho escrupuloso e ergue um monumento à sua ostensiva vaidade miserável será envergonhado: Sebna “era um mordomo sem escrúpulos, inclinado a buscar seus próprios interesses, a quem o Senhor expulsaria de seu cargo [...]. O defeito principal de Sebna era de ser um administrador excessivamente ambicioso e determinado a promover seus interesses pessoais, mesmo com prejuízo dos interesses públicos” (Siegfried J. Schwantes). Seu fim foi vergonhoso!

CONCLUSÃO:

1. O juízo divino vem sobre todo aquele que, em vez de ser mordomo, age como dono sem sê-lo de fato, o que caracteriza arrogância, avareza, ganância e presunção. Deus dá habilidades, autoridade e recursos às pessoas a fim de que sejam úteis na Sua obra no mundo, mas quando se abusa desses dons usando-os em benefício próprio ignorando a salvação dos perdidos, tais pessoas serão chamadas a prestar contas.
2. O juízo divino mostra-se atento a tudo, às pretensões do coração e às decisões individuais de cada pessoa. Deus é dono de tudo e dá diferentes e suficientes recursos aos seres humanos, os quais prestarão contas do que faz com cada um deles. Deus é o Rei dos reis, os crentes são Seus representantes no mundo; portanto, devem agir como bons mordomos.
3. O juízo divino denuncia aos mordomos infiéis, arrogantes, egoístas e avarentos, como Sebna; mas, beneficia aos humildes, submissos e consagrados ao serviço fiel tornando-os mordomos em postos mais elevados, como fez com Eliaquim.

APELO:

1. Como mordomo de Deus, não use dos recursos dEle de forma egoísta, para proveito próprio; mas, use-os profusamente para promover Seu reino em um mundo decadente.
2. Como mordomo fiel busque os interesses de teu Senhor a fim de que não trilhes o caminho da frustração, da vergonha e da humilhação.
3. Como mordomo cristão faça o que o dono do mundo, o Senhor da História e Juiz do Universo espera de você em toda e qualquer situação.
 
Pr. Heber Toth Armí

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