É INACEITÁVEL O ZELO EM COMBATER A RELIGIÃO FALSA SEM ZELO PELA RELIGIÃO VERDADEIRA


INTRODUÇÃO: Texto Bíblico: II Reis 10:1-36
1. Demonstrar rejeição pela religião falsa sem interesse pela religião verdadeira é um péssimo negócio do ponto de vista bíblico.
2. Demonstrar zelo em condenar o erro nos outros e não olhar para corrigir os próprios erros é fanatismo externo e extremo.
3. Demonstrar intolerância para com os pecados alheios e tolerar os próprios pecados é inaceitável a Deus.

I.  A RELIGIÃO FALSA DEVE SER BANIDA, MAS NÃO COM SAGACIDADE E IMPIEDADE – II Reis 10:1-27
1. Nada deve ultrapassar as orientações específicas de Deus no extermínio da religião falsa: O rei Jeú seguiu ordens de Deus ao exterminar aos filhos de Acabe; porém, ultrapassou o que Deus lhe pedira: Ele exterminou quarenta e dois parentes do rei Acazias de Judá, matou todos os parentes e simpatizantes de Acabe, matou todos os adoradores de Baal queimando-os no templo por meio da fraude.
2. Nada deve ficar aquém da vontade específica de Deus: Apenas atos externos sem atos internos não passam de fanatismo e hipocrisia religiosos. Jeú não tirou os bezerros de ouro edificado em Dã e Betel (v. 29) e nem os pecados de seu coração (v. 31).
3. Nada melhor do que proclamar a verdade da Palavra de Deus para impedir o avanço da religião falsa: O poder da verdade é maior que o poder brutal da violência. A mudança realizada pelo Espírito de Santo por meio da Palavra de Deus é maior e mais eficaz que a matança de pessoas.

II.  DESTRUIR A RELIGIÃO FALSA NÃO SIGNIFICA PROMOVER A VERDADEIRA – II Reis 10:28-31
1. Destruir a religião falsa com astúcia e violência é um mal menor que promover a religião falsa, mas não destrói o pecado: Jeú criou estratégias fraudulentas para atrair aos adoradores de Baal, que, mesmo depois do trabalho de Elias e Eliseu no povo de Israel ainda era comum em Israel. Ele exterminou seguidores de Baal, mas não exterminou os pecados de seu coração (v. 31).
2. Destruir pessoas que seguem a religião falsa por meio da fraude é falsificar a religião verdadeira: Jeú cria que era o executor dos planos divinos, como de fato foi. Porém, ele foi egocêntrico, afoito, indolente e desumano; assim, ele banalizou a Deus. Embora parte do que ele fez era plano de Deus, os atos de sua vida não revelam a verdadeira religiosidade.
3. Destruir a falsidade religiosa com a proclamação da verdade puramente bíblica é o melhor meio de impedir a proliferação do engano: Pode ser que o resultado não seja imediato, porém, ao proclamar a verdade, ela vai ganhando espaço sobre a falsidade religiosa com resultados mais sólidos.

III. DESTRUIR AS MANIFESTAÇÕES DA FALSA ADORAÇÃO NÃO DESTRÓI O ESPÍRITO DA FALSA RELIGIÃO – II Reis 10:31-36
1. Destruir os rituais e celebrações da falsa religião é tocar a superfície do problema espiritual das pessoas: O problema da falsa religiosidade não é tão simples quanto parece. Jeú falhou terrivelmente ao não fazer nada para reavivar a espiritualidade e promover a santidade do povo. Tirar a imagem da casa de alguém não elimina a idolatria do coração de ninguém!
2. Destruir o mal empregando o próprio mal não é próprio de Deus: Como é comum os adeptos das religiões falsas destratarem-se é provável que a antipatia de Jeú a Baal pode não ser oriunda de sua devoção a Deus; é evidente que a devoção de Jeú não era evidente, pois conseguiu facilmente enganar o povo num suposto culto a Baal.
3. Destruir o mal e a religião perversa só é possível com a implantação do bem no coração, esse milagre só Deus pode fazer: Reavivamento e reforma não prospera por meio de um líder que não abandona os pecados dos antepassados (v. 29) e nem tem o cuidado de andar de todo o seu coração na lei do Senhor Deus (v. 31).

CONCLUSÃO:
1. Na erradicação da falsa religião os fins não justificam os meios: O rei Jeú, ungido pelo profeta Eliseu, para uma missão especial, fez a obra de Deus, porém houve perversidades em seus métodos, os quais não tiveram a aprovação de Deus. Suas atitudes foram condenadas no livro do profeta Oséias 1:4.
2. Na erradicação da falsa religião ninguém deve ser lei para si mesmo e achar-se mais importante que os outros: Como Jeú não observou esse princípio, ele desconsiderou a legislação divina para andar em seus próprios caminhos. Isso nos revela que, tentar destruir o mal com o mal não promove o bem; bem como tentar destruir o pecado com outro pecado, não promove a santidade!
3. Na erradicação da falsa religião é preciso primeiro erradicar todos os pecados do coração: Antes de começar uma reforma coletiva é preciso haver uma reforma individual; aceitar plenamente o sacrifício de Cristo, ser totalmente purificado a ponto de tudo o que for feito exerça completamente o poder e a influência benéfica, transformadora e santificadora do Espírito Santo.

APELO:
1. Ao demonstrar intolerância para com a falsa religião, revele antes, a intolerância para com os teus pecados abrigados no coração.
2. Ao promover a religião verdadeira na sociedade verifique se teu coração está em harmonia com toda a Palavra de Deus.
3. Ao erradicar a religião que não é bíblica, não seja cruel, sanguinário, ambicioso, egoísta e interesseiro; ao contrário, busque orientação e o poder do Espírito Santo para promover o bem de forma correta!
Pr. Heber Toth Armí

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2 Comentários

  1. Boa noite, achei o seu blog muito bom, entretanto gostaria de fazer uma pergunta para desfazer uma dúvida; a qual religião falsa você se refere no tópico "É inaceitável o zelo em combater a religião falsa".
    Desde já agradeço o retorno.
    sds, Hiram

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    1. Religião falsa é toda aquela que não se fundamenta corretamente na revelação que o único Deus verdadeiro deixou na terre: A Bíblia. Leia a Bíblia e você vai concluir quais são as milhares de religiões falsas (Mateus 7:21-23; Gálatas 1:6-9; II Pedro 2:1-3; Romanos 6:17-19; Tito 1:9, 16; etc.).

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