AFETIVIDADE CRISTÃ: CARACTERÍSTICAS DE LÍDERES ESPIRITUAIS


INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Atos 20:36-38

O contexto deste texto revela que...
1. A igreja de Deus enfrenta perigos externos: Lobos vorazes.
2. A igreja de Deus enfrenta perigos internos: Corrupção da liderança e heresias destruidoras.
3. A igreja de Deus precisa do amor divino a fim de que, unidos, membros e líderes, enfrentem as dificuldades, opressões e oposições.

O cenário é de despedida. Após falar aos anciãos, orientá-los e orar com eles, Paulo iria a Jerusalém enfrentar grandes desafios. Na despedida houve afeto, choro e empatia. “Quase não dá para ler e meditar neste texto sacro sem que nossos olhos fiquem marejados de lágrimas” (Matthew Henry). Note, a seguir, três aplicações extraídas do texto:

I. EM UMA SOCIEDADE EMPAPUÇADA DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE A IGREJA DE CRISTO PRECISA TER LÍDERES LIGADOS PELA ORAÇÃO – Atos 20:36

Em público, nas praias de Mileto, o apóstolo Paulo e os anciãos da igreja de Éfeso se ajoelham e oram.

1. Pastores devem ser homens de oração a fim de buscar não só proteção de Deus, mas orientação para cada decisão, visando que cada ação seja conforme a vontade de Jesus, o dono da igreja.
2. Pastores e anciãos do presente precisam olhar para o exemplo de Paulo e os anciãos do passado e aprenderem que orar juntos é essencial para a orientação e crescimento da igreja.
3. Pastores precisam dos anciãos e anciãos precisam dos pastores: É imprescindível neste mundo de tremendos desafios cada um orar pelo outro.

II. EM UMA SOCIEDADE COMO A NOSSA OS LÍDERES ESPIRITUAIS PRECISAM DE SÓLIDOS RELACIONAMENTOS AFETIVOS – Atos 20:37

Ao se despedirem, Paulo e os anciãos da igreja de Éfeso se abraçaram, beijaram e choraram. Estas são marcas da afetividade que precisam marcar à igreja cristã nos dias atuais:

1. Abraço: Quando verdadeiro, esse é o laço da amizade que revela a afetividade que os líderes espirituais devem ter na igreja de Cristo.
2. Beijo: Quando sem preconceito, malícia ou falsidade, é o gesto carinhoso que afaga o coração de quem está temeroso perante os desafios a enfrentar.
3. Choro: Quando sincero, revela empatia, preocupação genuína e amor altruísta pelo próximo.

III. EM UMA SOCIEDADE QUE DESAFIA A VIDA E A PAZ, OS LÍDERES ESPIRITUAIS DEVEM IMPORTA-SE COM O PRÓXIMO – Atos 20:38

Deus é amor (I João 4:8) e, cada discípulo deve amar como Seu Mestre Jesus (João 13:34-35). A essência dessa religião revela-se nos gestos de Paulo e nos anciãos.

1. O amor deve reger o coração de todo cristão. “No cristianismo, Cristo une as emoções de alguns com os melhores sentimentos dos outros” (Mário Veloso).
2. “O amor com o qual Cristo os amou os alcança como experiência própria quando aceitam a Jesus e vivem juntos, todos unidos pela ação sempre presente do Espírito Santo” (Mário Veloso).
3. O amor pela verdade suscita o ódio das hostes satânicas e dos inimigos de Cristo; contudo, a afetividade dos cristãos deve ser pura realidade a fim de, unidos, enfrentarem às adversidades.

CONCLUSÃO:

1. Disse Rinaldo Fabris: “O autor de Atos reconstruiu a cena de adeus com traços profundamente humanos”. Corações que amam sentem prazer na unidade, proximidade e intimidade. A dor da separação é grande porque fere os corações que amam.
2. Disse Ellen G. White: “Por sua fidelidade à verdade Paulo inspirou intenso ódio; mas também inspirou a mais profunda e calorosa afeição” (Ellen G. White). Assim, nossa afetividade nunca deve abrir mão da verdade, porém, nosso amor pela verdade também nunca deve ser indiferente à unidade dos crentes.
3. Disse Matthew Henry: “As pessoas muito amorosas são comumente as mais amadas. Paulo, homem muito amoroso, tinha amigos que lhe eram bastante fieis”. Por conseguinte, o amor genuíno deve caracterizar profundamente a igreja de Cristo num mundo onde o amor falso, egoísta e pervertido está destruindo vidas.

APELO: Amigos e irmãos em Cristo...

1. Invistam na amizade com seus líderes e líderes com seus liderados.
2. Promovam a paz, a união e o amor entre os irmãos.
3. Desenvolvam afetividade, lealdade e compromisso uns com outros.

Pr. Heber Toth Armí

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