segunda-feira, 25 de julho de 2016

GARÇONS DO RESTAURANTE DE DEUS


Em nossos dias há abundante informação nutricional. Todavia, a humanidade peca na quantidade, qualidade e frequência na ingestão de alimentos. Assim, uns sofrem de obesidade e outros de inanição. Se não há equilíbrio na nutrição física, o que dizer então da nutrição espiritual?

O profeta Amós, há cerca de 750 a.C., previu dias de fome na Terra (Amós 8:11-12). Não de pão, mas de ouvir a Palavra de Deus. Dias de busca intensa, sem, contudo, nenhum resultado. Naquele tempo, o povo vivia em regalada prosperidade. Porém, a religiosidade regredia. Mesmo sem ignorar as reuniões do templo, a sociedade vivia em baixo nível moral e social. Em dias de fartura, o profeta ergueu a voz e anunciou o pior tipo de fome: a espiritual. O dia fatídico veio quando, em 723/722 a.C., Samaria, a capital de Israel, foi cercada por Sargão II, até ser invadida após três anos, de forma cruel, sem nenhum profeta para lhes proferir palavras do Senhor.

Nos dias atuais, há fartura de alimento espiritual. Entretanto, o povo sofre de inanição espiritual (Apocalipse 3:14-21; 2 Timóteo 4:1-5; 2 Tessalonicenses 2:9-10). Muitos cristãos se satisfazem com uma religiosidade simplista e superficial, sem substância bíblica; pois falta-lhes tempo para orar, estudar a Bíblia e testemunhar como deveriam. Há abundância de Bíblias disponíveis. Ao rico e ao pobre tornou-se comum tê-la. Porém, praticá-la não tem sido prioridade de muitos. Randy Maxwell alerta: “Embora as Bíblias estejam em todo lugar (hoje existem mais de 300 traduções da Bíblia), conhecimento da Palavra de Deus é raro, mesmo para muitos cristãos” (O Retorno da Glória. Pág. 31). Sermões bíblicos são ouvidos e, na prática, ignorados. Por isso, o pecado penetra nos recônditos da Igreja, tal como nos dias de Amós.

No tempo do fim, a Palavra de Deus será retirada, por ter sido ignorada. “No ‘dia do Senhor’ um pouco antes do segundo advento de Cristo, essa experiência do antigo Israel se repetirá. Impenitentes do mundo todo, sofrendo sobre as sete últimas pragas, buscarão escapar das calamidades por todos os meios, até mesmo se voltando para a Palavra de Deus, cujo estudo e obediência foram rejeitados no passado” (Comentário Bíblico Adventista, vol 4, Isaías a Malaquias, pág. 1086). Assim, quem faz jejum desta Palavra no presente, em breve, morrerá de fome espiritual, e, desesperadoramente.

Em tempo de fome, humanos disputam comidas nos lixões, com insetos, animais e aves; pior é ver famintos espirituais aceitando caldos ralos de uma graça barata que não nutrem a alma. Em dias fartos de conceitos teológicos, pessoas sinceras reviram lixões espirituais em busca de algum alimento para a alma. Há muita gente perecendo espiritualmente! E quem se responsabilizará por isso? Estamos cuidando de nosso estoque de alimento espiritual, quando há tantos mendigando por ele?

O alerta profético é que agora é o tempo de valorizar a Palavra de Deus, meditar nela e proclamá-la ao mundo. Os cristãos remanescentes devem ser garçons do restaurante de Deus, para servir alimento nutritivo à humanidade moribunda, que sofre inanição espiritual. É tempo de oferecer o cardápio do Céu aos mendigos espirituais da Terra. Aproveite a abundância do tempo presente a fim de ajuntar suprimento para os dias de escassez. É preciso alimentar as almas famintas com a Palavra de Deus – eis a melhor forma de preparar-se para a maior e pior fome da história. Se cada um se preocupar em salvar um, estaremos alimentando a muitos. Enfim, una-se ao projeto “Cada um salvando um” e garanta, assim, sua presença nas Bodas do Cordeiro.

Pr. Heber Toth Armí
Artigo escrito para a Revista Proclamai

terça-feira, 12 de julho de 2016

ESPERANÇA E AUXÍLIO EM MEIO AO DESESPERO


INTRODUÇÃO: Texto bíblico de base: Hebreus 2:5-18

1. Estamos em um mundo onde dificuldades aparecem constantemente: Injustiças, perseguições, oposições, doenças, angústias, decepções e mortes.
2. Estamos mais sobrevivendo do que vivendo neste mundo; inclusive o ser cristão não nos blinda das agruras e reveses enfrentados por todos os humanos. Parece que estamos presos em nossa liberdade, aliás, essa liberdade mais parece ilusória do que realidade. Vivemos enredados em um emaranhado de pecados que, com gosto de prazer, amarga a alma da sociedade.
3. Estamos todos em busca de solução, esperança e salvação; porém, não temos forças, sabedoria e habilidades suficientes para solucionar nosso problema. Contudo, há luz no fim do túnel. 

I. O FILHO DE DEUS SUBMETEU-SE A TAL PONTO DE TORNAR-SE HUMANO A FIM DE SOCORRER A HUMANIDADE – Hebreus 2:5-9a, 16

1. Jesus, Aquele que é maior que os anjos, que é divino, a expressão exata do Ser e da glória do Pai, tornou-Se, temporariamente, inferior aos anjos para identificar-se com a humanidade (vs. 5-8).

a) Adão e Eva perderam a autoridade concedida por Deus quando caíram em pecado e, a partir daí toda a humanidade tornou-se sujeita à escravidão por toda a vida.
b) A autoridade concedida ao ser humano no Éden foi tomada pelo diabo, o qual a usa para promover a morte e a escravidão aos sofredores seres humanos.
c) Jesus entra em ação para restaurar todas as dádivas divinas outorgadas na criação, que foram perdidas por causa da tentação.

2. Jesus abriu mão de Seu poder e de Sua majestade para abaixar até a humanidade que perdera a autoridade concedida por Deus (v. 9a).

3. Jesus submeteu-Se abaixo dos anjos para alcançar a humanidade que, caída em pecado, carece de auxílio para levantar-se (v. 16). Não há outra solução além desta! Jesus é nossa única esperança! Só nEle há boas expectativas para o futuro (v. 5). Portanto, ergamos a cabeça e vivamos esta esperança desde agora! 

II. JESUS SUJEITOU-SE À MORTE VISANDO A SALVAÇÃO E A SANTIFICAÇÃO DA HUMANIDADE – Hebreus 2:9b-13, 17

1. Jesus foi novamente coroado de glória e honra porque sofreu até a morte; vindo a provar a morte por toda a humanidade objetivando conduzir muitas pessoas à glória mediante a salvação e a santificação (vs. 9b-10).

2. Jesus santifica àqueles que aceitam ser santificados, identificando-Se com eles e restaurando-os à família de Deus (vs. 11-13).

3. Jesus sabia que Sua submissão e identificação com a humanidade era a única forma de obter poder para restaurar a dignidade perdida pelo pecador. Sabendo ser necessário, Jesus foi até o último passo da submissão: À morte (v. 17). Por ter passado por tal humilhação e vergonha, Ele pode, agora mesmo:

a) Ser misericordioso Sumo Sacerdote dos Seus irmãos.
b) Ser Fiel Sumo Sacerdote nas coisas referentes a Deus. Jesus é digno de fé,  confiável no que promete e eficiente no que faz.
c) Fazer expiação pelos pecados do povo.

III. CRISTO PASSOU PELA MORTE PARA LIBERTAR AOS ESCRAVOS DO PECADO CONDENADOS À MORTE – Hebreus 2:14-15, 18

1. Jesus teve que participar da essência da humanidade a fim de restaurá-la do poder do diabo (v. 14).

a) Jesus realmente participou da essência da humanidade: “igualmente participou”.
b) Jesus aceitou ser destruído para, com Sua morte destruir o império da morte.
c) Jesus submeteu-Se como ninguém com o objetivo de libertar aos que estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.

2. Jesus sujeitou-Se à morte para destruir ao que detinha o poder da morte, visando, assim, libertar a todos os que têm pavor da morte por estarem sujeitos à escravidão do pecado (v. 15).

3. Jesus experimentou tudo o que a humanidade escrava do pecado sofre, para obter autoridade a fim de socorrer aos que são tentados (v. 18).

a) Jesus padeceu para socorrer a quem padece.
b) Jesus sofreu para socorrer a quem sofre.
c) Jesus morreu para dar vida a quem merece a morte.

Enfim, Cristo desceu para nos erguer; Ele Se humilhou para nos guiar à glória; Ele morreu, para nos libertar da morte. Ele intercede misericordiosa e fielmente a fim de que ergamos nossa cabeça deste mundo de pecado para Sua oferta de salvação.

CONCLUSÃO:

1. Jesus, com Sua atitude incrível de submeter-Se e render-Se à vida humana obteve poder e autoridade para socorrer-nos não apenas em nossas fraquezas, mas em nossas mazelas, aflições, sofrimentos, e erguer-nos da lama da imundícia do pecado.

2. Jesus, ao ir além da submissão de tornar-se humano, entregando-Se à morte por nós, tornou-Se capaz de, não apenas identificar-Se conosco, mas interceder por nós e resgatar-nos para a vida eterna – devido a operar nossa reconciliação com Deus.

3. Jesus, ao morrer como humano e vencer a morte e o diabo ficou revelado que, Sua passagem vitoriosa possibilitou-O a oferecer auxílio aos escravos pecadores condenados à morte.

APELO: Querido ouvinte, você enfrenta lutas, dificuldades, e anseia encher teu coração angustiado de esperança? Não rejeite o sacrifício de Cristo e fixe teus pensamentos nEle, o qual intercede e provê meios para te dar a vitória sobre toda depravação, e resistência para toda tentação.

Pr. Heber Toth Armí

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