quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

SERÁS FELIZ AO RENDER GRAÇAS AO DEUS ALTÍSSIMO


INTRODUÇÃO: Texto Bíblico: Salmo 92:1-4

1. As ações do Criador na esfera humana propiciam reações nobres e elevadas em nosso coração pecador.

2. As obras de Deus em prol dos pecadores devem tocar as cordas de nosso coração e produzir músicas de adoração.

3. As intervenções do Senhor na vida de Seus servos devem ser reconhecidas e resultar em motivos para unirmos para exaltar, glorificar e louvar o Seu poderoso nome.

a) Muitas vezes o que julgamos bom para nós nos leva à experiências ruins, degradantes e até deprimentes; somente Deus sabe o que é realmente bom para nós.

b) Muitas vezes precisamos refletir nas palavras do salmista que experimentou o prazer que é realmente; e então, inspirado pelo Espírito Santo, revelou a nós:

I. CONFORME O SALMO, O QUE É BOM? – Salmo 92:1

1. Render graças ao Senhor é bom: Isso não quer dizer simplesmente falar/cantar de Deus ou render graças pelo que Ele fez. Não! Vai bem além disso, significa dar graças diretamente a Deus.

2. Cantar louvores diretamente a Deus é bom: 

a) Quando cantamos o hino 48 do Hinário Adventista não estamos dando graças a Deus...

Chegai-vos, ó crentes, vinde jubilosos
Sigamos a estrela do céu de Belém!
Eis que é nascido Cristo, rei da Glória!

Ó, vinde adoremos!
Ó, vinde adoremos!
Ó, vinde adoremos o Rei Salvador!

Estamos convidando pessoas para fazer render graças a Deus. A terceira estrofe encerra...

Com altos louvores, glória a Deus rendemos,
Por Cristo que ao mundo desceu lá do além!
Oh! Para sempre temos Deus conosco!

b) Quando cantamos o hino 15 do Hinário Adventista também não rendemos graças a Deus, pois é cantado às criaturas para convidá-las a adorar ao Criador...

Vós, criaturas do Senhor
Oh, elevai a Deus louvor!
Oh, louvai-O! Aleluia!

[...].

Oh Terra e Céu, a Deus honrai;
Preito de amor e graças dai!
Oh, louvai-O! Aleluia!

[...].

Vós, homens sábios e de bem,
Dai ao Senhor louvor também!
Oh, louvai-O! Aleluia!

Dai glória ao Filho, glória ao Pai,
E ao Santo Espírito louvai!
Oh, louvai-O Oh, louvai-O!
Aleluia! Aleluia! Aleluia!

c) Quando cantamos o hino 20 do Hinário Adventista aí sim estamos rendendo graças a Deus...

A Ti, toda glória e louvores rendemos,
Senhor do Universo e Deus, Criador!
Reunidos, rogamos as Tuas santas bênçãos,
E graças ofertamos por Teu grande amor.

[...].

Louvores rendemos por Tua bondade.
Teu Filho querido nos deste, na cruz;
Sua morte nos trouxe perdão e eternidade,
E abriu-nos os portais para o reino de luz.

II. O QUÊ CANTAR E QUANDO FAZÊ-LO? – Salmo 92:2

1. De manhã: “Anunciar Teu amor ao romper de cada dia” (Bíblia A Mensagem). A primeira atitude de quem reconhece Deus como provedor de bênçãos é agradecer-Lhe ao acordar pela manhã.

2. À noite: “Cantar Tua fiel presença durante toda a noite” (Bíblia A Mensagem). A última atitude de quem reconhece a fidelidade de Deus antes de fechar os olhos para dormir é cantar-lhe sobre Sua presença incessante.

III. COMO CANTAR, DE ACORDO COM O SALMISTA? – Salmo 92:3

1. Com instrumentos de dez cordas. “Com todo o naipe de cordas” (Bíblia A Mensagem).
2. Com saltério.
3. Com a solenidade da harpa.

a) Os instrumentos musicais intensificam nossa ação de render graças ao Senhor.
b) Os instrumentos musicais impulsionam nossas palavras de louvor ao Senhor.
c) Os instrumentos musicais fortalecem nossa voz em nossos atos de dar graças ao Deus Altíssimo!

IV. POR QUE CANTAR COM ALEGRIA E ENTUSIAMO? – Salmo 92:4

1. Porque o Senhor nos alegra com Seus feitos. “Tu me deixaste tão feliz, ó Eterno!” (Bíblia A Mensagem). A disposição com que o louvor precisa ser feito na adoração deve resultar da bondade do Senhor sobre Seus adoradores; consequentemente, o fervor tomará conta do adorador.

2. Porque há satisfação em reconhecer as obras de Deus. “Vi Teus feitos e gritei de alegria” (Bíblia A Mensagem). A intensidade com que o adorador verdadeiro louva ao Senhor se deve ao fato que “as canções mais belas do mundo não bastam para louvar ao Senhor por Suas obras de criação, providência e redenção. O simples fato de pensar nessas coisas faz o coração cantar de alegria... servem de combustível às chamas do louvor” (William MacDonald).

CONCLUSÃO:

1. Render graças diretamente ao Deus verdadeiro, reconhecendo as inúmeras bênçãos que emanam de Seu trono para nós através de Suas intervenções, proclamar Seu infindo amor e eterna fidelidade, são atitudes que ao praticarmos nos encherão de intensa alegria. Por isso, “é bom render graças ao Senhor”.

2. Render graças com sinceridade e sem acanhamento ao Senhor significa reconhecer em primeiro lugar o Seu amor mantedor ao acordar pela manhã e confiarmos em Sua fidelidade em todas as nossas atividades até à noite; por fim, descansar em Suas sublimes e confortadores atributos. Por isso, “é bom cantar louvores ao teu nome, Ó Altíssimo”.

3. Render graças ao Senhor implica em quebrar o poder da melancolia, permitir que o coração se encha de alegria e perceber que é a conexão com Deus de manhã até a noite, de domingo à sábado, de janeiro à dezembro, que nos torna seres humanos verdadeiramente felizes, realizados e satisfeitos.

APELO:

1. Reflita nas bênçãos em tua vida diariamente.
2. Reflita no que Deus fez e faz por você diariamente.
3. Reflita diariamente em tua adoração a Deus:

a) Possui sinceridade?
b) Possui plenitude de alegria?
c) Possui a força e a dedicação que Deus merece?

Pr. Heber Toth Armí

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

A FRUSTRAÇÃO DURANTE A JORNADA DA FÉ


INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Gênesis 12:10-20

1. Seria possível que as interferências de Deus em nossa vida tragam maiores desafios do que rejeitar Seus planos para nós?
2. Seria possível que aceitar o chamado de Deus nos tira completamente de uma zona de conforto e leva-nos à provações que nunca imaginávamos enfrentar?
3. Seria possível que ao responder ao chamado de Deus, nossa vida calma, pacífica e estável poderia virar um caos, de cabeça para baixo? Observe que:

a) Abrão descendia de Sem, um dos filhos de Noé; ele era o primogênito de Terá, assim, herdaria legalmente os privilégios e as responsabilidades atribuídas ao patriarca de um clã.
b) Abrão era casado com Sarai, uma mulher estéril; portanto, o casal era desprovido de herdeiro das riquezas que lhe eram de direito. Contudo, acomodado com a situação, Abrão vivia tranquilo em Ur dos Caldeus, ao norte da Mesopotâmia.
c) Abrão recebeu a visita de Deus, O qual o desafiou a deixar para trás o comodismo e a segurança de sua vida estável, em troca de impressionantes promessas (Gênesis 12:1-3). A partir daí sua vida parece ter entrado no olho do furacão.

1) Com 75 anos de idade Abrão deixou a cidade de Harã e “partiu como o Senhor lhe havia dito” (Gênesis 12:4).
2) Com 75 anos Abrão pegou todos os seus pertences, sua riqueza e seus queridos “e saíram para a terra de Canaã, e lá chegaram” (Gênesis 12:5).
3) Com 75 anos Abrão atendeu a Deus, recebeu confirmação que a promessa era garantida; então, adorou ao Senhor. Porém, ao chegar ao destino, “havia fome naquela terra” (Gênesis 12:6-10).

I. MESMO SEGUINDO OS PLANOS DE DEUS PODEMOS ENFRENTAR CRISES EM NOSSA EXISTÊNCIA – Gênesis 12:10

As dificuldades surgem logo após seres humanos pecadores responderem positivamente ao chamado divino. As provas da vida nos levam às crises existenciais. Os desafios nos preparam para agir. Diante da fome na “terra prometida”, Abrão reagiu rapidamente. Não é assim que se deve agir diante de um problema que ameaça a nossa existência?

1. Assim como não foi Abrão que buscou a Deus e Seus planos, o mesmo pode acontecer conosco: Graciosamente, Deus toma a iniciativa de procurar-nos.
2. Assim como Abrão respondeu ao chamado divino e enfrentou crises, o mesmo pode acontecer conosco: Deus não promete que será fácil fazer Sua vontade.
3. Assim como Abrão teve provas ao obedecer ao pedido divino, assim também pode acontecer conosco; pois, neste mundo, as coisas conspiram contra os planos de Deus para nós.

II. MESMO SEGUINDO OS PLANOS DE DEUS É POSSÍVEL QUE PRECISAREMOS TOMAR MEDIDAS DRÁSTICAS QUANDO ENFRENTAMOS CRISES – Gênesis 12:10

Atender a ordem de Deus significa renúncias. Renúncias do comodismo, conforto, privilégios, etc. Diante das crises de viver pela fé, vale a pena as renúncias? As provas nos desafiam. E, se somos proativos, decisões são tomadas rapidamente. Busca-se informações, analisa a direção a seguir, pesa na balança os prós e os contra; e, reagimos prontamente. Não é assim que os sábios orientam? “Abrão desceu ao Egito, para peregrinar ali, porque a fome era grande na terra”.

1. Descer ao Egito quando as crises aparecem significa tentar tomar o controle da situação antes que a situação caótica tome conta de nossa história.
2. Descer ao Egito equivale a tomar decisões imediatas aos problemas a fim de salvar nossa família e os bens que adquirimos com muito esforço.
3. Descer ao Egito significa agir por medo – não por fé –, desespero. Não há evidência que Abrão consultou a Deus quanto ao quê fazer naquela crise de comida: Ele simplesmente desceu ao Egito assim como nós agimos sem consultar a Deus inúmeras vezes diante dos problemas e desafios que enfrentamos.

III. MESMO QUE NOS EQUIVOQUEMOS TENTANDO VIVER OS PLANOS DE DEUS, O COMPROMISSO E A PACIÊNCIA DELE CONTINUAM À NOSSA DISPOSIÇÃO – Gênesis 12:11-20

Parece inteligente se informar sobre a decisão a ser tomada. Aparenta ser uma pessoa de visão aquela que, além de conhecer os riscos numa determinada solução, se prepara estrategicamente para se sair bem. Abrão formulou uma mentira camuflada para não ser morto no Egito ao fugir da crise de alimento na Terra de Canaã. E, ele estava certo em tudo o que planejou; e, aparentemente, tudo saiu como havia previsto (ou melhor, quase tudo...).

1. Sem consultar a Deus usamos nossas experiências, apegamo-nos a nossa esperteza e dependemos de nossas habilidades geniais a fim de lidar com os problemas que nos assaltam; ainda que pareça que nossos métodos sejam bons, nossos planos fraudulentos serão desmascarados.
2. Sem consultar a Deus nossas melhores soluções podem piorar a situação-problema, além de causar vergonha e experimentar o peso da humilhação; porém, apesar de tudo, Deus está operando para colocar-nos novamente nos trilhos.
3. Sem consultar a Deus certamente tomaremos decisões/direções contrárias à Sua vontade, afastaremos de Seus planos. Contudo, Ele nos acompanha para nos ajudar com o caos que causaremos e nos livrar das nossas soluções deprimentes; pois, Sua misericórdia e paciência com nossa ignorância e teimosia preservam Seu compromisso conosco.

a) Abrão promoveu descaradamente a promiscuidade na realeza, e se deu bem ganhando vários presentes; mas, o Deus que odeia o pecado manifestou Sua desaprovação ao Faraó. É assim que agimos quando ignoramos a Deus em nossos projetos.
b) Abrão foi expulso do Egito, saiu derrotado, humilhado e envergonhado de um plano que acreditava dar certo. Quando tentamos depender de pessoas e tirar vantagens delas, caímos na própria armadilha.
c)  Abrão arquitetou o erro, mentiu, promoveu adultério, desconsiderou a Deus, etc.; porém, Deus não o abandonou; contudo teve que abandonar o Egito, assim como nós devemos abandonar nosso ponto de apoio humano para confiar plenamente na provisão de Deus.

CONCLUSÃO: Egito era símbolo de riqueza, de glória, de segurança, de subsistência, uma forma de substituir a dependência de Deus. Ao abandonar o Egito, Abrão foi para o deserto. Ele sabia onde devia ir, e o que devia fazer. De certa forma, temos consciência de onde caímos e para onde precisamos retornar. Após ter fracassado no Egito, Abrão atravessou o deserto indo “até Betel, até o lugar onde estivera antes a sua tenda... até o lugar do altar que dantes ali fizera. Ali invocou Abrão o nome do Senhor” (Gênesis 13:1-4).

1. Em nossa jornada de fé, muitas vezes precisaremos fazer meia volta assim como fez Abrão, no momento que entendermos que nossas escolhas são infelizes e nossas decisões promovem mais problemas que soluções durante as crises que se levantam contra nós.
2. Em nossa jornada rumo ao alvo de Deus para nós, certamente precisaremos voltar a buscar a Deus, retomar nossa jornada de onde nos desviamos da rota e, reconsagrar nossa vida ao Deus soberano, provedor e nosso mantenedor.
3. Em nossa jornada de fé, precisamos entender que, embora abandonemos a Deus, Ele não nos abandona; por isso, Ele está de braços abertos para nos receber novamente assim que nos arrependermos, dermos meia volta e retornarmos a Ele. Tudo isso porque Cristo, o descendente de Abrão, morreu e pagou o preço de nossos pecados.

APELO:

1. Mesmo que cometas erros na caminhada cristã, aprenda a depender cada vez mais de Deus a fim de que avances diariamente.
2. Mesmo que saias da rota traçada por Deus a você, a misericórdia e a paciência dEle te receberá novamente.
3. Mesmo que as crises se levantem contra você, aprenda a sempre consultar a Deus para receber orientação, pois Ele está sempre ao teu lado para te abençoar.
Pr. Heber Toth Armí

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